Adrenalina, aventura, sol e mar: é hora de curtir o verão com o Kitesurf
Verão é tempo de ir à praia e também para praticar esportes, seja para se divertir, bronzear ou para exercitar-se e não perder a rotina da academia. E aí aparecem os atletas da areia que jogam vôlei, futebol, futevôlei, o frescobol e, claro, as caminhadas pela orla. E para as pessoas que desejam mais adrenalina, existem os esportes aquáticos mais radicais, como o surfe, o windsurf e o kitesurf. Esse último, em uma tradução mais simples, significa “velejar sobre as águas puxado por uma pipa e com os pés em uma prancha”, como esclarece Bruna Kajyia, campeã mundial de Kitesurf na categoria Freestyle e que encerrou Campeonato Mundial de 2015, o Virgin Kitesurf World Championship – VKWC, em 3º lugar.
Bruna ainda descreve a sensação de quando está na água, seja em disputas ou no treino, que é feito quase que diariamente: “Para os praticantes, é uma delícia a mistura do vento e da água, que faz com que as pessoas deslizem pelas ondas e isso traz a sensação de liberdade. Na verdade, ao saltar dá a impressão de voarmos sobre a água, por isso que é um esporte tão prazeroso”.
No Brasil não faltam praias com ventos adequados para o Kitesurf, como no Nordeste: Paraíba, Ceará – destaque para a Praia do Cumbuco, Piauí – sua praia de Barra Grande é a preferida dos praticantes europeus, Rio Grande do Norte, além das praias do Sudeste: Rio de Janeiro, Espirito Santo e São Paulo, com destaque para Ilhabela, Praia Grande e Ubatuba. “Para que se possa pegar ventos e ondas boas é indicado também dar uma olhada em como está a previsão completa do tempo, aquela que indica como estará a velocidade dos ventos, ondas e etc, pois para a prática do kite eles são imprescindíveis”.
Segundo Bruna Kajiya, por quase todo o litoral brasileiro tem escolas e profissionais capacitados para ensinar com segurança os adultos e as crianças. Nas aulas eles recebem orientação que vai desde a montagem do equipamento, passa pelas regras de segurança, as táticas de velejo, dentre outros.
Para praticar o kitesurf é preciso de kite, que é a vela; a prancha, o trapézio (parecido com um cinturão e que conecta o praticante ao kite), e o capacete. Além disso, é necessário pesar mais de 45 quilos, saber nadar e fazer aulas com um instrutor qualificado, que possa passar detalhes de como manobrar o equipamento simultaneamente.
Favorecimento para o corpo:
Com o Kite é possível trabalhar simultaneamente os músculos do braço, como o bíceps e o tríceps, o peitoral e ainda ajudar a chapar a barriguinha. Costas e o tronco também são trabalhados, devido às manobras, e isso ajuda muito na postura.
Locação de equipamentos:
Uma outra prática para quem não tem o Kit é a locação dos equipamentos e os preços são variáveis. O jogo completo, com kite, prancha, trapézio e capacete pode ser encontrado por R$ 220,00/1h.
História do Kitesurf
Em 1995 nascia o Kitesurf ou kiteboarding, um novo esporte radical aquático que marcaria muito a forma com que os esportistas se relacionariam com o mar, como uma pipa e com uma prancha. Inventado por dois irmãos franceses, Bruno e Dominique Legaignoux, o esporte já tem direito a torneios e grandes eventos de disputas entre profissionais nacionais e internacionais, como o Virgin Kitesurf World Championship – VKWC e o Circuito Brasileiro de Freestyle. Diversas regras e categorias foram criadas.
– Freestyle – Estilo, livre, mais radical do kitesurf, refere-se a competições com manobras clássicas e manobras utilizadas em campeonatos. Tem o objetivo de buscar perfeição nas manobras comuns em competições.
– Kitewave – É o velejo direcionado para as ondas. Feito com pranchas e manobras de surf, porém, usando o kite para acelerar e fazer as manobras com maior precisão. O velejador de kitewave precisa ter o surf na veia, se não tiver vai achar o kitewave meio parado.
– Kiterace – Essa modalidade é a que mais se aproxima do velejo de barco. Consiste em dar bordos compridos com kites. Os velejadores de kiterace buscam desafios de percorrer longas distâncias em um curto espaço de tempo. Como os saltos são frequentes, as pranchas têm que ser mais resistentes.
– Big air – Uma modalidade que tem grandes adeptos no Brasil e no mundo e consiste em saltos dos atletas e a contagem do tempo que ele ficará fora da água.
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