Comitê Científico de SP disse que a medida é necessária porque a transmissão do coronavírus e as internações pela doença voltaram a aumentar no Estado

O Comitê Científico de São Paulo, que assessora o governo estadual nas ações contra a covid-19, voltou a recomendar o uso de máscaras de proteção em locais fechados no Estado.

Desde março, o item de proteção é obrigatório apenas no transporte público e em unidades hospitalares. Em nota, a gestão do governador Rodrigo Garcia afirma que os cientistas do governo têm observado um crescimento no número de casos e hospitalizações, embora sem o mesmo aumento de óbitos.

O grupo também orientou que os municípios intensifiquem a busca ativa de quem ainda não tomou a segunda e a terceira dose da vacina contra a covid – e a quarta para os idosos acima dos 60 anos. Entre as recomendações está a importância da vacinação entre os adolescentes para a terceira dose, que começou a ser aplicada no Estado na segunda-feira, 30.

Desde o começo do ano, o comitê científico já apontava a preocupação de que o fim da obrigatoriedade das máscaras gerasse um sentimento de fim da pandemia na população e um afrouxamento de medidas de prevenção.

A Secretaria de Estado da Saúde citou dados de internações em UTI: no pico da segunda onda, em abril do ano passado, o Estado registrou o teto de 13.150 internados em UTIs. Durante o surto da variante ômicron, no começo de janeiro deste ano, São Paulo chegou a ter 4.084 internados em leitos intensivos. Os dados de terça-feira, 31, eram de 777 internados na UTI e 8.421 casos de covid-19 registrados no Estado, além de 43 mortes pela doença.

De acordo com os dados do governo do Estado, o número de casos registrados aumentou 84% nas últimas duas semanas. A média diária de novos registros na semana passada, entre 23 e 27 de maio, chegou a 4.830, contra 2.622 da semana anterior.

Na região, a reportagem apurou que houve aumento de pacientes com síndromes gripais nas unidades de Pronto Socorro públicas e particulares de Itu, Indaiatuba e Salto nas duas últimas semanas. Os boletins epidemiológicos locais deixaram de ser emitidos diariamente pelas Prefeituras. Salto, entre 29 e 31 de maio, teve 130 novos casos e 1 óbito pela doença. Já Indaiatuba, entre 23 e 30 de maio, confirmou 680 infectados, mas sem mortes.

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