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Post: Doria comprará 60 milhões de doses para vacinar os paulistas; Região tem novas mortes e UTIs lotadas

Doria comprará 60 milhões de doses para vacinar os paulistas; Região tem novas mortes e UTIs lotadas

Novos casos e mortes por covid em toda a região
  • Doria quer imunizar toda a população paulista até dezembro;
  • Anúncio do governador foi feito na terça-feira, 02, em reunião online com os prefeitos paulistas;
  • Vacinas Sputnik e Pfizer serão adquiridas em abril;
  • Estado deve implantar mais restrições para evitar colapso previsto para daqui a 10 dias;
  • Para o governo, “as duas piores semanas desde o início da pandemia estão por vir”;
  • Região tem mais mortes e UTIs lotadas;
  • Veja a situação da pandemia nas cidades abrangidas pela Revista Regional

 

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta terça-feira, 02, que pretende comprar mais 60 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus para vacinar toda a população paulista até o fim de 2021. A afirmação foi feita a prefeitos que cobraram medidas mais restritivas no combate à disseminação do coronavírus.

Segundo Doria, serão adquiridas 20 milhões de unidades da vacina russa Sputnik V e mais 20 milhões da vacina da Pfizer. Como anunciado anteriormente, também serão compradas 20 milhões de doses da Coronavac, que é fabricada pelo instituto Butantan, em São Paulo, com insumos provenientes da China. “São Paulo já autorizou a compra de outras vacinas. Aliás, fiz isso, ao secretário da Saúde de SP, autorizando a aquisição de mais 40 milhões de doses de vacinas, 20 milhões da russa Sputnik, mais 20 milhões da norte-americana da Pfizer, além de 20 milhões que encomendamos para a Sinovac, tão logo termine a entrega das doses ao Ministério da Saúde”, afirmou Doria durante a reunião com os prefeitos.

“Ao final deste ano, espero que seguindo o ritmo de outros Estados, já teremos um Natal em uma circunstância completamente diferente desta que estamos vivendo agora e que vamos viver nas próximas 2 semanas”, acrescentou.

A compra das novas vacinas para São Paulo ocorrerá, segundo Doria, após a entrega do último lote pendente do Butantan para o governo federal, que é de 46 milhões de doses e com encerramento da entrega prevista para abril. Após o envio dessa quantidade ao Ministério da Saúde, “não haverá mais exclusividade” na venda das vacinas contra o coronavírus produzidas pelo Butantan para o governo federal. “A partir daí, São Paulo e todos os demais Estados poderão também comprar vacinas do Butantan.”

As afirmações do governador ocorreram durante reunião online de Doria com prefeitos paulistas, os quais defenderam, durante o encontro, endurecimento das medidas restritivas para conter o avanço da covid-19 no Estado. A previsão é de que os municípios paulistas enfrentem nas próximas duas semanas a pior fase da pandemia: “O momento é de união e mobilização diante de uma circunstância gravíssima como essa. As duas piores semanas desde o início da pandemia estão por vir, nós temos que estar preparados. Não podemos estar ausentes, indiferentes, tratarmos isso com frieza ou debaixo de pressões que não sejam exclusivamente pela proteção à vida”, disse Doria.

A reunião online teve a participação de 618 prefeitos, além dos secretários de Estado Marco Vinholi (Desenvolvimento Regional), Jean Gorinchteyn (Saúde) e Patricia Ellen (Desenvolvimento Econômico) e os Coordenadores do Centro de Contingência, Paulo Menezes e João Gabbardo.

Doria reforçou que a situação atual no Estado é alarmante e que o governo estadual e as Prefeituras precisam de ações coordenadas para preservar vidas e reduzir a pressão sobre a capacidade hospitalar do SUS e também de hospitais privados. “Esta é a prioridade absoluta em SP. Queremos mostrar a todos a situação real e as ações que precisamos tomar agora em conjunto com as Prefeituras”, afirmou.

O presidente da APM (Associação Paulista de Municípios), Fred Guidone, formalizou em carta o apoio “às medidas estruturais de combate à pandemia adotadas pelo Plano SP” e reconheceu o “esforço de governador e prefeitos” no enfrentamento da crise sanitária. A APM também ressaltou a “inércia do governo federal em adotar atitudes eficazes e ações eficientes em âmbito nacional”.

O Estado reforçou aos prefeitos que São Paulo possui 7.415 pacientes internados em UTIs, número recorde desde o início da pandemia. “Se não aplicarmos medidas mais restritivas, teremos onze dias até um colapso em nosso sistema de atendimento hospitalar”, disse o secretário da Saúde. “O cenário é alarmante e exige uma ação pronta e unificada de todos nós. Situação é preocupante em todas as regiões, com maior gravidade no Interior”, acrescentou o secretário de Desenvolvimento Regional.

MAIS MORTES NA REGIÃO

Todas as cidades da área de cobertura da Revista Regional confirmaram novas mortes por covid nesta terça-feira, 02. Foram 2 em Indaiatuba, 1 em Itu e outra em Salto.

Em Indaiatuba, os 2 óbitos ocorreram no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo): um homem de 65 anos, e outro de 84. Nas 24 horas, foram diagnosticados mais 91 infectados pelo vírus, porém há 1.884 suspeitos testados sem resultados de exames, que continuam atrasados. Desde o início da pandemia, 15.135 pessoas contraíram a doença no município, 359 morreram e 14.719 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar. Há 79 internados, dos quais 57 estão confirmados para covid-19. Do total, 44 estão em leitos clínicos e 35 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A situação das UTIs continua crítica, com a unidade da rede privada lotada, 96% de ocupação no Haoc e 50% nos leitos extras contratados em hospitais da região de Campinas.

Em Itu, o óbito foi de um paciente de 69 anos. Foram confirmados, segundo a Secretaria de Saúde, mais 96 contaminados nas últimas 24 horas e o total de casos chegou a 8.643 desde o começo da epidemia, sendo que 178 morreram e 8.067 se recuperaram. Há 13 suspeitos aguardando resultados de testes, 27 pacientes internados em leitos clínicos e 20 em UTI. A taxa de ocupação das UTIs está em 40% no Hospital de Campanha e 70% na Santa Casa. Já a unidade intensiva do Hospital Municipal continua lotada.

Salto, conforme boletim divulgado pela Prefeitura, também registrou mais 1 óbito por covid nesta terça-feira, 02. O paciente tinha 46 anos e estava internado em hospital da cidade. Foram confirmados mais 23 novos casos, porém o número de suspeitos testados e sem resultados continua elevado: 1.003. A cidade soma agora 5.783 contaminados desde o início da pandemia, com 130 mortos e 5.629 recuperados. Há 24 pacientes positivos para covid internados, sendo 4 em UTI. Entre os suspeitos, 20 estão internados, 4 em UTI e 564 em isolamento domiciliar. A UTI da rede pública, no Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, continua lotada. Não há informação sobre a taxa de ocupação da rede privada.

 

foto: BIRF

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