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Post: O brilho absoluto de Mariana Ximenes

O brilho absoluto de Mariana Ximenes

Mariana em ensaio especial com seu novo visual para a novela “Amor Perfeito”

São mais de 20 anos de carreira, inúmeros filmes no cinema, todos muito bem sucedidos; no teatro, ela tem a inteligência de dar vida a grandes histórias e na TV, as personagens são variadas: já foi malabarista, dançarina, cantora, mocinha, vilã, todas vividas de maneira intensa, e com muita perfeição, na medida certa. Tudo isso é fruto de trabalho árduo. Perfeccionista, quando se trata de atuar, Mariana Ximenes estuda, estuda, estuda, na busca incansável para entregar o melhor de si. A intérprete da vilã Gilda, de “Amor Perfeito”, novela que acabou de estrear na TV Globo, diz que é sempre um prazer viver mulheres transgressoras: “Realmente as vilãs têm um sabor bem interessante, elas são divertidas. Ela tem um tom. Eu estou aproveitando muito para brincar e espero que as pessoas gostem”, comenta a atriz. Mariana é uma daquelas poucas atrizes gentis, carinhosas, cuidadosas e empáticas. Nesta entrevista, ela fala sobre o seu novo trabalho na TV e os desafios de viver essa vilã que promete fazer muitas maldades. Confira.

 

REVISTA REGIONAL: Você fez uma vilã inesquecível que foi a Clara de “Passione” (2010) e agora está de volta como Gilda em “Amor Perfeito”. Onde você buscou inspiração para interpretar essa mulher?

MARIANA XIMENES: Realmente a Clara de “Passione” foi uma personagem que eu amei fazer e tanto gostei que estou de volta à vilania. Essa novela foi muito especial, marcante, minha primeira vilã. Eu realizei um sonho e aprendi muito. Realmente as vilãs têm um sabor bem interessante, elas são divertidas e a Gilda é absurdamente divertida. Ela tem um tom. Eu estou aproveitando muito para brincar e espero que as pessoas gostem, apesar de tanta maldade, mas ela tem um lado divertido. Ela não tem escrúpulos e vai fazer de tudo para conseguir o que ela quer, e ela quer poder. É sempre um desafio interpretar uma vilã. Eu espero que com essa novela seja mais um exercício de aprendizado muito prazeroso.

 

Quando você fala desse lado divertido, diria que ela tem um lado bom, humano?

Ela teve um passado muito duro, era prostituta, e isso vai reverberar na conduta dela, que vai atropelando e fazendo as maldades sem nenhum limite. A Gilda não tem ética e nem moral, faz tudo que é necessário para permanecer no topo. É uma vilã que leva tudo às últimas consequências e ela premedita tudo o que acontece. Às vezes tem uma ação ou outra por impulso, mas na maioria das vezes ela vai premeditando os crimes de acordo com a sua necessidade. Uma coisa interessante: ela vai ficar encantada pelo Marcelino (Levi Asaf)! Não vai ter jeito! Essa criança linda e amorosa vai mexer com a Gilda! Mas ela é uma vilã que joga o jogo da vida, é transgressora na sua essência.

 

Na trama, você fará par romântico com o Thiago Lacerda. Como tem sido essa interação entre vocês?

Eu e o Thiago (Lacerda) estamos revivendo uma parceria porque trabalhamos juntos em “América” (2005), e eles são os comparsas e agem unidos. A Gildads é uma vilã transgressora e imperfeita. Eles são muito ambiciosos, de fato. Tem uma frase de Sigmund Freud (1856-1939) que diz: “Folia a dois”, eles têm essa folia porque ao mesmo tempo têm um tesão, o tempo inteiro jogando, eles são uma dupla que se complementam no crime e no desejo de querer sempre mais, são cúmplices. Ela é extremamente manipuladora, tem esse jogo, uma tensão com certeza. A Gilda tem uma inteligência muito prática e ela é muito rápida. As nossas cenas têm um ritmo, uma pulsação, uma temperatura, vamos na folia (risos).

 

Mariana vive a vilã Gilda na novela da Globo

Você comentou sobre essa vilania da Gilda e sobre o passado difícil que ela teve. Essa é uma maneira de justificar todas as maldades que ela comete na trama?

Eu não consigo justificar as maldades dela não, porque ela vai fazer coisas pesadas. Apesar de trazer o passado duro, que ela foi formando essa falta de caráter, ética e moral por conta de toda a sua criação, a gente não pode justificar todas as maldades que ela comete. Ela quer tudo que a Marê (Camila Queiroz) tfsem, é muito ambiciosa, e rompe com todos os limites, então não dá para defender, mas eu posso dizer que estou de corpo inteiro neste personagem. Ela é tão absurda, mas ao mesmo tempo tem essa humanidade, um lado que vai ceder, mas vai ser transgressora por conta disso. Ela quer esse status na sociedade que ela ganha ao se juntar com o Paulo (Gorgulho), ganha poder, elegância, respeito, visibilidade dentro daquela cidade, mas a gente não pode se esquecer de onde ela veio, e ela vai premeditando os crimes. Eu penso que o folhetim já vem com surpresas por si só. Sempre tem uma reviravolta e é assim que ele é feito estruturalmente. A Gilda tem as suas surpresas e ela vai revelar muitos mistérios ao longo da trama. É um personagem muito rico e recheado de conflitos, uma mulher muito forte, decidida, precisa e ardilosa. Ela é uma grande vilã! Não é à toa que quando falamos sobre ela, sugeri a mudança de visual. Aí pintamos o cabelo de vermelho e cortamos, porque também é uma novela de época e cabia.

 

E como tem sido as gravações ao lado da Camila Queiroz? Como vocês construíram essa relação de enteada e madrasta?

Somos rivais só na trama, fora de cena é só amor, estamos agarradas, nos adorando. Temos trabalhado muito, temos muitas cenas juntas (…) E como a Camila é linda e alta! (risos). Ela é um amor e uma ótima atriz.

 

texto: Ester Jacopetti

fotos: Luis Silva

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