Região de Campinas teve aumento de 95% no número de casos da doença nesta primeira quinzena de junho, enquanto que no Estado a média foi de 63%; Veja os números da pandemia em Itu, Salto e Indaiatuba nesta terça-feira, 16 de junho; Indaiatuba e Itu tiveram mais mortes
Os casos e mortes provocados pelo novo coronavírus continuam crescendo no Interior do Estado e levaram o governo estadual a emitir um alerta para as cidades da Região Metropolitana de Campinas, incluindo Indaiatuba. Comparando a evolução da pandemia, no dia 14 de abril, o Interior registrava 11,22% das mortes em São Paulo; em 14 de maio, o índice era de 14,35; em 1º de junho, foi a 16,41% e, em 14 de junho, 18,72%. Nas três áreas de Saúde que integram a região de Campinas, os casos saltaram de 6.855 para 13.380, aumento de 95% entre 1º e 15 de junho. A média estadual no mesmo período é de 63%.
Em relação a mortes, os números também são preocupantes, segundo a nota encaminhada à imprensa pelo governo de São Paulo. Até 1º de junho, as cidades dos Departamentos Regionais de Saúde de Campinas, Piracicaba e São João da Boa Vista registravam 341 mortes. Em 15 de junho, já eram 595. O crescimento no período foi de 74%, enquanto a média estadual foi de 40%.
Nesta quarta-feira, dia 17, o governador João Doria fará um balanço das medidas de flexibilização da quarentena, e na próxima semana anunciará quais cidades do Estado poderão avançar ou retroceder de fase na reabertura da economia.
NA REGIÃO
Indaiatuba fechou o mês de maio com 260 casos confirmados e 24 mortes. Já nesta terça, 16 de junho, são 562 testados positivamente para o novo coronavírus e 43 óbitos.
A 43ª morte foi confirmada hoje, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Saúde da cidade. Trata-se de uma paciente de 58 anos, que estava internada desde o dia 24 de maio, no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo); era diabética e faleceu na segunda-feira (15).
Ainda nesta terça, foram acrescentadas 479 notificações, decorrentes de ação de rastreio da Secretaria de Saúde e outros 24 casos positivos de covid-19, além disso foram descartados 159 suspeitos. Com isso, Indaiatuba soma 4.800 notificações; 562 confirmados, sendo que 43 morreram; 487 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar e 32 estão internados. Ainda há 1 morte em investigação e outros 590 casos suspeitos aguardando resultado. Atualmente há 37 internados em leito clínico e 21 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Itu também registrou mais 2 óbitos pela doença: um homem de 47 anos e uma mulher de 28, ambos com doenças pré-existentes, conforme boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura. Agora são 25 mortes pelo coronavírus. Os casos positivos também aumentaram para 309 e há 38 pacientes testados esperando resultado (destes, 12 internados em leito clínico e 12 em UTI). Até o momento, 233 casos de cura foram comunicados.
Salto chegou à marca de 100 testados positivamente para o novo coronavírus. Destes, segundo a Prefeitura, 2 morreram, 54 evoluíram para cura e 11 casos seguem internados (sendo 3 em UTI); há 33 casos em isolamento domiciliar. A cidade possui também 42 pacientes esperando resultado de exames. Destes, 29 suspeitos estão em isolamento domiciliar e 12 em internação clínica (2 em UTI); há 1 óbito por suspeita de covid-19.
MAIS TESTES
O governo de São Paulo confirmou nesta terça-feira (16) que já foram realizados em todo o Estado pouco mais de 602 mil testes para identificação do coronavírus em pacientes com suspeita de covid-19. A meta para as próximas semanas é ampliar ainda mais o número de exames e triplicar o volume de diagnósticos em todo o território estadual.
A Secretaria da Saúde confirmou 602.384 exames realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por laboratórios e hospitais privados. Até o dia 15, foram testados 525.666 pacientes com sintomas leves de síndromes gripais e outras 76.718 pessoas internadas com suspeita de covid-19. São Paulo registrava 181.460 casos confirmados da doença até a última segunda.
A testagem em massa é um dos mecanismos mais importantes para reduzir a velocidade de contágio do coronavírus. Assim que o paciente é diagnosticado como caso positivo, ele é isolado e também há monitoramento das pessoas com quem teve contato, permitindo a checagem de novos casos suspeitos com o surgimento de sintomas como tosse seca, febre e falta de ar.
“Nós continuamos investindo na ampliação da testagem. Estamos distribuindo 250 mil kits para que os municípios aumentem o volume de pacientes testados. Isso é importante porque fortalece medidas de vigilância, isolamento e monitoramento”, disse Paulo Menezes, coordenador do Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde.
“Acreditamos que, nas próximas duas semanas, o volume de testes PCR [exame com coleta de amostras no nariz e na boca] na nossa rede laboratorial vai aumentar significativamente. Nossa perspectiva é que triplique o número de testes por dia dedicados ao SUS nas próximas semanas”, acrescentou Menezes.
Foto: BIRF