No último 21 de maio, Itu ganhou mais um espaço cultural, o Memorial do Convento do Carmo “Dom Raimundo Lui”
A recuperação de um patrimônio ituano foi celebrada com três eventos na noite de 21 de maio. A abertura do Memorial do Convento do Carmo de Itu “Dom Raimundo Lui” foi um ganho cultural para toda a cidade. Reunindo objetos de arte sacra e de culto, o memorial preserva e divulga paramentos, imagens e livros que contam a história do convento ituano.
Originado no início do século XVIII, o Convento do Carmo, que homenageia o bispo ituano Dom Raimundo Lui, foi uma iniciativa do Prior do Convento, Frei Antonio Sílvio da Costa Jr. e está instalado em uma das salas do antigo mosteiro.
D. Raimundo Lui, o homenageado, pertenceu à Ordem do Carmo e é um personagem importante na história de Itu. Nasceu em 22 de julho de 1912, estudou em Mogi das Cruzes e São Paulo, onde foi ordenado sacerdote em 1939. Atuou como missionário na Bahia e como Capelão-militar da Marinha do Rio de Janeiro. Viveu em um mosteiro na Áustria, dedicado à vida contemplativa. Em 1962 foi sagrado bispo, tornando-se o primeiro da recém-criada Diocese de Paracatu. Participou ativamente do Concílio Vaticano II. Em 1977 renunciou ao governo da Diocese e retornou à vida conventual em Itu, Jaboticabal e São Paulo, onde faleceu em 1994.
Promovido pelo Madrigal do Museu da Música e com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, na mesma noite da inauguração do Memorial, o concerto “O Romantismo na Música Sacra em Itu” foi apresentado ao público. Obras escritas por compositores italianos e amplamente utilizadas pelos antigos coros das igrejas da cidade estão preservadas no arquivo do Museu da Música e representam parte do patrimônio imaterial ituano.
texto Gisele Scaravelli
foto Divulgação