• Nesta terça, 23, dia mais letal da pandemia no país, a região teve 6 óbitos em Itu, 4 em Indaiatuba e 3 em Salto, que ainda tem outros 10 suspeitos;
• O Brasil registrou 3.251 vítimas fatais da covid num único dia, sendo 1.021 no Estado de São Paulo;
• Hospital de Campanha de Itu, único da região, ganhou mais 8 leitos;
• Butantan acelera produção e libera mais vacinas a todo o Brasil

A terça-feira, 23 de março, foi o dia mais letal da pandemia de covid até agora no Brasil e no Estado de São Paulo, com 3.251 vítimas no total, sendo 1.021 nas cidades paulistas. Na região, o número registrado em 24 horas também foi alto: 13 no total, sendo 6 em Itu, 4 em Indaiatuba e 3 em Salto, que tem ainda outros 10 sob suspeita da doença.

Em Itu, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os pacientes que morreram tinham entre 44 e 84 anos, de ambos os sexos. Todos estavam internados em hospitais locais. A cidade registrou outro índice alto, com 134 novos contaminados em 24 horas, e tem 42 suspeitos aguardando resultados de exames. O total de contaminados desde o início da pandemia foi a 9.977, com 212 mortos e 9.261 recuperados. Há 46 pacientes internados em leitos clínicos e 29 em UTI. No Hospital de Campanha, a UTI permanece lotada. Já a taxa de ocupação de leitos da UTI do Hospital Municipal está em 87% e na Santa Casa, em 82%.

Os leitos clínicos, de Enfermaria, estão com 81% de ocupação no Hospital Municipal, 75% no Hospital de Campanha e vazios na Santa Casa. Nesta terça-feira, o prefeito ituano Guilherme Gazzola e a secretária municipal de Saúde, Janaina Guerino de Camargo, acompanharam a instalação de mais 8 leitos de Enfermaria no Hospital de Campanha. Segundo o prefeito, eles podem ser transformados em leitos de UTI, quando necessário. A ampliação ocorreu devido ao agravamento da pandemia no Brasil e do crescente número de casos de internação por covid. Os leitos foram viabilizados com recursos próprios do município e, dessa forma, ampliam a capacidade do Hospital de Campanha que, agora, passa a contar com 44 vagas de Enfermaria e mais outras 10 de UTI.

A secretária de Saúde ressaltou que, desde a inauguração, em abril do ano passado, aproximadamente 1 mil pessoas foram atendidas no Hospital de Campanha, único instalado na região e que ainda permanece em atividade por iniciativa da Prefeitura de Itu. Para a implantação da unidade, em 2020, foram investidos aproximadamente R$ 900 mil, sendo apenas 10% dos cofres públicos municipais. O restante, segundo o governo local, ficou a cargo da solidariedade dos ituanos, em especial dos empresários da construção civil.

Indaiatuba manteve o índice diário de mortes por covid e confirmou mais 4 nesta terça, dia 23. Duas delas ocorreram na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Morada do Sol. A Prefeitura informou que os pacientes tiveram entrada no dia 17 e faleceram no domingo, 21, sendo uma mulher de 88 anos e um homem de 76. Há duas semanas, Indaiatuba enfrenta um colapso em seu sistema hospitalar, sem vagas para pacientes com covid, principalmente nas UTIs. Os outros 2 óbitos, de uma paciente de 72 anos e outra de 80, foram em hospital de Artur Nogueira, para onde foram transferidos os doentes da cidade.

Nas 24 horas, Indaiatuba registrou mais 102 novos casos de covid. Desde o início da pandemia, 16.344 pessoas contraíram a doença no município. Desses, 400 morreram e 15.858 são considerados curados ou ainda estão em recuperação domiciliar. Há 118 internados, dos quais 86 estão confirmados para covid-19. Do total, 80 estão em leitos clínicos e 38 em UTI.

A UTI do Haoc permanece lotada e a do Santa Ignês está com 92% de ocupação. Já os leitos extras de UTI, contratados em Artur Nogueira, estão 50% ocupados. A situação das Enfermarias é de colapso, com 97% de ocupação no Haoc e 100% no Santa Ignês.

Salto confirmou mais 3 óbitos por covid nesta terça, 23: 2 homens, de 68 e 80 anos, e 1 mulher de 69. Todos estavam internados no Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat. Ainda há outras 10 mortes suspeitas que aguardam laudo para confirmação da infecção. Segundo novo boletim divulgado pela Prefeitura, foram registrados 24 novos casos positivos e há 1.440 suspeitos à espera de resultados de testes.

A cidade soma 6.320 infectados desde o início do surto, com 155 mortos e 6.128 recuperados. Há 36 pacientes positivos para covid internados, sendo 14 em UTI. Entre os suspeitos, 4 estão internados, 1 em UTI e 598 em isolamento domiciliar. O Hospital Municipal voltou a ficar sem vagas tanto na Enfermaria como na UTI. Não há informação sobre a taxa de ocupação da rede privada. A Prefeitura não informou sobre a fila de espera por vagas de UTI para pacientes com covid. Ao contrário de Itu e Indaiatuba, que criaram novas vagas hospitalares durante esta semana, o governo saltense não instalou novos leitos por conta do agravamento da pandemia.

VACINA SIM!

A vacinação segue lenta na região, assim como no resto do país. Das cerca de 12 milhões de vacinas aplicadas até agora, aproximadamente 85% foram da chinesa Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, conforme levantamento divulgado pelo governo paulista. As demais doses são do imunizante de Oxford/Fiocruz. As outras vacinas anunciadas pelo governo federal ainda não foram contratadas ou recebidas, o que deve ocorrer ao longo de todo o ano.

Os números de vacinados na região até esta terça-feira são:

– Indaiatuba: 20.332 pessoas com a primeira dose e 6.195 com a segunda;

– Itu: 13.189 receberam a primeira dose e 4.438, a segunda;

– Salto: 7.622 tiveram a primeira dose aplicada e 3.368, a segunda.

Nesta quarta-feira, 24, haverá a liberação de mais 2,2 milhões de doses da vacina do Instituto Butantan para uso em todo o país. Somente no mês de março, foram entregues até agora 14,3 milhões de doses – quantitativo maior do que o disponibilizado em janeiro e fevereiro juntos -, o que representa quase 25 mil vacinas por hora.

Com o novo carregamento, o total de imunizantes oferecidos por São Paulo ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) chega a 27,8 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Até o fim de abril, o total de vacinas garantidas pelo Butantan ao país somará 46 milhões.

O Butantan ainda trabalha para entregar outras 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até o dia 30 de agosto, totalizando 100 milhões de unidades. Atualmente, 85% das vacinas disponíveis no país contra a covid-19 são do Butantan.

O Instituto formou uma força-tarefa para acelerar a produção de doses da vacina para todo o Brasil. Uma das medidas foi dobrar o quadro de funcionários na linha de envase para atender a demanda urgente por imunizantes contra o coronavírus. “Hoje o Butantan é um orgulho para os brasileiros que já tiveram a oportunidade de receberem as suas vacinas”, destacou o governador João Doria, que esteve acompanhando a liberação das novas doses da Coronavac ao Ministério da Saúde.

foto: Juca Ferreira/Pref. Itu