- Indaiatuba, a exemplo de outras cidades do país, enfrenta o pior momento da pandemia, com todos os hospitais e leitos extras ocupados;
- Cidade registrou mais 10 mortes por covid, sendo 6 num único dia; Guarda civil de 43 anos está entre as vítimas;
- Itu e Salto também possuem UTIs lotadas;
- Itu tem nova morte; Salto, 2 óbitos confirmados e 5 suspeitos;
- Veja a situação da pandemia na região
Indaiatuba enfrenta o pior momento da pandemia, com os dois hospitais da cidade completamente lotados, tanto nas Enfermarias como nas UTIs. As vagas extras de UTI para covid que a Prefeitura contratou em hospitais da Grande Campinas para transferir os doentes também estão todas ocupadas. O registro de mortos pela doença tem sido diário. Foram 10 no período entre sexta-feira, 19, e domingo, 21, sendo que 6 óbitos ocorreram num único dia. Itu também teve 1 morte na sexta, 19; e Salto, 2, além de 5 suspeitas. Duas UTIs de Itu e a rede pública de Salto continuam com ocupação máxima.
Na sexta, 19, Indaiatuba confirmou 3 óbitos, sendo 2 no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo): um homem de 75 anos e uma mulher de 80; e outra no hospital de Artur Nogueira: um paciente de 56. Já no sábado, foram 6 vítimas: uma mulher de 70 anos, que estava em leito contratado pelo governo municipal em Artur Nogueira; 3 homens, de 46, 58 e 73 anos, no Haoc; e outros 2 homens, de 43 e 73, no Hospital Santa Ignês. O paciente mais novo, de 43 anos, era Fernando Luís de Oliveira; ele atuava há 24 anos como guarda civil municipal em Indaiatuba. Não tinha comorbidades e deixa esposa e dois filhos. Os demais pacientes não tiveram nomes divulgados pela Prefeitura. A décima morte ocorreu no domingo, 21: o paciente tinha apenas 38 anos e estava internado no Haoc.
Segundo a Secretaria de Saúde de Indaiatuba, entre sexta e domingo, a cidade diagnosticou 210 novos infectados e há 904 suspeitos aguardando resultados de exames. Desde o início da pandemia, 16.202 pessoas contraíram a doença no município. Desses, 394 morreram e 15.719 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar. Há 122 internados, dos quais 89 estão confirmados para covid-19. Do total, 81 estão em leitos clínicos e 41 em UTI. No Haoc, Enfermaria e UTI estão com 100% de ocupação; a mesma situação é vista na rede privada, no Hospital Santa Ignês. Os leitos extras de UTI em hospitais da região de Campinas também estão lotados.
Mais uma vez, a reportagem da Revista Regional questionou o governo de Indaiatuba sobre o colapso nos hospitais, se há fila de espera por vagas, para onde estão sendo transferidos os pacientes que precisam de atendimento e de cuidados intensivos, assim como a possibilidade de lockdown, como outras cidades paulistas decretaram em situação semelhante, porém ninguém da Prefeitura respondeu.
Em Itu, a UTI do Hospital Municipal segue lotada, assim como a do Hospital de Campanha, que passou a ter 110% de ocupação. A Secretaria Municipal de Saúde informou que índices acima de 100% indicam que nenhum paciente ficou sem atendimento na rede pública ituana. À Revista Regional, o governo ituano esclareceu que, em casos como esse, é criada a estrutura mais próxima possível de UTI em um leito de Enfermaria, a fim de garantir o atendimento ao doente em estado grave.
A terceira UTI de Itu, na Santa Casa, está com 76% de ocupação. Já os leitos clínicos, de Enfermaria, estão com 87% de ocupação no Hospital Municipal, 83% no Hospital de Campanha e vazios na Santa Casa.
Itu confirmou nova morte pela doença na sexta, 19, sendo a de um paciente de 90 anos. Foram diagnosticados mais 91 infectados e há 18 suspeitos à espera de resultados. A cidade conta com 9.687 casos confirmados desde o início da epidemia, 202 mortos e 9.031 recuperados. Há 44 pacientes internados em leitos clínicos e 28 em UTI.
Salto registrou 2 óbitos e tem outros 5 suspeitos aguardando laudo para confirmação, segundo o último boletim divulgado pela Prefeitura na sexta-feira, 19. As vítimas confirmadas para covid são um paciente de 58 anos e uma mulher de 67, ambos internados no Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat.
Foram ainda diagnosticados 27 novos casos positivos e há 1.498 suspeitos à espera de resultados de testes, número recorde desde o início da pandemia e o maior da região. São pacientes que fizeram exames, mas que ainda não têm o resultado. O atraso vem ocorrendo desde janeiro, quando o novo governo saltense alegou que a demora é culpa do laboratório responsável pelos exames, em Sorocaba, que estaria com grande demanda de exames da região.
Salto soma 6.254 infectados desde o início do surto, com 152 mortos e 6.074 recuperados. Há 18 pacientes positivos para covid internados, sendo 10 em UTI. Entre os suspeitos, 11 estão internados, 4 em UTI e 650 em isolamento domiciliar. O Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat continua praticamente sem vagas de leitos clínicos (Enfermaria), com 96% de ocupação; e 100% na UTI. Não há informação sobre a taxa de ocupação da rede privada. A Prefeitura foi questionada novamente pela Revista Regional, mas não informou sobre a fila de espera por vagas de UTI.
foto: BIRF