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Em Indaiatuba, alunos da Sinfônica aprendem por videoconferência

Jovens estão tendo aula de música à distância, podendo se apresentar em casa, para a família, deixando o ambiente mais leve durante a quarentena

Muitos alunos têm interagido com suas famílias, realizando apresentações musicais dentro de casa, diminuindo, assim, o estresse provocado pelo isolamento social

 

No dia 7 de março, o concerto de abertura da temporada 2020 da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba lotava a Sala Acrísio de Camargo. No programa, uma homenagem aos 250 anos do compositor alemão Ludwig van Beethoven. Dias depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarava a pandemia do novo coronavírus e os governantes tomavam medidas de isolamento para conter a circulação do vírus, fazendo com que a orquestra suspendesse os concertos programados para os próximos meses.

 

Neste cenário, a Escola de Música da Sinfônica se movimentou para continuar atendendo seus mais de 200 alunos, só que de um jeito diferente: o Ensino à Distância (EAD). “Assim que percebemos que as atividades seriam atingidas pelas medidas de restrição social, começamos a pensar como evitar que os alunos ficassem sem as aulas e o acompanhamento dos professores”, destaca Marcel Murari, coordenador pedagógico da instituição.

 

A maneira encontrada foi adequar todas as atividades educativas. Em poucos dias, a instituição desenvolveu e colocou em prática um sistema de Ensino à Distância (EAD), que desde o dia 30 de março atende todos os alunos. “Nossa preocupação não era só educativa, mas principalmente humana. Acreditamos no poder da música e sabíamos o quanto a manutenção das aulas seria importante e ajudaria os nossos alunos e suas famílias a atravessarem esse momento tão difícil em que precisam ficar em casa”, afirma o diretor artístico e regente da Orquestra Sinfônica, Paulo de Paula.

 

A preocupação do maestro merece destaque. Inúmeros estudos têm apontado os impactos sociais que o isolamento criado pela quarentena pode causar. O aumento dos níveis de irritabilidade, angústia e ansiedade, reflexos do isolamento, estão diretamente relacionados ao aumento do estresse, depressão e até mesmo da violência doméstica.

 

De acordo com o coordenador pedagógico da Sinfônica, o trabalho já traz resultados positivos. “Temos percebido que muitos desses alunos têm interagido com suas famílias, realizando apresentações dentro de casa, além de executar diversas atividades dentro do ambiente familiar, principalmente aquelas direcionadas aos alunos de musicalização e iniciação musical”, afirma Marcel.

 

É o que destaca Shirlei Durães Rodrigues, mãe do Chrystoffer, de 9 anos, que estuda violino, e da Sarah, de 7 anos, que faz musicalização. “Ambos participam das aulas da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba e esse tempo que passamos fazendo as atividades está sendo gratificante, pois interagimos e aprendemos juntos. Além, é claro, de ser muito divertido”, ressalta.

 

Gabriela Mizuguchi, de 14 anos, aluna de violino, conta que tem aproveitado a quarentena para estudar e se desafiar. “Continuo ensaiando as partes e fazendo as aulas em grupo da Orquestra Jovem por videoconferência”, relata. “Além disso, aproveito o tempo livre e me desafio a tocar um repertório de música popular, que gosto muito. Não vejo muita diferença no Ensino à Distância, continuo tendo aulas normalmente”.

 

foto: AdobeStock

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