- Desde o início da pandemia, os hospitais de Indaiatuba enfrentam o momento mais crítico com UTI da rede privada lotada, vagas do SUS perto do limite e leitos contratados com 88% de ocupação;
- Esta semana, por dois dias, a UTI do Haoc também ficou completamente cheia;
- Salto voltou a atingir o limite de sua UTI-SUS
A semana termina como a mais crítica da pandemia nos hospitais de Indaiatuba. Pela primeira vez, por dois dias consecutivos, a UTI do SUS para pacientes com covid ficou lotada no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo). Na quinta-feira, dia 03, ela voltou a ter vagas, porém a UTI da rede privada, no Hospital Santa Ignês, é que atingiu seu limite de atendimento. A situação prossegue nesta sexta-feira, 04, quando a unidade privada mantém 100% de ocupação e o Haoc, 83%.
No primeiro pronunciamento à população após ser reeleito, o prefeito Nilson Gaspar, na segunda-feira, admitiu que a cidade vive uma nova alta de casos de covid e que o governo municipal contratou leitos externos, em hospitais de Campinas, para onde estão sendo transferidos os doentes em estado grave. Mas, segundo o boletim divulgado nesta sexta, pela Prefeitura, esses leitos externos já estão 88% ocupados. A administração municipal garante que tem condições de disponibilizar até 40 leitos, conforme a necessidade.
A situação é alarmante também nos leitos comuns dos dois hospitais de Indaiatuba. Nesta sexta-feira, 04, o Haoc tinha 90% dos leitos clínicos ocupados, enquanto o Santa Ignês, 86%.
Das cidades da área de cobertura da Revista Regional, Indaiatuba é a mais atingida pela pandemia do coronavírus, desde março, quando registrou seu primeiro caso. Várias aglomerações foram registradas nas últimas semanas, antes mesmo das eleições, inclusive em bares e parques da cidade. Somente nesta semana, após cobrança do governo do Estado, a Prefeitura fez uma reunião com os agentes municipais determinando novas regras para fiscalização de comércio – que passa a ter horário e capacidade limitados -, e para possíveis aglomerações.
Nas últimas 24 horas, segundo a Secretaria de Saúde de Indaiatuba, foram confirmados 176 novos casos de covid-19, mas sem novas mortes. Nesta data também foram registradas 337 notificações suspeitas da doença. Desde o início da pandemia, 9.628 pessoas contraíram a doença no município. Desses, 253 morreram e 9.628 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar. Há 884 casos suspeitos aguardando resultados de exames.
Nesta sexta, há 78 internados, dos quais 60 estão confirmados para covid-19. Do total, 51 estão em leitos clínicos e 27 em UTI.
Itu não teve mortes pela doença nessas 24 horas e confirmou 84 novos infectados, maior índice diário das últimas semanas, de acordo com o boletim emitido pela Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, a cidade soma 4.311 casos confirmados desde o começo do surto, sendo que 108 pacientes morreram e 4.065 recuperados. Há 157 suspeitos aguardando resultados, 13 pacientes internados em leito clínico e 7 em UTI. A taxa de ocupação da UTI do Hospital Municipal está em 75% e a do Hospital de Campanha, em 50%.
Salto não teve mortes e registrou 38 novos casos da doença nesta sexta, 04 de dezembro. A cidade totaliza 3.886 contaminados pela covid desde o início da epidemia, sendo que 78 pacientes morreram, 3.691 evoluíram para cura, 11 seguem internados (sendo 6 em UTI) e 106 estão em isolamento domiciliar. Há 33 suspeitos que aguardam resultados. Destes, 9 estão em internação clínica (sendo 1 em UTI) e também há 3 óbitos suspeitos em investigação.
A UTI do Hospital Municipal, que atende pacientes do SUS, voltou a ficar lotada nesta sexta-feira, 04. Já a UTI da rede privada não informa o índice de ocupação.
foto: BIRF