- Decidido a realizar o sonho de escalar o Monte Everest, o saltense Neto Barbarini acabou de realizar sua primeira expedição e já começa a se preparar para a primeira internacional, que deve acontecer ano que vem
Desde abril de 2020, o saltense Neto Barbarini decidiu realizar um sonho que sempre esteve guardado com ele: escalar os 8.848 metros do Monte Everest, o ponto mais alto do planeta (levando em consideração a altitude). Para isso, foi necessária uma séria de mudanças e hábitos de comportamento e de vida.
O início do projeto Everest se deu junto com a pandemia do coronavírus. Até então, Neto estava descontente com o estilo de vida que estava levando. Era sedentário, fumante, estava acima do peso e se alimentava de forma errada. “Aproveitei que tudo ia mudar (com a pandemia) para começar também a minha mudança de vida. O primeiro passo foi parar de fumar, depois começar fazendo uma caminhada diária e gradativa. Um mês depois, em abril de 2020, decidi que ia realizar o meu sonho (de escalar o Everest) e comecei a correr atrás da minha preparação e de ajuda para isso”, conta.
O primeiro passo foi procurar ajuda profissional de uma nutricionista. Na ocasião, chegou para ela e falou que gostaria de escalar o Everest e perguntou se estava disposta a ajudá-lo a realizar seu sonho. Em seguida, buscou profissionais como psicólogo e preparador físico, dando sequência a uma rotina de superação e novas conquistas.
Após quase um ano e meio de treinamento diário monitorado, a mudança de vida que tanto idealizou em abril de 2020 é algo real. Em junho deste ano, Neto participou de sua primeira expedição no Pico do Marins, em Piquete, montanha brasileira situada na Serra da Mantiqueira, no Interior paulista e tem 2.420 metros de altitude. “Apesar de ser uma montanha considerada ‘nível moderado’, precisei de mais de um ano de treino intenso, foco e muita preparação para esta expedição. Demorei três meses para preparar tudo, enquanto tem gente que decide escalar na semana e vai. Para mim, montanhismo é coisa séria e não podemos correr risco por falta de planejamento. Valeu a pena todo o treinamento, pois foi uma experiência extremamente desafiadora”, ressalta.
A próxima expedição de Neto será em outubro deste ano nas duas maiores montanhas do Nordeste brasileiro: o Pico do Barbado, com 2.033 de altitude, e o Pico do Elefante, com 1.980 de altitude. Serão de quatro a cinco dias dentro de um dos cenários mais lindos do Brasil, a Chapada Diamantina.
Expedição internacional
Para quem começou a colocar em prática uma mudança de vida em plena pandemia e, após um mês de percurso, gritou ao mundo o seu sonho de escalar a montanha mais alta do mundo, Neto está dando uma aula de exemplo e determinação. “Muitos acham que para chegar no Everest é preciso ter patrocínio, ir lá e escalar. Precisa de muito treino, conhecimento, dedicação e experiência, principalmente em montanhas acima de sete mil metros, principalmente com glaciar”, afirma com cautela.
Segundo Neto, ano que vem ele terá o primeiro desafio internacional na Bolívia. “Pretendo escalar a Huayna Potosí, com 6.088 de altitude, porque estarei em um ambiente e cenário mais ou menos parecido com o do Everest”, detalha.
Em relação à expectativa de tempo para chegar até o topo do mundo, Neto não tem pressa. Ele já tem o objetivo traçado, segue treinando intensivamente para realizar seu sonho de vida e em busca de parceiros que possam ajudá-lo a atingir sua meta: “Ver pessoas me apoiando faz com que eu possa motivar ainda mais outras a realizarem seus sonhos. O meu estou vivendo no coletivo, com pessoas me patrocinando, apoiando, me mandando energias positivas e rezando por mim. Tudo tem valido muito a pena”, ressalta.
Atualmente, Neto conta com o apoio das seguintes profissionais e empresas: Revista Regional, Karina Carlucci, Denise Marques Cavalcante, Centro de Treinamento Personalizado, Vinicius Catani Moraes, Amescla, Studio Gaya, Fidêncius Barbearia, Loja Excellence, Caricanecas Salto, Daniel Barros, Allo Part Uniformes, Arttas Sistemas Corporativos, Furlan Artes e Marcos Hiram de Tarso Batista.
reportagem: Aline Queiroz
fotos: Daniel Barros