>

Post: O estilo Sig Bergamin em nossa região

O estilo Sig Bergamin em nossa região

Sig em entrevista exclusiva à Revista Regional

Considerado uma verdadeira tempestade de sensibilidades, com seu estilo único de compor ambientes extremamente ousados, onde une ecletismo, diversidades étnicas, versatilidade e muito humor, Sig Bergamin dispensa qualquer apresentação. O renomado arquiteto, um verdadeiro patrimônio da arquitetura brasileira, com obras no Brasil, na Europa e nos EUA, trouxe seu estilo também para o Interior paulista, mais precisamente para a Fazenda Boa Vista, condomínio de luxo em Porto Feliz onde além de inúmeros projetos, Sig e seu marido Murilo Lomas mantêm casa de veraneio. Dono de um escritório de arquitetura em São Paulo com base em Nova York e Paris, Sig também é autor de diversas publicações nacionais e internacionais, como “Maximalism”, “Sig Style”e “Adoro o Brasil”. Sig é internacionalmente premiado por seu trabalho e está incluído na A-List da Elle Decor e na AD 100 list da Architectural Digest. Nesta entrevista exclusiva, concedida ao editor da Revista Regional, Renato Lima, o arquiteto fala sobre seus projetos e os desafios da arquitetura, entre tecnologia e aconchego.

 

REVISTA REGIONAL: Sua principal característica, sem dúvida, é o maximalismo. Com a pandemia, temos dois extremos: aqueles que acreditam que o minimalismo é a nova tendência, enquanto o outro lado aposta no excesso para garantir mais aconchego ao lar? Enfim, o que mudou na arquitetura pós-pandemia?

SIG BERGAMIN: Eu acho que as pessoas ficaram mais maximalistas na pandemia. Digo isso, pois o apego aos objetos, a itens com valor sentimental, a volta da cor para dentro de casa, entre outros aspectos, são fatos importantes nessa nova casa, nesse novo morar.

 

Certa vez li um depoimento seu de que você jamais teria uma casa minimalista. Algo mudou desde então?

Eu teria sim. Mas seria minha sétima casa! Eu teria outras seis maximalistas, bem coloridas, produzidas com forte ligação com o contexto e a geografia do entorno. Aí a sétima sim, poderia ser bem minimalista. (risos)

 

Você não atende apenas brasileiros, mas clientes europeus e também norte-americanos. As escolhas e o modo de vida de todos eles mudaram nesses últimos anos? No caso dos brasileiros, o gosto para decoração mudou? Qual o estilo atual?

Eu não diria que o gosto mudou. Porque existem clientes que têm bom gosto e o cafona, seja brasileiro ou estrangeiro. O que mudou, e vale para ambos, é a exigência pelo conforto. Antes, o design se sobrepunha inclusive sobre o conforto. Hoje não mais.

 

Do seu início de carreira até agora muita coisa mudou obviamente com a tecnologia e o melhor acesso a produtos do mundo todo. Qual foi a melhor época e por que?

Acho que agora fazemos uma decoração e uma produção mais assertiva. Com as novas tecnologias de visualização, a gente consegue mostrar para o cliente praticamente o resultado do seu décor muito antes de ficar pronto. Isso é algo incrível.

 

Você e o Murilo (Lomas, marido) amam ficar em casa, fogem um pouco dos holofotes. Sempre foi assim ou é uma opção de agora? Por que?

Acho que são fases. Tem momentos da vida que somos mais agitados, em outros mais reservados. O importante é curtir, estar feliz, estar com quem ama e fazer o que gosta.

 

Viajar eu sei que é uma de suas maiores paixões, além de seus pets. Conte-nos um pouco de seus principais

Sig em entrevista exclusiva à Revista Regional

hobbies, principalmente em sua casa.

Quando estou em casa gosto de ler. Eu sou um apaixonado por livros. Não consigo passar uma semana sem ler, folhear ou buscar novos livros. São grandes referências e inspirações para minha vida e meu trabalho. Mas, claro, gosto de ver uma série, gosto de acessar as redes sociais, gosto de planejar uma viagem ou de pensar numa mudança em casa. Minha cabeça nunca para. (risos)

 

O que toda casa precisa ter?

Toda casa precisa de amor. Precisa de conforto, de aconchego! Precisa de arte, precisa de objetos de valor sentimental. Precisa de verde, precisa de flores. E claro, um toque de cor e textura.

 

Você é um dos arquitetos mais requisitados para projetos na Fazenda Boa Vista, aqui em nossa região. Quantos projetos já fez por aqui e quais poderia citar como tendência, estilo, etc.?

Não sei te dizer quantos eu fiz, sendo muito sincero. Mas eu não acredito em tendências! Eu acho que cada pessoa tem referências do que gosta ou do que não gosta. Minha missão é traduzir isso em uma arquitetura coerente, proporcional, bela. O projeto é feito sob quatro mãos sempre: as minhas e as do cliente!

 

Além da Fazenda Boa Vista, há outros empreendimentos em que atuou no Interior, como em Itu, Indaiatuba ou Campinas? Pode citar alguns cases?

Eu já fiz muita coisa na Fazenda da Grama (em Itupeva). Já fiz um ou outro projeto em diversos condomínios da região. São lugares lindos que têm uma forte relação entre homem e natureza e isso é muito bom.

 

Qual a casa do futuro? Com o avanço tecnológico que se prevê para a próxima década, é possível associar aconchego e a frieza das máquinas? Em resumo: uma “casa que abraça”, como você diz, pode ser servida por robôs com IA?

Ótima pergunta! Acho que a tecnologia é muito bem-vinda, mas tem coisas que uma máquina jamais poderá substituir um ser humano. Tenho uma curiosidade pelo futuro do morar, a casa do futuro… Mas acho difícil uma IA me gerar emoção como uma arte é capaz ou uma música. São questões para o futuro.

 

E pra terminar, não posso deixar de perguntar: qual a coisa mais cafona que você tem visto por aí?

Planta de plástico! Com todo respeito, mas não dá! (risos)

 

entrevista a Renato Lima

fotos: Romulo Fialdini e Bjorn Wallander

# DESTAQUES

Abrir WhatsApp
1
ANUNCIE!
Escanear o código
ANUNCIE!
Olá!
Anuncie na Revista Regional?