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Conheça as flores da moda

Flores nas cores verde e amarelo são tendência na decoração e paisagismo para 2013

Considerada a “Fashion Week” da floricultura, a Expoflora, maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina, dita as tendências das decorações florais e as espécies e variedades que serão usadas ao longo do próximo ano. É uma grande vitrine para as novidades do setor, por permitir que as novas variedades sejam testadas quanto ao gosto do público e a preferência do consumidor antes que sejam cultivadas em larga escala para o abastecimento do mercado.

A edição deste ano trouxe como tendências as flores e plantas ornamentais nas cores verde e amarelo, já de olho na Copa do Mundo de 2014, além de muitas novidades, como a rosa Blueberry, a calla preta e o sunpatiens (espécie de impatiens cultivado ao sol).

A exposição, realizada até dia 29 de setembro em Holambra, apresenta também novas flores – de nomes estranhos -, como a simpática barleria, a preguiçosa dormideira, a aveludada celósia, as floridas tarantas e as exóticas e encantadoras orquídeas oncidium.

 Para a Copa

De olho no maior evento de futebol do planeta, que em 2014 será realizado no Brasil, os produtores de flores e plantas ornamentais também decidiram levar o verde e amarelo para o paisagismo e para a decoração. O foco são os hotéis, as empresas, os restaurantes, as residências e até os estádios.

Nessa linha do verde e amarelo estão os sunpatiens, as callas, os hibiscos, os lírios da linha Brasil, as alstroemeria hybridas e até uma orquídea verde, colorida artificialmente. O trevo de quatro folhas, cultivado em grandes canteiros para atrair muita sorte, também traz as cores da bandeira brasileira e, por isso, volta com tudo nos vasos e jardins fortalecendo a torcida pela seleção.

Revista Regional selecionou alguns dos principais lançamentos da Expoflora deste ano:

Rosa Blueberry – Trata-se de uma rosa de origem italiana, desenvolvida em laboratório após cerca de 30 mil cruzamentos que geraram mais de 500 mil sementes e sete anos de pesquisa em diferentes regiões do mundo. A variedade produzida no Brasil foi selecionada no Quênia e vem sendo adaptada ao nosso clima desde setembro de 2011. Apresentada em hastes de 40 a 70 centímetros, suas flores possuem cinco centímetros de altura e nove de diâmetro, quando abertas. Marca presença pela cor lavanda escura, sem igual no mercado. Seu principal diferencial é sua durabilidade em vaso, podendo chegar a 14 dias.

Sunpatiens – Essa planta tem a cara do Brasil e vai colorir o país às vésperas da Copa do Mundo. Desenvolvida a partir do Impatiens, o Sunpatiens é resistente ao sol pleno e apresenta exuberantes folhas nas cores verde e amarelo, nas variedades Spreading Salmon Variegata (flores na cor salmão) e Vigorous White Variegata (flores brancas). É encontrado, também, em versões de flores nas cores rosa, laranja, pink e purple, porém a folha é inteira verde.

Calla Preta – A Calla, ou Copo de Leite, é uma flor grande, com hastes que variam de 60 centímetros a um metro. Originária da África, ela adaptou-se bem ao clima brasileiro e sua produção se dá durante o ano inteiro. É uma flor de corte, sem perfume, que tem durabilidade de até 25 dias no vaso com água. Sua cor é um vinho bem escuro, quase preto, por isso é chamada de Calla Preta. Produzida pela Fazenda Terra Viva, em Araxá (MG), sua cor contrasta com o verde brilhante de sua folhagem.

Orquídeas Oncidium – Estão sendo lançadas três variedades: a Flying High (amarela e marrom), a Nickname Carl (tigrada em marrom e verde) e a Pacific Sunrise Hakalão (rosa e amarela). Originária da América do Sul, essas orquídeas são de rara beleza, principalmente pela mescla artesanal de suas cores. É exótica e ornamental. Suas flores podem durar até dois meses, a partir da abertura dos botões. Apesar de ser sulamericana, passou por melhoramento genético em laboratórios do Havaí. No Brasil estão sendo produzidas por Cristiano Aparecido Del Cielo, nos viveiros e estufas da Expoflora, em Holambra, numa área de dois hectares. A sua produção é de 20 mil unidades por ano de cada variedade. Floresce o ano inteiro, com maior intensidade entre dezembro e maio.

Hibiscus – São 22 novas variedades dessa flor considerada símbolo do Havaí. O HibisQs, como é registrado pelo produtor Rene Vernooy, do sitio Panorama Flores, de Holambra, tem como diferencial as cores fortes e flores dobradas. Além do Havaí, essa flor é muito comum na China e nas Ilhas Polinésias. O desenvolvimento dessa variedade foi feito na Dinamarca e demandou sete anos de cruzamentos até atingir as cores que são oferecidas este ano (branca, rosa, amarela, laranja, vermelha e bicolores). Das 22 novas cores de HibisQs, três – Boreas White, Boreas Yellow e Laluna  -, ganham destaque com foco na Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Segundo o produtor Renê Vernooy, as duas primeiras, amarelas, representam as cores do Brasil, enquanto a Laluna tem a cor laranja, da camisa da seleção holandesa.

Anêmona – A Anêmona é uma flor silvestre, de origem italiana, com pétalas delicadas e perfume sutil. As cores são marcantes nas tonalidades azul, vermelha, bicolor e branca. Curiosamente, é uma planta que floresce no inverno e, por isso, só será encontrada no Brasil nos meses de julho a setembro. Elas são cultivadas por Anderson Esperança, na Fazenda Vale das Flores, em Andradas (MG), a produção deste inverno deve atingir a 5 mil hastes. A comercialização é feita pela Cooperflora, de Holambra. São muitas bonitas e apresentam durabilidade de oito dias em vasos com água. Essa flor deve conquistar os decoradores, principalmente por ser disponibilizada no período de inverno no Brasil.

Ranúnculo – De origem italiana, possui uma variedade de cores vivas e vibrantes, como branca, vermelha, rosa, amarela, laranja, roxa e rosa. Suas hastes podem ter de 30 a 50 centímetros de comprimento e suas flores duram até 12 dias em vasos com água. Típico dos meses mais frios, sua produção concentra-se entre junho e setembro.

Lírio Dobrado – Embora pertença à família do Lírio convencional (Liliaceae) seu diferencial está na quantidade de pétalas, na fragrância mais suave e na ausência do pólen. Com mais pétalas (18) e duas cores – rosa e branca – essa variedade é imponente e sobressai sobre as demais. Sua durabilidade atinge dez dias em vaso com água. Sua produção está concentrada no Sítio Terra Viva (Araxá, MG).

Lírios Brasil – Os Lírios da Linha Brasil apresentam quatro diferentes cores: amarela, branca, vermelha e rosa. São produzidos por Jan de Wit, em Holambra, que os batizou com nomes de cidades brasileiras: Rio de Janeiro, Belém, São Paulo e Sorocaba, respectivamente. Essas variedades são caracterizadas pela ausência de perfume, cores fortes e vibrantes e em tamanho médio.

Alstroemeria Hybrida – São 16 novas variedades, mas destaque é para a Shakira, por trazer as cores verde e amarela. Originária da América Sul, as alstroemeria estão presentes no Brasil, Chile e Peru. Possui variação de cores e tonalidades muito grande. Sua durabilidade é de, aproximadamente, 15 dias. Curiosamente, ela apresenta pétalas em três diferentes formatos, numa mesma flor.

Callas para a Copa – Também conhecida popularmente como Copo de Leite, as callas são apresentadas em três variedades de amarelo: Florex Gold, Gold Cup e Captain Aguila e foram produzidas por Tobias de Wit, da Brascalla, de Holambra, que dedicou parte da sua produção atual para as variantes do amarelo e laranja, com foco na decoração para a Copa do Mundo de Futebol. Afinal, em Holambra, as torcidas se dividem entre o Brasil e a Holanda.

Trevo de Quatro Folhas – O Trevo de 4 Folhas deverá estar fortemente presente no paisagismo durante a Copa do Mundo de 14. Diz a lenda que quem o recebe como presente terá muita sorte. Sua história remete ao ano 300 a.C. e está associada aos druidas que habitavam a região onde hoje está a Inglaterra. Diz-se que eles obtinham poderes da natureza quando encontravam uma dessas plantas. Os druidas eram os sacerdotes e magos, mestres e juízes do povo celta. Pertenciam a uma classe educada e respeitada por sua sabedoria e, conhecedores de seus poderes, atuavam como intermediários entre as tribos e os deuses. Cada folha tem um significado diferente: esperança, fé, amor e sorte. No Brasil, Daniel Boersen é o único que produz essa variedade. Ele cultiva cerca de 2 milhões de bulbos por ano em Holambra.

fotos: Divulgação

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