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Post: Angela Vieira em entrevista exclusiva

Angela Vieira em entrevista exclusiva

Angela estará em Salto no dia 20 de março

Aos 59 anos e 33 de carreira, Ângela faz sucesso no teatro com a peça “O Matador de Santas”, que estará dia 20 em Salto

Sempre bela e mais feliz do que nunca com o sucesso da peça “O Matador de Santas” (dia 20 de março estará em Salto), Ângela Vieira é uma das profissionais mais queridas e respeitadas do meio. Aos 59 anos, sendo 33 de carreira, ela já atuou em mais de dez novelas e 20 peças teatrais. Na TV sua próxima participação será em “Insensato Coração”, atual novela das nove da Rede Globo. Nela, irá contracenar por alguns capítulos com Tarcísio Meira.

Mas o que chama atenção em Ângela, além da carreira de sucesso, é sua beleza e sua contagiante felicidade. Ao contrário das demais celebridades, a atriz não costuma esconder a idade. Pelo contrário, tem orgulho de estar perto dos 60 em plena forma física e mais bela do que nunca. O segredo? Ter feito balé clássico desde cedo ajudou na manutenção da boa forma física, mas Ângela mantém até hoje a dieta balanceada dos tempos de bailarina. Aos 40 anos, quando protagonizou a novela “A Idade da Loba”, em 1995, na Band, ela provou de vez que maturidade e beleza podem, sim, andar juntas.

Sua carreira no balé clássico começou na infância e continuou até 1978, quando deixou o Corpo de Baile do Municipal do Rio de Janeiro e investiu na carreira de atriz. Sua estreia na Globo aconteceu no humorístico “Planeta dos Homens”. Ela permaneceu por seis anos na linha de shows da emissora. Mas ainda em 79, fez sua primeira peça: “A História é uma História”, de Millor Fernandes, com direção de Jô Soares. Nas novelas, sua estreia aconteceu em 87 na extinta Manchete, em “Corpo Santo”, de José Louzeiro, quando ganhou o APCA.

Nessas três décadas de carreira, acumula um invejável currículo. Na TV deu vida à inesquecível Janete, de “Terra Nostra”, entre outros destaques. Além da dança, do teatro, da TV e do cinema, Ângela também se aventurou pela literatura. Em 2004, publicou o livro “Meia Idade Inteira” (Editora Globo) e por conta dele já fez palestras em várias cidades do país.

Mãe de Nina, 27 anos, filha do seu segundo casamento (com o ator Roberto Frota), Ângela está casada há dez com o cartunista Miguel Paiva. Nesta entrevista exclusiva, por ocasião da peça “O Matador de Santas”, que estará em Salto no dia 20 de março, com apresentação de Regional e patrocínio local da Kia Motors, Ângela conta mais sobre sua carreira, novos projetos, sua boa forma e o casamento.

Como é voltar aos palcos nesta comédia “O Matador de Santas”?

Ângela – Muito estimulante e gratificante, já que o texto do Jô (Bilac) é de excelente qualidade.

Na TV, você começou em comédia, fazendo o humorístico “O Planeta dos Homens”, no final da década de 70. Já ultimamente você tem feito apenas dramas. Tem saudades de exercitar essa veia humorística também na TV?

Ângela – Muita saudade! Fazer humor não é tarefa fácil, mas é absolutamente delicioso!

De todas as novelas e personagens, qual aquele mais marcante em sua carreira?

Ângela – Na verdade eu gostei de fazer 95% das personagens que interpretei na TV e tive carinho por todas. Tive sorte porque elas eram boas e é isso que nós, atores, queremos: não importa o tamanho da personagem e sim a qualidade.

Você já esteve trabalhando com quase todos os autores, algum preferido? Aguinaldo Silva e Manoel Carlos escreveram grandes papéis para você. Algum carinho especial por eles?

Ângela – Sem dúvida que sim, mas tenho muito carinho também por outros autores como Ricardo Linhares, Benedito Ruy Barbosa, Lauro César Muniz e Alcione Araujo.

Na peça, você vive uma mulher ácida e controladora, tentando inclusive “cuidar” da vida da filha e do futuro genro. Você como mãe, tem também esse lado excessivo, controlador?

Ângela – Até tenho tendência a ser controladora sim, mas nada como uma boa terapia para cuidar disso (risos).

Mas como é a relação com sua filha?

Ângela – Hoje somos boas parceiras, ela já está com 27 anos, mas quase me arrancou os cabelos na adolescência.

Você está casada com o incrível Miguel Paiva, mas antes de assumirem esse relacionamento, vocês já eram grandes amigos… Como foi isso? É mais fácil namorar um amigo? Existe maior cumplicidade?

Ângela – Não sei se é mais fácil, só tive essa experiência com o Miguel, mas sem dúvida somos totalmente cúmplices. Como ele mesmo diz, a gente já estava enjoado de ser amigos e partimos para o namoro (risos).

Muitas mulheres invejam sua boa forma e sua beleza. Como você mantém tudo isso?

Ângela – Com uma alimentação de qualidade e exercícios físicos desde sempre porque fui bailarina profissional e comecei a fazer dança aos seis anos de idade

Você tem medo de envelhecer? Problemas com as marcas da idade?

Ângela – Não tenho medo de envelhecer com saúde. As marcas são irreversíveis, então é melhor aprender a conviver com elas numa boa e se tratar muito bem para que o envelhecimento seja o mais agradável possível.

Já fez ou faria alguma plástica?

Ângela – Já fiz aos 45 anos e, por enquanto, não penso em fazer outra vez.

Na década de 90, você protagonizou ao lado de Betty Faria a novela “A Idade da Loba”, na Bandeirantes. Naquela época, você estava na faixa dos 40 anos e vivia algo parecido com a personagem. Como foi a experiência?

Ângela – Na verdade, a única coisa que a Irene tinha em comum comigo era a idade, mas a novela me deu a primeira protagonista em TV e a personagem era ótima. Foi um trabalho muito feliz.

Como aquele ditado, a vida começa mesmo após os 40?

Ângela – A vida está na cara da gente o tempo todo e é melhor gostar dela: é claro que aos 40 a experiência já está batendo na porta e isso, às vezes, é de grande valia, mas, por exemplo, eu me apaixonei pelo Miguel aos 50 e começamos uma nova vida em comum.

Ângela, percebo nas entrevistas que você não tem problemas em falar a idade…

Ângela – É, não tenho mesmo. Você quer saber com quantos anos estou? Em março farei 59 (risos).

A alimentação e os exercícios físicos, já que você foi bailarina, ajudaram e ainda ajudam a esta boa forma física?

Ângela – Sem dúvida.

O fato de sua filha ser jogadora de vôlei facilita na hora das refeições e no dia a dia de casa? E o Miguel coopera com a boa alimentação em família?

Ângela – A Nina jogou vôlei de praia, profissionalmente, durante 11 anos até o ano passado e se cansou de correr atrás de patrocínio: em junho se forma em desenho industrial e já está trabalhando como designer com uma saúde de ferro e um físico invejável (risos). Todos em casa somos adeptos da qualidade na alimentação, sem dúvida!

Voltando a falar em trabalhos, quando será sua volta à TV? E como?

Ângela – Vou fazer uma participação de cerca de 30 capítulos em “Insensato Coração”. Devo entrar no capítulo 45, na pele de uma executiva que vai se envolver com a personagem do Tarcísio Meira.

Você estará dia 20 de março na Sala Palma de Ouro, em Salto, com a nova peça. O que o público pode esperar?

Ângela – Um espetáculo de alta qualidade, que faz rir, refletir  e que emociona o espectador. Nossa ficha técnica e elenco, modéstia à parte, são maravilhosos e tivemos ótimas críticas no Rio de Janeiro.

Os trabalhos de Angela Vieira

Em 30 anos de sucesso, confira alguns trabalhos de Ângela na TV, no teatro e no cinema:

NOVELAS: (principais)
– A Favorita, de João Emanuel Carneiro
– Corpo Santo, de José Louzeiro
– Terra Nostra, de Benedito Ruy Barbosa
– Coração de Estudante, de Emanuel Jacobina
– Por Amor, de Manoel Carlos
– Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva
– Cobras e Lagartos, João Emanuel Carneiro
– Insensato Coração, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares
TEATRO:
– A História é uma História – texto de Millôr Fernandes, direção de Jô Soares
– A Nova Era (musical) – texto de Ronaldo Resedá, direção musical de Paulinho Machado, direção geral de Wolf Maya
– O Parto da Búfala – texto de Monah Delacy, direção de Roberto Frota

– Encouraçado Botequim (musical) – texto de Paulo César Coutinho, direção musical de Paulinho Machado, coreografia de Priscila Teixeira, direção geral de Renato Coutinho

– Um Beijo, um Abraço e um Aperto de Mão – texto e direção de Naum Alves de Souza
– O Peru – texto de Georges Feydeau, direção musical de Nelson Melim, coreografia de Graziela Figueiroa, direção deral de José Renato
– Camas Redondas, Casais Quadrados – texto de J. Chapman, direção de José Renato
– Tem um Psicanalista na nossa Cama – texto de João Bittencourt, direção de Ary Coslov
– Somente entre Nós – texto de Reginaldo Faria, direção de Roberto Frota
– Ato Cultural – texto de José Inácio Cabrujas, direção musical de Caíque Botkay, direção geral de Marcelo Souza
– Se Eu Fosse Você – texto de Maria Adelaide Amaral, direção de Roberto Frota
– Meus Prezados Canalhas – texto de João Uchoa Cavalcanti, direção de Gracindo Júnior
– Salve Amizade – texto e direção de Flávio Marinho
– A Presença de Guedes – texto de Miguel Paiva, direção de Irene Ravache
– Cartas de amor – de A. R. Gurney, direção de Flavio Marinho

CINEMA:

– O gatão de meia idade, de Antonio Carlos Fontoura

– Segurança Nacional, de Roberto Carminatti
– Não se preocupe: nada vai dar certo, de Hugo Carvana – estreia em 2011

entrevista e texto: Renato Lima

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