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Especial Dia das Mães: amor em dose dupla

crédito: Wolney Ferreira
Beatriz Padovani Garavello com as filhas Alice e Sofia no aniversário de 5 anos delas
  • Ser mãe é algo único e uma experiência que vai além do amor incondicional. Para homenagear as mamães no mês dedicado a elas, Revista Regional compartilha as histórias de mulheres que vivem a realidade das dores e das delícias de ser mãe de gêmeos

 

Quando nasce um filho nasce uma mãe e, junto com eles, momentos intensos de amor, descobertas, incertezas e desafios. Na maternidade gemelar, tudo se duplica, fazendo a realidade e os sentimentos ganharem ainda mais exuberância. As mães de gêmeos são consideradas ainda mais leoas e até supermães pelas demais, mas para elas, não é a quantidade de filhos que torna o maternar mais ou menos desafiador, mas sim toda a responsabilidade que ser mãe traz na sua essência.

 

Sem o falso romantismo dos comerciais de televisão, mas com experiências reais, intensas no amor e nos perrengues diários, Revista Regional compartilha as jornadas reais de quatro mães de gêmeos, em fases totalmente diferentes. São elas: Beatriz, Micheli, Adriana e Adelaide.

 

A advogada Beatriz Padovani Garavello, mãe da Alice e da Sofia, de cinco anos, afirma que as filhas são sua maior realização, um presente divino repleto de desafios. Quando engravidou, tendo em vista que sua mãe tem uma irmã gêmea, Beatriz sabia que as probabilidades de ter uma gravidez gemelar eram maiores. “No início tinha receio se conseguiria suprir as atenções e necessidades das meninas, porém, hoje, vejo que tudo se encaixou da melhor forma”, conta.

 

Segundo Beatriz, presenciar a união e interação das filhas desde muito pequenas sempre foi algo maravilhoso, pois elas possuem uma ligação inexplicável, além dos carinhos e beijos em dobro. “Nossa convivência demanda muita paciência, compreensão e aprendizado de ambos os lados, pois precisamos nos adaptar a cada fase do desenvolvimento delas e minha também como mãe. O grande desafio de ter gêmeos acredito que seja individualizar duas crianças da mesma idade, preservando as características e gostos individuais, ressaltando a identidade de cada uma”, afirma.

 

crédito: Graziela Scudeler
A mamãe Micheli Jardulli Farias com as pequenas Vitória e Gabriela e o marido Alexandre Farias

A administradora de empresas Micheli Jardulli Farias, mãe da Vitória e da Gabriela, de poucos meses, sempre desejou dois filhos e descobrir a gestação gemelar foi uma surpresa literalmente dupla, porque no primeiro ultrassom aparecia apenas um embrião e apenas no segundo exame o outro apareceu. “A ficha demorou para cair e só aconteceu quando realmente entendi que estava gerando duas vidas e que havia três coração batendo dentro de mim. Hoje, olhar nos olhos delas e sentir um amor multiplicado é algo inexplicável. Ao mesmo tempo, o desafio é dar conta da rotina diária, que se torna uma maratona intensa de cuidados e necessidades que elas demandam”, explica.

 

Micheli é uma mãe realista e sabe que a maternidade apesar de linda e deliciosa, passa longe de ser romântica e perfeita. De acordo com ela, por mais preparada que pensasse estar ao longo da gestação, aprende todo dia com suas filhas e é justamente por isso que tudo se torna ainda mais especial. “Nenhuma preparação impedirá os desafios e descobertas diários. Mas tudo passa, o tempo passa muito rápido, então a minha

sugestão para as futuras mamães de gêmeos é que aproveitem ao máximo, registrem tudo, porque a recordações serão eternas”, recomenda.

 

A arquiteta e engenheira civil Adriana Franco, mãe da Laura e do Gabriel, de oito anos, passou por um tratamento para conseguir engravidar. Os gêmeos vieram por meio de fertilização in vitro e a descoberta da gestação gemelar foi comemorada. “Saber que os dois tinham ficado ali firmes e fortes foi motivo de muita alegria e agradecimento a Deus. Choramos de amor, alegria e medo, tudo ao mesmo tempo, principalmente por conta do que vinha pela frente, mas demos e continuamos dando conta”, relembra.

 

crédito: Graziela Scudeler
Adriana Franco com os filhos Laura e Gabriel, gêmeos de oito anos, e o marido Luiz Angelo

Para Adriana, as delícias da maternidade são as brincadeiras, cartinhas de amor e curiosidades, tudo em dose dupla, porém com particularidades. Já os desafios, segundo ela, vêm nas mesmas proporções que as alegrias, e os principais são as brigas de irmão, diferenças de menino e menina e os limites que a tecnologia os faz impor no dia a dia. “Mas, sem dúvida alguma, o nosso maior desafio nos últimos dois anos foi a pandemia. Eles estavam no processo de alfabetização, e passar por essa fase com as aulas online, foi uma loucura. Mas com dedicação, amor e muita paciência vencemos”, comemora. Para passar o complicado período da pandemia, a família ganhou mais uma integrante, a Kiara, uma golden retriever brincalhona e amorosa, que ajudou com a ansiedade das crianças.

 

Às futuras mamães de gêmeos, Adriana afirma que a fase inicial, com as noites em claro e o cansaço batendo forte, assusta muito, mas a adaptação da família realmente acontece com o passar do tempo, quando o ritmo diário vai entrando nos eixos e tudo fica mais leve: “Ter um companheiro participativo no dia a dia ajuda muito e o meu marido, Luiz Angelo, foi fundamental na nossa jornada”, pontua.

 

Cinco filhos e uma empresa

 

foto: Renato Lima
Adelaide com os 5 filhos, incluindo o casal de gêmeos

Conciliar a vida materna com a profissional é um desafio para muitas mulheres nos dias atuais. Algumas optam por pausar a carreira em nome da maternidade, outras a abandonam definitivamente, mas um número cada vez mais expressivo tem encarado o empreendedorismo de frente e tocado o seu próprio negócio, sem o falso romantismo de que o sucesso é fácil e basta querer, mas com muita garra, dedicação, força de vontade e equilíbrio.

 

Uma destas mulheres é a empresária Adelaide Maia. Mãe de cinco filhos – Mateus (18 anos), Lucas (15), Pedro (8), João Felipe e Maria Julia (gêmeos de 1 ano e oito meses) – a maternidade sempre foi uma certeza, assim como o desejo de dar continuidade a uma família grande e repleta de amor. “Cresci em uma família grande. Minha mãe teve 30 irmãos, meu pai teve cinco. Eu mesma tenho sete irmãos e hoje, só de sobrinhos são 20. Sempre tivemos casa cheia, alegre e com um bebê entre a gente, o que foi muito positivo para todos nós, pois bem cedo aprendemos a dividir e compartilhar com os irmãos e primos. Na minha casa somos um casal, com cinco filhos, quatro cachorras e uma gata, ou seja, dez seres vivos que dependem de mim”, brinca.

 

Com filhos em idades e demandas totalmente diferentes, Adelaide vive a fase da adolescência, pré-adolescência, infância e a primeira infância, tudo ao mesmo tempo, dentro de casa. Para isso, existem combinados e acordos que precisam ser mantidos e respeitados para que a rotina seja mais leve e positiva. “A adolescência tem sido um dos nossos desafios como família, porque o mais velho acabou de fazer 18 anos e acha que pode tudo e o de 15 não vê a hora de fazer 18 para achar que pode também”, diverte-se. A verdade é que as demandas são diferentes e a família se esforça para atender dentro do possível, da forma que dá: “Damos prioridade para as mais urgentes e seguimos as demais. Anoto tudo, principalmente demandas escolares para não esquecer nada. Não é fácil, mas não é impossível. Aprendemos a lidar com eles, suas necessidades e jeitos e vamos em frente. Não sou a mãe perfeita, mas sim a mãe possível para cada um deles, e o que eu posso ser para eles”, afirma.

 

Adelaide conta com uma rede de apoio formada pela família, escola e funcionários, que a permite maternar e empreender. A primeira experiência empreendedora aconteceu há 11 anos, quando seu filho mais velho foi diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). À época ela investiu em uma nova formação e cursos de especialização e abriu seu primeiro negócio, uma franquia de educação que havia chegado a Recife. “Ali surgiu a Adelaide empreendedora na minha essência. Eu me aperfeiçoei e aprendi muito para atender meus alunos e suas famílias”, enfatiza.

 

Apesar de toda a formação e sucesso como orientadora educacional, Adelaide afirma que a profissão a ajudou em casa com seus filhos, mas de uma forma totalmente diferente da relação que tinha com seus alunos. Segundo ela, a forma como enxerga as coisas dentro de casa se tornou diferente e a experiência profissional a faz aconselhar, conversar e orientar, mas sempre com o lado materno e nunca com o de educadora. “Meus filhos não vão me olhar da forma que meus alunos olhavam, por isso o lado de educadora não funciona e só aprendi após algumas frustrações que vivi e hoje nem tento aplicar mais em casa. Se hoje precisar de algo especializado, procurarei ajuda de uma orientadora educacional para fazer o atendimento deles. Antes da orientadora educacional tem que vir a mãe. Então dessa forma tento aconselhar, mas nem sempre o santo de casa faz o milagre”, explica.

 

Após anos trabalhando como orientadora educacional, Adelaide Maia se tornou franqueada em Itu, Indaiatuba e região da Papa Rica, uma marca de comidas prontas ultracongeladas, 100% natural, sem corantes e conservantes. A oportunidade apareceu quando buscava papinhas prontas para dar aos seus filhos gêmeos e não encontrou na região nada que a atendesse. Ao conhecer a marca se encantou tanto que decidiu empreender e facilitar a vida de famílias

 

“A Papa Rica surgiu com a minha demanda pessoal para atender os gêmeos como se fosse eu, porque menos do que isso eu não ia aceitar e ficaria com uma culpa imensa, afinal eu fiz para todos os outros e tinha que seguir a mesma qualidade para eles. Na verdade, encontrei algo melhor do que os meus congelados caseiros e me encantei com a qualidade e a facilidade dos produtos”, ressalta.

 

Foi assim que surgiu uma nova forma de empreender, uma oportunidade para ela e também para tantas outras mães, que podem aproveitar o tempo que usariam para cozinhar para dedicar aos filhos e ainda ofertar para eles um alimento saudável e com sabor.

 

 

reportagem: Aline Queiroz

 

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