- Itu teve 11 mortes e Indaiatuba, mais 5;
- Em Indaiatuba, cidadãos que se recusarem a tomar a vacina por conta da marca e laboratório serão colocados no final da fila, após a aplicação em todos os grupos;
- Hospitais seguem lotados em Salto e Indaiatuba;
- Veja situação da pandemia na região
Mais 16 mortes por covid foram confirmadas na área de cobertura da Revista Regional: 11 em Itu e 5 em Indaiatuba, segundo boletins epidemiológicos divulgados nesta segunda-feira, 28.
Em Itu, os 11 óbitos foram de pacientes de ambos os sexos e com idades entre 25 e 83 anos. A Secretaria Municipal de Saúde informou que foram também diagnosticados mais 203 infectados, somando agora 17.856 casos, 433 mortes e 16.007 recuperados. Há 23 suspeitos aguardando resultados, 35 pacientes internados em leitos clínicos e 26 em UTI. A taxa de ocupação de leitos é a seguinte: Hospital Municipal – Enfermaria 71,43% e UTI 75%; Hospital de Campanha – Enfermaria 76,09% e UTI 90%; e Santa Casa – UTI 88,24%.
Indaiatuba também teve mais óbitos por covid registrados nesta segunda, 28: 5 pacientes entre 41 e 82 anos. Em 24 horas, foram confirmados 56 casos da doença e há 2.371 suspeitos à espera de resultados de testes, que seguem atrasados por conta da grande demanda. Desde o início da pandemia, 25.524 pessoas contraíram o novo coronavírus em Indaiatuba. Desses, 662 morreram e 24.748 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar.
Os hospitais seguem lotados na cidade, com 14% de leitos extras disponíveis em hospitais da Grande Campinas, os quais foram contratados pela Prefeitura de Indaiatuba. Mas a fila de espera ainda existe, segundo a Secretaria de Saúde: são 31 doentes aguardando vagas, sendo 5 em estado grave precisando de UTI.
A Prefeitura de Salto informou nesta segunda, 28, o boletim referente ao final de semana, de 25 a 27 de junho, com mais 48 casos confirmados e 100 suspeitos esperando resultados. O governo não divulgou óbitos suspeitos. A cidade soma 10.382 casos, 300 mortes e 10.067 recuperados. As UTIs seguem lotadas, assim como a Enfermaria do Hospital Municipal. Já na Unimed, a taxa de ocupação dos leitos clínicos está em 84%. Questionado várias vezes a respeito do momento crítico da falta de leitos, o governo saltense não respondeu a reportagem.
“ESCOLHA DE VACINA”
A vacinação é um ato coletivo e só com mais de 70% da população vacinada o país poderá voltar a ter dias próximos ao normal de antes da pandemia. É o que afirma a ciência. Mas, mesmo assim, algumas pessoas convocadas para tomar a primeira dose da vacina contra a covid querem escolher a marca e o laboratório do imunizante, atrasando ainda mais a campanha de imunização que segue lenta em comparação ao restante do mundo.
Atualmente, na região estão sendo aplicadas as vacinas Coronavac/Butantan, AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer e, provavelmente, a partir desta semana algumas poucas doses únicas da Janssen/Johnson &Johnson. Há vários relatos de cidadãos convocados que se recusaram a tomar a Coronavac ou que preferem a Pfizer. A reportagem presenciou o fato semana passada em Indaiatuba, onde uma pessoa não quis tomar a Coronavac que era aplicada na ocasião. O próprio prefeito Nilson Gaspar comentou, em live no dia 21, que quando esteve na fila para ser vacinado ouviu de uma cidadã que ela só se vacinaria “se fosse da Pfizer”.
Para coibir esse tipo de atitude e acelerar a imunização na cidade, o governo de Indaiatuba informou que as pessoas que se recusarem a tomar a vacina, por conta da marca da mesma, serão colocadas no “final da fila”, ou seja, só receberão o imunizante depois que toda a população até os 18 anos for vacinada. Lembrando que em todo o país, o plano de vacinação não contempla que os cidadãos possam escolher a vacina que vão tomar.
À Revista Regional, a Prefeitura de Indaiatuba, através de sua assessoria de imprensa, destacou que não é possível saber quantos indaiatubanos se recusaram a tomar a primeira dose por causa da marca da vacina, mas que essas pessoas não conseguirão voltar à fila de imediato, assim que tiver o imunizante do laboratório que elas escolherem. Em Indaiatuba, cada dia é vacinada uma faixa etária específica. “Se uma pessoa que não pertence ao grupo daquele dia for informada que está sendo aplicada uma vacina que ela considera melhor do que a outra e quiser ir tomar, ela não pode! A Prefeitura não libera!”, ressalta. O sistema de agendamento em Indaiatuba é informatizado e o cidadão precisa apresentar um QRCode no momento da vacinação para ser escaneado no local, o que libera a vacina para a pessoa. “Não tente burlar o sistema e ir num dia que não é o seu porque esse sistema não libera. Se ela se negar a receber determinada vacina, ela entrará num sistema de repescagem, então nós vamos zerar o processo até os 18 anos e só aí reconvocaremos aqueles que deixaram de se vacinar”, explica a assessoria.
VACINA SIM!
Acompanhe os números de vacinados contra a covid na região, conforme levantamento feito pela Revista Regional.
– Indaiatuba: 98.781 foram vacinados com a primeira dose e 29.173 com a segunda;
– Itu: 67.453 receberam a primeira dose e 20.778, a segunda;
– Salto: 42.083 com a primeira dose e 13.349 com a segunda.
foto: BIRF