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Os 11 anos de sucesso da Orquestra Ituana de Viola Caipira

A orquestra ituana durante apresentação (foto: Revista Campo & Cidade)

Com a coordenação de Célia Trettel e Dill da Viola, a orquestra teve várias conquistas ao longo dos anos, principalmente poder levar o nome de Itu a outras cidades brasileiras

 

Há 11 anos os musicistas Célia Trettel e Adilson Rodrigues da Silveira, o Dill da Viola, apresentaram um projeto à Secretaria da Cultura de Itu para a criação da Orquestra Ituana de Viola Caipira. O objetivo era dar à cidade uma orquestra própria, uma vez que Itu era palco para apresentações de tantos outros grupos, oriundos de diversas partes do Estado e até do país.

 

A regente Célia Trettel (foto: Arquivo da Orquestra Ituana de Viola Caipira)

Desde então, Célia e Adilson coordenam a orquestra, que reúne em harmonia quatro tipos de afinações. “A concepção desta orquestra, até então, é a única, com diferentes afinações, um diferencial dentre as orquestras de violas existentes no Brasil. Outro ponto que se difere é o motivo pelo qual não se utiliza nenhum equipamento de sonorização, as apresentações são em ambientes (fechados) que a acústica favorece as vibrações sonoras que as violas produzem”, explica Célia.

 

Ao longo destes anos, a orquestra teve várias conquistas, entre elas, levar o nome de Itu a vários municípios por meio das suas apresentações que resgatam e divulgam a cultura caipira, além da própria viola, com suas afinações diversas dentro do cenário nacional. Outra grande vitória, de acordo com Célia, é o apoio da Secretaria de Educação. “Por meio desta parceria conseguimos introduzir a orquestra na rede municipal de ensino, com a participação de alunos interpretando canções sertanejas junto com a orquestra”, orgulha-se.

 

O grupo ituano se apresentando na região (foto: Revista Campo & Cidade)

 

A orquestra já chegou a ter 25 violeiros, mas devido à pandemia acabou tendo o número reduzido. A covid-19 também interrompeu a inscrição de novos participantes, mas este processo já foi reativado. Não há limite de idade e hoje a orquestra atua com crianças, jovens, adultos e idosos entre os participantes.

Os ensaios abertos ao público também foram retomados esse ano, duas vezes ao mês, sendo um sábado e um domingo, no Museu da Energia de Itu e no Centro Ituano de Letras e Artes (CILA), respectivamente.

 

Símbolo da cultura brasileira

 

A viola caipira é um instrumento de origem portuguesa. É originária da viola de Portugal e já fazia sucesso no Velho Mundo antes de os lusitanos aportarem no Brasil. A viola caipira é um dos símbolos mais fortes da cultura brasileira e teve um destaque na catequização dos povos indígenas no Brasil, no século XV, quando era muito utilizada pelos jesuítas na época da colonização.

 

A orquestra reúne integrantes de todas as idades (foto: Revista Campo & Cidade)

Foi instrumento de colonizadores, bandeirantes e, posteriormente, dos tropeiros, mas apenas no final do século XIX é que começou a se configurar o que hoje se conhece como música caipira. Em 1929, Cornélio Pires começou a empreender as primeiras gravações com viola, popularizando o nome viola caipira. Ele foi o responsável pela primeira produção independente do Brasil de álbuns do gênero.

Entre os principais violeiros brasileiros estão Theodoro Nogueira, Pereira da Viola, Geraldo Vieira, Tião Carreiro, Almir Sater, Helena Meireles, entre tantos outros grandes nomes.

 

 

reportagem: Aline Queiroz

fotos: Revista Campo & Cidade

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