Especialista dá dicas de como se adaptar às mudanças sentidas pelo corpo
Neste fim de semana, a partir da 0h do dia 17, chega ao fim o horário de verão. Os relógios devem ser atrasados em uma hora, nas regiões, Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Com a mudança, é comum que muitas pessoas estranhem e demorem para se acostumar, o que pode atrapalhar o sono e causar desconforto na hora de dormir.
De acordo com Renata Federighi, consultora do sono da empresa Duoflex, o corpo é regulado pelo ciclo circadiano, uma espécie de relógio interno que identifica a duração dos períodos luminosos e não luminosos (dia e noite) e é responsável por ajustar as funções fisiológicas no período de 24 horas, aproximadamente. “Nosso relógio biológico está acostumado com horários regulares para dormir e acordar. Quando essa rotina é quebrada, o organismo leva um tempo para se adaptar. Por isso, é possível sentir oscilações de sonolência e energia em determinados períodos”, explica Renata.
Essa alteração pode causar irritabilidade, estresse e baixa produtividade. Cansaço, fraqueza muscular, dores de cabeça, mau humor, alteração do apetite e diminuição na capacidade de concentração são outros sintomas muito comuns.
Nesta mudança o relógio atrasa, ou seja, “ganhamos” uma hora e por isso as pessoas muitas vezes vão dormir mais tarde. Para que o indivíduo não sofra com os distúrbios citados é aconselhável organizar a rotina aos poucos. A consultora sugere que essa “hora extra” deve ser usada para descansar. “Duas semanas antes do fim do horário de verão, tente também ir para cama cinco minutos mais cedo a cada dia. Esta mudança gradual vai ajudar na adaptação quando o relógio atrasar uma hora.”
Além disso, é apropriado evitar refeições muito pesadas no dia da mudança, principalmente no fim do dia. Alimentos muito pesados para a digestão e bebidas energéticas, como café e alguns chás, podem prejudicar o sono. Aproveitar a luz do dia para praticar exercícios é ideal. Nesse período de adaptação é mais adequado optar por atividade mais leves, como yoga ou pequenas caminhadas. Caso faça exercícios mais pesados, é indicado praticar, no máximo, até três horas antes de ir para a cama, para que a liberação de endorfina não prejudique o sono.
‘Para se acostumar aos relógios adiantados, a “higiene do sono” também pode ajudar. O termo consiste na organização ou mudança de alguns hábitos para melhorar a qualidade do sono. Ingerir bastante líquido, manter o ambiente silencioso, arejado e escuro, e escolher um travesseiro adequado ao biótipo e a postura ao dormir, também são importantes para um sono relaxante.
“O travesseiro deve preencher o espaço entre a cabeça e o colchão, em um ângulo de 90º no pescoço, mantendo a coluna cervical e lombar sempre alinhadas. O recomendado é dormir de lado com as pernas semiflexionadas com um travesseiro baixinho entre elas para evitar a rotação da coluna e os atritos entre os joelhos e os tornozelos”, orienta a consultora.