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Post: Estado desobriga máscaras. Especialistas consideram prematuro. Veja números da pandemia na região

Estado desobriga máscaras. Especialistas consideram prematuro. Veja números da pandemia na região

  • Decreto assinado no dia 17 pelo governador João Doria tem efeito imediato;
  • Máscara permanece obrigatória no transporte público e nas unidades médico-hospitalares;
  • Com surgimento de novas variantes do coronavírus no exterior, especialistas acham precipitada a liberação em ambientes fechados, onde há aglomeração de pessoas, como mercados, shopping centers e casas de eventos;
  • Na região, mais 7 mortes por covid foram registradas no período de 11 a 17 de março
Máscara continua obrigatória no transporte público

Faltando 13 dias para deixar o governo do Estado para se candidatar à Presidência da República, o governador João Doria anunciou nesta quinta-feira, 17, a flexibilização do uso de máscaras em todos os ambientes, com exceção do transporte público – e seus respectivos locais de acesso, como estações de metrô – e nos locais destinados à prestação de serviços de saúde. Embora com a alta porcentagem de vacinados no Estado, especialistas temem que a liberação dos protetores em ambientes fechados seja precipitada, tendo em vista o surgimento de novas variantes do coronavírus, uma registrada na Europa e na Ásia, e outra em Israel esta semana.

Para justificar a decisão de liberar a máscara pouco antes de deixar o governo paulista para ser candidato a presidente, Doria afirmou que recebeu nota técnica do Comitê Científico que demonstra uma melhora consistente na situação epidemiológica no Estado. “Por isso decidi, com respaldo desses cientistas e médicos, abolir imediatamente a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os ambientes, com exceção de unidades de saúde, hospitais e transporte público”, disse.

O novo decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado na quinta, 17, com efeito imediato. O uso agora torna-se opcional em ambientes como escritórios, comércios, salas de aula, academias, entre outros. A flexibilização em ambientes abertos já havia sido autorizada pelo governador no último dia 09 deste mês.

A decisão, informou a assessoria de Imprensa do Palácio dos Bandeirantes, foi baseada em análises técnicas do Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo. Os especialistas do governo levaram em consideração o índice de vacinação com duas doses no Estado, que atingiu a meta definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) de 90% da população elegível, ou seja, acima de 5 anos imunizada.

“Entre as análises também foi considerado que após 14 dias do feriado de Carnaval, foi constatado uma manutenção da melhora dos indicadores epidemiológicos, indicando que a queda na transmissão da Sars-Cov 2 no Estado de São Paulo segue de maneira progressiva. Pela sexta semana seguida registra quedas de internações nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva e de Enfermaria. Na última semana foi registrada a redução de 18,5% nas novas internações”, explica a assessoria em nota encaminhada à Revista Regional pelo governo paulista.

Mesmo com a alta taxa de vacinação no Estado, alguns médicos demonstraram preocupação, em suas redes sociais e em programas de TV nesta quinta, 17, com a liberação da máscara em ambientes fechados. Para eles, a atitude é prematura, tendo em vista o surgimento de novas variantes do coronavírus nos últimos dias na Europa, Ásia e Israel, o que traz preocupação ao Brasil. Alexandre Naime, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirmou que “vivemos um cenário de incerteza em curto prazo. Há uma preocupação com avanço da subvariante BA.2”. “As decisões precisam estar mais bem baseadas em indicadores científicos do que em discurso político”, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. A Fiocruz já havia divulgado nota na semana passada considerando prematura a retirada das máscaras nos ambientes fechados.

NÚMEROS NA REGIÃO

A área de cobertura da Revista Regional voltou a ter mortes por covid-19 na semana de 11 a 17 de março, conforme boletins epidemiológicos divulgados pelas Prefeituras locais. Foram 7 no total, sendo 4 em Salto, 2 em Indaiatuba e 1 em Itu, porém o governo ituano divulgou os dados da pandemia apenas na segunda, dia 14.

Segundo a Prefeitura de Itu, diante da menor incidência de casos confirmados e das hospitalizações, a partir desta semana, o boletim epidemiológico de covid-19 será emitido semanalmente, sempre às segundas-feiras. No entanto, o governo local garantiu que o acompanhamento da pandemia prossegue diário pela Vigilância Sanitária e que a periodicidade do boletim poderá ser alterada, sem aviso prévio, se necessário.

A Secretaria Municipal de Saúde de Itu informou que a cidade registrou 1 óbito, de paciente de 73 anos, e 29 casos no dia 14 de março, data do último boletim. Com isso, Itu totaliza 33.391 casos confirmados, 594 óbitos e 32.765 recuperados. Na Santa Casa, a Enfermaria possui 20% de leitos ocupados e a UTI, 30%.

Em Indaiatuba, desde o início da pandemia, segundo a Prefeitura, 53.329 pessoas contraíram o novo coronavírus, sendo 345 na última semana. Do total, 846 morreram e 52.478 são consideradas curadas ou estão em recuperação domiciliar. Os pacientes mortos tinham 80 e 92 anos e estavam internados no Haoc. As 2 UTIs da cidade, no Haoc e no Santa Ignês, estão lotadas.

A Prefeitura de Salto informou que esta semana, de 11 a 16 de março, a cidade teve 4 novos óbitos confirmados e diagnosticou 204 novos casos. O Hospital Municipal está com a Enfermaria vazia e com 83% da UTI ocupada. Na Unimed, a UTI tem 33% de ocupação e a Enfermaria, sem pacientes internados. Desde o início da pandemia, a cidade teve 472 óbitos confirmados por covid-19.

VACINA SIM!

Acompanhe os números de vacinados na região, segundo levantamento feito pela Revista Regional.

– Indaiatuba: 232.595 foram vacinados com a primeira dose; 226.744 com dose única ou segunda dose; e 155.840 com a dose de reforço;

– Itu: 160.048 receberam a primeira dose; 145.278, a segunda; 82.294, a dose adicional; e 5.159, dose única;

– Salto: 120.955 pessoas receberam a primeira dose; 102.995, a segunda ou dose única; e 55.095, a terceira.

 

foto: AdobeStock

 

 

 

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