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Músico ituano conquista prêmio em Congresso Brasileiro de Iconografia Musical

Leonardo Leite concorreu com outros 24 participantes e conquistou a premiação com seu estudo sobre a obra “Festa do Divino”, do ituano Miguelzinho Dutra

Leonardo Leite, músico ituano

O músico ituano Leonardo Leite, 26 anos, conquistou, em julho, o prêmio Repertório Internacional de Iconografia Musical – Brasil (RIdIM-Brasil), durante o 7º Congresso Brasileiro de Iconografia Musical. Com essa conquista, Leonardo coloca o nome de Itu e de Miguel Arcanjo Benício da Assunção Dutra em importantes centros de pesquisas acadêmicas. O trabalho apresentado será incluído nos anais do Congresso e também será publicado no próximo livro sobre Iconografia Musical, pelo RIdIM-Brasil, juntamente com a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal).

Durante o Congresso, Leonardo, que participou com outros 24 concorrentes, apresentou seu trabalho intitulado “Miguel Dutra e a Festa do Divino em Itu: uma análise iconográfica”. Em parceria com seu orientador, o professor doutor Marcos Virmond, Leonardo analisou a prancha “Festa do Divino”, de 1841 e, durante sua apresentação, trouxe os detalhes e peculiaridades da obra de Miguelzinho, sua plasticidade, minúcia, diversidade artística e documental que foi de suma importância para a compreensão da Folia com relação à música do século XIX na vida musical paulista.

Leonardo Leite participa de algumas missas na Igreja Matriz Nossa Senhora Candelária de Itu, tocando o órgão de tubos do século XIX

“Nosso Miguelzinho Dutra deixou importante registro iconográfico da cidade de Itu, tanto do ponto de vista urbanístico e arquitetônico, como também de sua vida social. Entre elas, a aquarela referida como ‘Festa do Divino’, depositada atualmente no Museu Paulista da USP. Buscamos, então, analisá-la iconograficamente, dada sua relevância para entender a música, em seu contexto etnográfico e orfanológico, como praticada em Itu no século XIX e seus reflexos na vida musical paulista”, comenta Leonardo.

O músico ituano ainda destaca que “a criação musical na São Paulo oitocentista tem sido pouco estudada, frente ao maciço interesse da musicologia brasileira às manifestações mais vistosas da música na corte imperial do Rio de Janeiro e, anteriormente, à produção sacra do que se convencionou chamar de Barroco Mineiro. Um exemplar caso dessa condição de esquecimento é a figura de Miguelzinho Dutra, um artista nascido em Itu, negro, multifacetado, meu objeto de estudo do Mestrado na Unicamp”, completa.

Vale ressaltar que a informação da prancha estudada é comparada com as representações do mesmo evento na atualidade em Itu, dos quais, inclusive, já participou como violeiro. Leonardo também participa da Orquestra Ituana de Viola Caipira e de algumas missas na Igreja Matriz Nossa Senhora Candelária de Itu, tocando o órgão de tubos do século XIX, presente no local.  

Esta edição do Congresso Brasileiro de Iconografia Musical foi realizada em formato híbrido, de 17 a 21 de julho de 2023, por meio de parceria entre a Comissão Mista Nacional do RIdIM-Brasil e a Universidade Federal de Alagoas, e teve como tema a “Iconografia musical: criação, produção, usos e funções”.

 

foto: Arquivo Pessoal

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