- Confira cinco curiosidades inusitadas para ver no Alentejo, maior região de Portugal
Considerado o destino mais genuíno de Portugal, o Alentejo é a maior região do país. Privilegiando um lifestyle tranquilo em que a experiência de viver bem dá o tom, conta com belas praias intocadas e cidades repletas de atrações ímpares, como castelos e monumentos históricos. Detentor de cinco títulos da Unesco e diversos outros prêmios e reconhecimentos internacionais no setor do turismo, o Alentejo oferece opções para todos os tipos de viajantes, sejam famílias, casais em lua de mel ou aventureiros.
Com paisagens impressionantes e atividades que representam toda a sua autenticidade e rica cultura, a região tem atrações que vão muito além daquelas indicadas pelos guias de viagem. Há destinos escondidos e curiosidades fora do óbvio que tornam os dias nessa região portuguesa ainda mais inesquecíveis. Nessa reportagem, descubra algumas dessas atrações e considere conhecê-las na sua próxima viagem a Portugal:
– A aldeia fantasma:
Juromenha é rodeada por muralhas e está localizada à beira do Rio Guadiana. Sua história é fascinante: no século 17, foi refortificada pelos templários e suas muralhas presenciaram grandes conflitos, como a Guerra da Restauração, também no século 17, e as guerras Napoleônicas, no século 19. Após a Espanha confiscar as terras do outro lado do rio, perdeu seu status de aldeia em 1836 e, na década de 20, foi quase totalmente abandonada pelos residentes. Hoje conta com poucas dezenas de habitantes que vivem cercados pelas ruínas da fortaleza, casas e igrejas.
– Redondo, destino da cerâmica e do vinho:
A pequena vila de Redondo reúne dois dos principais produtos artesanais do Alentejo: a cerâmica e o vinho. A cerâmica é robusta, brilhante e decorativa, com temas florais e cenas da vida no campo. O vinho local também é muito apreciado, sendo uma região DOC (Denominação de Origem Controlada) para efeitos de regulamentação. Há excelentes opções de enoturismo, como a Herdade do Freixo e a Adega Cooperativa de Redondo. Não só por suas atrações culturais, mas também históricas, como o castelo e o centro medieval, a pequena vila merece estar na sua lista pela região.
– Nisa: a Nice portuguesa:
Segundo a lenda, nos primeiros anos de Portugal, um grupo de colonos franceses provenientes de Nice se instalou em uma vila ao sul do Tejo. Por isso, o lugar apresenta muitas características semelhantes à região da França, incluindo o nome Nisa. A cidade velha tem uma paisagem única. Construída em torno das ruínas de um castelo do século 18, tem muralhas com portões imponentes e que ainda podem ser visitados, como na Porta de Montalvão e na Porta da Villa. A fonte renascentista e a igreja barroca também valem uma visita. A iguaria local é o queijo, com um tom amarelo claro, semi-macio e delicioso feito com leite de ovelha cru e com um leve sabor de ervas. Além disso, a cerâmica produzida na região também é singular e usa técnica decorativa do empedrado, com pequenos fragmentos de quartzo branco que formam desenhos alusivos à fauna e flora local.
– Vinho romano:
Os amantes dos vinhos do Alentejo, uma das principais regiões vitivinícolas de Portugal, guardam um lugar especial no coração para as bebidas provenientes das cidades de Alvito, Cuba e Vidigueira. A cooperativa de vinhos local foi fundada em 1960, mas a cultura vitivinícola remonta à época dos romanos. Verões quentes e secos dão a real qualidade aos vinhos produzidos nesta região, que inclusive também utilizam técnicas milenares. A Adega Cooperativa demonstra todo o processo desse peculiar tipo de produção na Casa das Talhas. O vinho de talha é fermentado em grandes vasos de barro que podem conter até mil litros de vinho, elaborados exatamente da maneira como os romanos faziam há 3 mil anos. Recentemente, essa iguaria alentejana foi submetida a uma candidatura a Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade e aguarda sua nomeação.
– Mantas alentejanas:
A origem das grossas mantas de lã alentejanas remete ao século 13 e é uma tradição típica da região portuguesa. Inicialmente usadas como proteção contra o frio pelos pastores do campo, com o passar do tempo se tornaram peças essenciais de decoração. São diferentes versões: para trabalho, simples ou listradas. Hoje, com seus padrões brilhantes, elas são usadas como colchas e tapetes e até mesmo como toalhas de mesa. É possível encontrar amostras na maioria das lojas de artesanato locais.
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