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Um roteiro de fé pelo Alentejo

Catedral de Elvas
  • Maior região portuguesa guarda igrejas e museus importantes para a religião católica

Portugal é um importante destino para o turismo religioso, com diversos patrimônios significativos para os cristãos. O Alentejo, maior região do país, não é diferente. Separamos os pontos do território que não podem ficar de fora de um tradicional roteiro de fé. O ideal é alugar um carro para percorrer esses destinos com liberdade.

O itinerário começa em Évora, a 1h30 de Lisboa, a maior cidade do Alentejo. É lá que fica a Sé de Évora, a maior catedral medieval do país. Seu nome verdadeiro é Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, e ela foi construída em granito, marcada pela transição do estilo romântico para o gótico. Esta igreja possui um belíssimo crucifixo chamado “Pai dos Cristos”, que se encontra acima de uma pintura de Nossa Senhora da Assunção, os bustos de São Pedro e São Paulo e um espetacular órgão do período renascentista.

Dirigindo por mais 40 minutos, é possível chegar em Estremoz e conhecer o fascinante Convento dos Congregados, que foi construído onde antes havia um palácio. A arquitetura barroca tem fortes influências italianas, e o interior possui incríveis painéis de azulejos. Atualmente, também abriga a Câmara Municipal, uma biblioteca e um Museu de Arte Sacra.

Pouco mais de meia hora de viagem separa Estremoz de Elvas, lar da Igreja Nossa Senhora da Assunção. Ela chama atenção por seu design, principalmente pelas portas laterais manuelinas, a capela mor barroca e os altares barrocos de talha dourada e de mármore. A sacristia e o órgão de tubos dão um tom temporal a esta bela e antiga construção. Anexo a este templo, é possível visitar também um museu de arte sacra.

Há muitos museus do tipo espalhados pela região, e a próxima atração do roteiro é um deles: o Museu de Arte Sacra de Moura. Um pouco mais distante, a cidadezinha fica a quase duas horas de Elvas, e o museu está instalado na antiga Igreja de São Pedro, um edifício que conta com um fascinante revestimento de azulejos do século 17 em seu interior. Aberto desde 2004, tem exposições do patrimônio eclesiástico, com centenas de peças que demonstram as tradições religiosas locais.

Depois disso, parta para Serpa, a 45 minutos dali. Em meio às belas paisagens da Serra de São Gens, a dois quilômetros de Serpa, fica a Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe. Com o estilo mudéjar típico da Península Ibérica, de arquitetura simples e sem riquezas decorativas, a ermida é um pequeno refúgio que abriga a imagem da santa, homenageada anualmente em uma festa que começa na Páscoa e dura cinco dias.

Convento dos Congregados – Estremoz

O próximo destino é Mértola e sua Igreja Nossa Senhora da Anunciação. Praticamente vizinha do castelo da cidade, é uma igreja peculiar, uma vez que a construção era originalmente uma mesquita islâmica. Foi adaptada e se tornou uma igreja cristã, mas ainda é possível ver características góticas, muçulmanas, manuelinas e renascentistas na edificação. Entre as modificações, o altar principal foi deslocado para a parede na direção norte e o qibla, que indicava a direção para Meca, foi retirado. A grande diferença desta igreja está na posição da entrada, que fica na parede da direita em relação à nave.

Siga então para Castro Verde. A pequena cidade tem uma igreja que, por fora, é uma bela construção, mas é seu interior que realmente encanta. A Basílica Real de Castro Verde tem as paredes interiores revestidas inteiramente dos tradicionais azulejos portugueses e um incrível altar-mor de talha dourada.

A última parada fica no litoral, em Sines. A Igreja Nossa Senhora das Salas guarda a imagem da padroeira da cidade, que todo dia 15 de agosto é levada em procissão pela baía em um barco. A construção tem quase 500 anos e hoje possui um tesouro, um museu que exibe joias, vestidos da antiga nobreza portuguesa e objetos de prata utilizados nas missas. Encerrando o roteiro em Sines, em cerca de 1h15 é possível estar novamente no ponto de partida: Lisboa.

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