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Post: Jacqueline Sato, a encantadora de pets

Jacqueline Sato, a encantadora de pets

Jacque com os gatinhos que são sua grande paixão; ela tem oito gatos e dois cachorros

Atriz, apresentadora e ativista ambiental, Jacqueline Sato se destacou em diversos trabalhos na TV, no cinema e no teatro. Entre os mais recentes estão as novelas “Sol Nascente” e “Orgulho e Paixão”, ambas da TV Globo, e a série “(Des)Encontros”, do Canal Sony. Atualmente, ela está na série inédita “Os Ausentes”, da HBO Max. Como apresentadora, comandou a série “Bruce Lee: A Lenda” e o programa “Encantadores de Pets”, da Band. Não bastasse todo o resto, ela é também é CEO da associação de proteção animal “House of Cats”, que já ajudou cerca de 2 mil gatos a encontrarem lares. Lá eles recolhem gatinhos da rua, e são responsáveis por todos os cuidados até que encontrem um novo lar. É algo bem estruturado e que conta com apoio de veterinários que fazem também castração, vacinação, vermifugação, além de muitos outros cuidados. Como ativista ambiental, ela tornou-se recentemente a mais nova embaixadora do Greenpeace Brasil. Entre algumas de suas atitudes visando a preservação do meio ambiente, Jacque recicla em casa, não compra cotonete que não seja de madeira ou papel, tem em sua residência uma composteira coreana eletrônica que reduz em 90% os resíduos alimentares que vira adubo para plantas, não come carne vermelha também pela diminuição de CO2 no planeta, entre outras atitudes, como, por exemplo, ter participado da ação para limpar a lagoa de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Inclusive, em 2019, no Dia do Meio Ambiente, a atriz, juntamente com o ator Mateus Solano, a empresária e ativista Fe Cortez, e outros artistas brasileiros, foi à Brasília, para entregar uma carta-denúncia endereçada ao Ministério Público Federal contra o desmonte das políticas que protegem a vida, a saúde, os direitos indígenas e as riquezas naturais do Brasil. A carta assinada também por Lázaro Ramos, Dira Paes, Glória Pires, Maitê Proença, Malu Mader, Taís Araújo, entre outros, foi entregue em mãos à até então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que conversou com eles por duas horas e meia e ressaltou a necessidade da aproximação da sociedade civil com o Ministério Público. Nessa entrevista exclusiva, a atriz fala sobre sustentabilidade, preservação da natureza, proteção dos animais, diversidade na TV e de seus próximos projetos. 

 

REVISTA REGIONAL: Dentro dos lares brasileiros, cada vez mais fala-se em mundo pet, mas pouco ainda se discute sobre meio ambiente, espécies ameaçadas, aquecimento global e o futuro do planeta. Você como uma figura pública e ativista ambiental, acha que podemos, através da questão dos animais domésticos, instigar a sociedade a pensar na natureza como um todo?

JACQUELINE SATO: É triste pensar que temas tão urgentes e importantes como todos estes que você elencou permanecem pouco discutidos. É cada vez mais importante que todos tomem consciência para que haja mudança nas atitudes individuais e coletivas. Sem sabermos dos problemas, e do que é necessário fazer para tentar resolvê-los, nem cobrar dos outros conseguimos. Acho que são muitos os caminhos que podem levar cada indivíduo a refletir sobre o momento que estamos vivendo. Como cada um de nós tem agido, colaborado, ou combatido as questões. Tem gente que só acorda com algo mais alarmista, ou seja, mais pelo medo; mas eu acredito que tem muita gente que pode se conectar sim através do amor e empatia. Se as pessoas têm empatia, e desenvolvem o mais alto grau de amor e cuidado com um animal de estimação, por que não poderiam estender essa empatia e amor por todos os outros seres, de outras espécies e, inclusive, pela humanidade como um todo? Saber que o que a humanidade vem fazendo tem destruído muitas vidas, e ainda destruirá muito mais se seguirmos assim, é desesperador. Saber que muita gente tem amor pelo seu animal de estimação, mas não está nem aí para todos os outros, é muito triste. E infelizmente, tem muita gente assim. 

 

Você é uma das embaixadoras do Greenpeace no Brasil. Como surgiu esse desafio e de que forma é sua atuação e da ONG em terras brasileiras?

Foi um presente maravilhoso! Eu já divulgava as campanhas deles, já colaborava mensalmente, durante a pandemia fizemos algumas lives, e creio que perceberam em mim alguém que realmente se importa com a causa, daí o surgimento do convite. A ONG tem um imenso trabalho de coleta de dados e distribuição de informações idôneas e científicas, tanto para conscientizar a população, quanto como provas de crimes e formas de pressionar os responsáveis para que o que é certo seja feito. Trabalham com a proteção da natureza e dos povos originários de maneira muito organizada e têm, cada vez mais, unido forças para que haja mudança eficaz e rápida. Eu colaboro com a parte de Comunicação, dando ideias para ações, tentando encontrar formas dessas mensagens chegarem a um número cada vez maior de pessoas, e uso da minha voz e visibilidade para fortalecer e espalhar as informações e a luta. Uma das ações que fizemos durante o período de isolamento foi a Brigada Digital. Uma vez que o presencial tinha que ser evitado, convocamos e seguimos convocando as pessoas a se tornarem parte da Brigada Digital, pois uma vez inscritas, receberão as informações em primeira mão e poderão agir junto conosco. A pressão dos cidadãos no meio digital surte efeito em diversas situações, principalmente quando há algum PL (projeto de lei no Congresso Nacional) que pode ser danoso prestes a ser votado. Quando percebem que a população está ciente e contrária, muitas vezes alteram ou postergam, e isso nos ajuda na luta contra a destruição. Agora em junho (mês em que a entrevista foi feita), pela primeira vez, farei uma expedição à Amazônia com eles. Estou muito feliz em poder colaborar de alguma forma, e de visitar este lugar sagrado que sonho conhecer desde criancinha. Fazer isto não apenas como alguém que ama a natureza e está a passeio, mas como alguém que está lutando ativamente pela proteção dela é uma das melhores sensações.

 

Ao contrário dos demais países, principalmente na Europa, não vemos aqui no Brasil uma manifestação estudantil em prol do meio ambiente, como aconteceu recentemente no resto do mundo, com a liderança da Greta Thunberg. Isso se deve a que, em sua opinião? Falta incentivo por parte de professores, políticos e também dos formadores de opinião?

Acho que falta tudo isso que você mencionou. Falta tanta coisa em nosso país, entre elas, Educação e acesso a recursos básicos para grande parte da população. Tem tanta gente que está vivendo na miséria, mal sabe se conseguirá comer, está com toda a energia voltada na sobrevivência. É muito difícil esperar que quem está com fome, sem emprego, sem perspectiva nenhuma de um futuro, lutando apenas para sobreviver dia após dia, pare para pensar no todo, no futuro, em causas ambientais; mas tem muita gente que não está vivendo nessa condição limite, que tem razoável ou muito conforto, que tiveram acesso à Educação e muito mais, é com estas pessoas que eu, particularmente, não me conformo quando elas não têm um mínimo de consciência. O colapso da natureza é uma ameaça à sobrevivência de todos nós. Mas as pessoas, em geral, sempre pensam que é algo que “poderá acontecer”, sem se dar conta que já está acontecendo. Somos o país que detém a maior floresta, com a maior biodiversidade, do mundo! Mas grande parte da população não se atenta a isto, não valoriza, não se preocupa com o que tem acontecido; uma parte apenas lamenta, mas nada faz para tentar reverter o quadro, seja se engajar botando a mão na massa, ou espalhando informação. Há muito interesse individual e de curto prazo, talvez não seja a maioria das pessoas que pauta suas ações pensando no coletivo e no impacto a longo prazo. Essa visão do todo, essa visão de que estamos todos interligados, e que o que fazemos agora impacta gravemente no presente e no futuro, é algo que muita gente não para para pensar, e segue vivendo suas vidas buscando apenas o benefício próprio, ou no máximo da sua família e amigos. Sem olhar além. Lideranças como a Greta, e todas as pessoas que, de fato, se engajam, não estão pensando nelas próprias, no benefício rápido, estão pensando no planeta como um todo, na humanidade como um todo, em tudo o que já aconteceu no passado, no que está acontecendo no agora, e no que acontecerá no futuro. É uma visão muito além da existência.

 

Você continua atuante em relação à causa animal com a House of Cats. Como surgiu a entidade?

Sim! Continuo! Estou muito feliz que a atitude que tive aos nove anos de idade, quando resgatei os sete primeiros gatinhos na saída da escola, tenha resultado em tirar das ruas e encontrar lares para quase 2 mil gatos até agora. Surgiu naturalmente e por uma necessidade. Como eu disse, o primeiro resgate foi quando tinha nove anos. Resgatei sete gatos na saída da escola e levei para casa. Meus pais foram uns amores, e toparam cuidar deles até que encontrássemos tutores responsáveis. E conseguimos! Repetimos esta prática de amor outras vezes. Não tinha jeito, se aparecesse na minha frente, não conseguia ignorar sabendo que eu poderia fazer algo por aquela vida. E é assim até hoje. Não era um projeto, e nem imaginava que seria. Apenas sentíamos a necessidade de ajudar os que cruzavam nosso caminho. De ninhadas em ninhadas acolhidas esporadicamente, íamos conseguindo doar os filhotes e as mães com relativa facilidade, através de conhecidos, e das nossas redes sociais. Como em nosso condomínio tinham muitos gatinhos abandonados, fomos repetindo o que tinha dado certo. Eu mesma resgatava, cuidava, entrevistava os interessados… Com o tempo, começou a aumentar a procura por gatinhos, e também os pedidos de ajuda. Aí tivemos a ideia de criar uma página destinada a eles no Facebook e no Instagram para que pudéssemos concentrar tudo. Escolhemos o nome e criamos em maio de 2016. Coincidentemente, o ano em que fiz “Sol Nascente” (novela), e a minha visibilidade lá, trouxe visibilidade pela causa animal, e ajudou muitos gatinhos a serem adotados. Mesmo antes já usava da minha imagem e visibilidade para a causa animal, e com o tempo isso só foi se intensificando, tanto para esta causa, como para todas as outras com as quais eu me envolvo. Desde sempre tratamos dos nossos resgatados com muito carinho, como se fossem nossos. Em 2020, em plena pandemia, reformei um espaço destinado apenas a eles, todo “gatificado” para garantir que tenham a melhor qualidade de vida possível até encontrarem seus lares. Geralmente, quem já adotou com a gente, recomenda para outras pessoas. E assim seguimos em frente. É lindo saber que contribuímos para a transformação de tantas vidas. O aumento do abandono foi enorme nos últimos anos, mas também muita gente decidiu adotar. O problema é que a conta continua não fechando, o abandono é muito maior. E aí entramos na coisa da conscientização da população da importância de castrar seus animais. A pessoa que maltrata ou abandona um animal, eu costumo dizer que é praticamente caso perdido, muito difícil a gente conseguir mostrar pra ela a importância de cuidar e zelar por uma vida; mas para todas aquelas que gostam dos seus animais, mas deixam eles darem uma voltinha pelas ruas de vez em quando, que não castram por acharem que não precisa ou por que acham caro, é pra essas pessoas que fortaleço o chamado para a conscientização e responsabilidade. Pois existem campanhas de castração que são gratuitas, privar o seu animal de estimação de zanzar pelas ruas garante que ele não morra atropelado, envenenado, ou sofra maus tratos, e também ajuda que as organizações cuidem apenas daqueles que, realmente, estão nas ruas por abandono. Se cada um se responsabilizar e agir no que estiver ao seu alcance, muitas pequenas mudanças acontecem e podem se tornar algo maior. 

 

 

Na dramaturgia como seria possível abordar assuntos importantes relacionados ao meio ambiente e ao futuro do planeta? Você acha que a novela Pantanal pode ser a chance de se colocar essa questão em evidência?

Eu acredito que sim, que através da arte tocamos as pessoas, fazemos com que reflitam e vejam a vida sob uma nova perspectiva, levantamos discussões, inspiramos e geramos mudanças. Torço, quero, e tenho muita vontade de me envolver com projetos que tragam estas questões em suas histórias. Acho extremamente relevante. Uma coisa é verdade, dificilmente se desenvolve afeto e cuidado com algo que você não conhece, nunca viu; poder ver a natureza, os animais, e as transformações todas que vêm acontecendo inseridas numa obra aproxima as pessoas do tema, da questão, e pode ajudar sim a fazer com que elas se importem mais. 

 

Falando em dramaturgia, novelas, filmes e séries ampliaram bastante a diversidade de seus personagens nos últimos anos, porém ainda não vemos elencos asiáticos. Como você analisa essa lacuna? Isso dificulta para você e seus colegas?

Sim, é curioso pensar, perceber e ouvir de muita gente que, em geral, as pessoas pensam na diversidade sem nos incluir, nós amarelos, brasileiros asiáticos. Já conversei com muita gente, super inteligente e que buscava trazer diversidade e representatividade em seus trabalhos, que confessou nunca ter parado para pensar nisto, de que realmente há uma lacuna enorme. Fomos invisibilizados por muitos e muitos anos, seguimos sendo considerados “estrangeiros” dentro do nosso próprio país em diversas situações, o que é um grande equívoco. A falta de representatividade de pessoas amarelas é algo grave e pouco discutido, mas a minha geração e as gerações mais novas têm levantado, cada vez mais, esta discussão e jogado luz a algo que precisa ser visto e modificado com urgência. Nosso país está muito atrás neste quesito, e não podemos ficar caladas. Quando você vê obras internacionais valorizando os talentos asiáticos, e sendo um sucesso, que é algo crescente, graças a Deus, você fica feliz, mas ao mesmo tempo se questiona do porquê aqui ainda não estar havendo este movimento. Sempre me preparei ao máximo, estudei muito para que pudesse realizar meus trabalhos da melhor forma, mas vejo que o preparo não é o suficiente quando estamos frente à injustiça e ao preconceito. Há mais coisas a serem construídas que vão além da nossa própria capacidade profissional. Há que se discutir, levantar esta pauta e fazer com que o maior número possível de pessoas perceba que há algo errado. Recentemente, indignada com uma situação de Whitewashing, eu criei um grupo de whatsapp com algumas amigas atrizes que também têm suas carreiras consolidadas, apesar das oportunidades pra nós serem infinitamente menores, e cada uma foi chamando outras amigas que também estavam indignadas com a situação e, em menos de 24 horas éramos 60 atrizes amarelas conversando sobre este e outros problemas e buscando estratégias de como podemos mudar este cenário. Em menos de uma semana já éramos cem atrizes e atores amarelos unidos. E quando você percebe que as dificuldades, as dores, e as injustiças não são individuais, fica nítido o quanto há uma questão maior, e que precisa ser modificada na sociedade como um todo. Fora que te dá ainda mais força para lutar e, somando mais vozes, chegamos a mais ouvidos. Nossos vídeos viralizaram e muita gente ficou chocada com a quantidade de artistas amarelos que existem. Muita gente acreditava que não tinha, e que por isso não nos viam nas obras. Mas somos muitos, e queremos ocupar nossos espaços, contar nossas e outras histórias através do jeito e olhar único que podemos trazer para os projetos. Quanto mais diversidade, mais abrangente, enriquecido e condizente com a vida ficam os projetos. Espero que cada vez mais gente perceba isso e aja nesta direção.

 

E quais são os seus próximos projetos na área? Pode nos antecipar?

Este ano, em princípio, desenvolverei projetos próprios, pois se a mudança em relação à representatividade como eu espero não está vindo de fora, que ela venha de dentro. De fato, são poucos os talentos asiático-brasileiros na frente das telas, mas detrás também. Não são muitos os roteiristas, produtores e diretores. Mas estes cargos são decisivos na hora de determinar quais histórias serão contadas e por quem. Por isso, decidi me movimentar também nesta área de criação e produção de projetos. Algo completamente novo para mim, mas que certamente trará um novo olhar e novas oportunidades. Já tenho um projeto aprovado e em desenvolvimento, mas que não posso falar nada ainda. Mas estou muito feliz em saber que estarei à frente de algo que eu sempre quis ver, mas nunca, ou raramente, vi. E tem muitos outros pelo caminho! 

 

A atriz também é CEO da House of Cats, ONG que resgata animais de rua

Com o sucesso do streaming, há um leque maior de opções fora das emissoras abertas e mais vagas de trabalho para os atores brasileiros. Como você analisa esse mercado no país?

Acho maravilhoso! Quanto mais veículos e oportunidades, melhor. O que a gente torce é para que sejam feitas escolhas que estejam de acordo com esse movimento de diversidade, abarcando todas as frentes possíveis. Na matriz destes streamings a gente percebe que já há este cuidado, torço para que aqui eles também tenham esta cautela. E aí, de novo, que incluam amarelos na tal diversidade. Estive recentemente no Rio2C, que reúne os maiores nomes da indústria audiovisual. Fui a palestras de todos os grandes streamings: Prime Video, Netflix, GloboPlay, HBO Max; e todos falaram que a diversidade era um dos focos deles. De fato, havia projetos lindos contemplando a representatividade de muita gente que seguiu anos sendo sub representada. Fiquei muito feliz em ver a concretude do que eles falam, nos projetos que ali foram apresentados. Mas, quando se fala da nossa parcela da população, nós asiático-brasileiros, de novo, seguimos invisibilizados. Até quando? Neste ponto, fiquei triste. Mas tenho usado esse buraco, esse não conformismo para criar, e espero que em breve a gente também faça parte deste “painel da diversidade”. 

 

Para terminar, fale-nos um pouco sobre os seus pets. Quantos são e qual sua rotina com cada um deles?

Ah os amores da minha vida! (risos) Nossa, o amor que a gente tem por eles é algo muito único, né? Eu tenho uma conexão profunda com cada um deles. É incrível como eles conseguem transformar nosso dia, sempre para melhor. Tenho três gatos: Linda, Paul e Moti. Mas na casa dos meus pais tem mais cinco: Guinness, Mew, Chaplin, Paola e Yuki; que seguem sendo meus também. E tem meus dois cachorros: Paul e Liza. Todos os meus animais foram adotados ou resgatados. Amo demais cada um deles. Cada um com sua personalidade e jeito único de existir. Com os gatinhos, brinco duas vezes por dia e logo em seguida dou sachê, é sagrado, é um momento nosso de interação e diversão; e eles me acompanham sempre no que eu estiver fazendo em casa, seja aqui respondendo entrevista, assistindo a uma série, arrumando a bagunça… São muito parceiros. Não conhece gato quem diz que gato é independente e não liga para a dona. Eles são mega carinhosos. E com os cachorros, amo sair para caminhar com eles; é um momento de me desligar de tudo e estar presente apenas com eles. E, nossa, como isso recarrega a barrinha de energia e de alegria! 

entrevista e texto: Renato Lima

fotos: Gigi Kassis

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