A sexualidade se inicia na barriga da mãe e o tema deve estar em pauta desde a infância
A maioria das pessoas acredita que a sexualidade surge na pré-adolescência, mas na verdade ela é parte do ser humano desde sua formação no útero da mãe. No entanto, é na pré-adolescência que os jovens começam a conhecer melhor este universo e a compreendê-lo. Com o intuito de ajudá-los neste processo, há o exemplo de Unimeds no Interior de São Paulo que desenvolvem programas para auxiliar na orientação destes jovens.
Independente da metodologia adotada, a postura dos profissionais envolvidos deve ser de seriedade e respeito, e livre de preconceitos. Em geral, durante os encontros, os temas abordados são: desenvolvimento e as diferenças entre o corpo feminino e masculino, a importância do sexo seguro, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce, relacionamentos e autoestima.
Mais do que preparar os jovens para estas situações corriqueiras da vida adulta, a educação sexual colabora na questão comportamental. “Nossa equipe, na Unimed, pensa que este deve ser um processo reflexivo para a formulação de atitudes com forte componente afetivo, e que eles encontrem o equilíbrio e a felicidade, usando a liberdade de forma responsável”, detalha a psicóloga Daniela Graef.
Participação dos pais
“Constatamos que existe falta de diálogo sobre o assunto. Há uma dificuldade em tratar do tema. Em alguns casos, isto deve ocorrer até pela própria formação que os pais tiveram”, observa a psicóloga.
Por este motivo, como ressalta Daniela: “Delegar esta função para a escola ainda é a regra”. No entanto, é importante que os pais entendam que o assunto deve ser uma constante. Como a especialista ressalta, o psicanalista Sigmund Freud, no início do século XX, afirmou pela primeira vez a existência da sexualidade na infância, correlacionando-a às fases de desenvolvimento.
Ela reforça que pesquisas apontam que as crianças que crescem em um ambiente de trocas afetivas e respeitosas têm maior probabilidade de se tornarem adultos realizados sexualmente. “Assim, o tema deve ser colocado de forma adequada e livre de falsos moralismos e repressão, iniciando até mesmo na gestação”, finaliza a psicóloga da Unimed.
foto: Microfoto