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Mulheres no polo

Momentos dos jogos do Brasileiro Feminino de Polo, realizados no Village Helvetia Polo Club, em Indaiatuba

Indaiatuba sediou em setembro a quarta edição do Campeonato Brasileiro Feminino de Polo Equestre; Revista Regional esteve acompanhando a competição no Helvetia

Com pouco mais de dez anos de competição no país, o Campeonato Brasileiro Feminino de Polo Equestre começa, finalmente, a atrair a atenção do público. Indaiatuba foi sede, no início de setembro, da quarta edição do torneio, realizado nos campos do Village Helvetia Polo Club.

O primeiro campeonato ocorreu em 2008 e foi organizado por Betina Hoffman, contando com apenas três times e jogadoras de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Mas antes disso, em 2005, durante o Polo Day, tradicional evento anual organizado pelo empresário Claudemir Siquini, os amantes do polo já haviam assistido a uma demonstração de um jogo feminino.

De 2009 a 2016, outros torneios femininos – não-oficiais – e mais eventos com jogos de demonstração foram realizados, despertando o interesse de novas jogadoras, mas foi apenas em 2017 que o Campeonato Brasileiro Feminino foi oficializado e ganhou sua segunda edição. Hoje, está em sua quarta edição, enquanto o Masculino vivenciou, em agosto passado, seu 63º ano de competição nacional.

Pioneiras

A pioneira no polo feminino no país foi Rosa Junqueira. Depois dela, outras mulheres passaram a competir, em sua maioria vindas da equitação. Alice Meireles está entre as mais atuantes do país. Apaixonada pelo esporte, a jogadora começou aos 24 anos, ainda em 2001, mas desde criança já acompanhava o pai e o irmão, que praticavam o esporte.

Os treinos são sempre mistos, com a participação dos homens. “Todas as mulheres costumam treinar com homens e, assim, jogamos em outra posição, pois cada uma treina em um lugar diferente das outras. Quando jogamos apenas com mulheres, os desafios são outros e aprendemos a jogar em posições mais difíceis”, explica Alice.

Embora tenha sido lançado em 2008, foi em 2017 que as mulheres conseguiram se organizar e, assim, obtiveram autorização dos clubes para a realização da segunda edição do Brasileiro Feminino, passando a ser anual e parte do calendário esportivo nacional. “Formamos uma tabela de handicap feminino, classificando as jogadoras; formatamos regras para as realizações dos torneios; é um calendário de polo feminino”, observa a jogadora.

Alice Meireles começou a jogar aos 24 anos, mas sua paixão pelo polo vem da infância; na foto, ela em lance de jogo do Brasileiro Feminino, no Village Helvetia

Hoje, assim como no masculino, já há grupos maiores de mulheres. Em Indaiatuba e São Paulo, existe um grupo de quase dez mulheres atuantes, entre outras que estão fazendo aulas na Hípica Paulista ou na Hípica Santo Amaro. Todas conciliam suas carreiras profissionais com o esporte. São mulheres que atuam em diferentes segmentos, como no

mercado financeiro, administração de empresas, veterinária, entre outros, mas todas com uma paixão em comum: o polo equestre.

Dos primeiros grupos femininos, ainda permanecem atuantes jogadoras como a própria Alice Meireles, Lúcia Junqueira, Betina Hoffman, Isadora Villela, Silvia Costa e Veronica Chagas, esta do grupo militar de Brasília. “Nós pretendemos deixar um legado para as novas gerações que estão vindo”, promete Alice. O esporte agradece!

(texto: Renato Lima)

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