- O médico mastologista e cirurgião oncoplástico Marcio Leonardi fala sobre a importância da mulher conhecer o seu corpo e fazer os exames de detecção precoce
Na última década do século 20, o laço rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, 1990; e em 1997 foi oficializado o nome Outubro Rosa, aprovado pelo Congresso Americano, como o mês do Combate ao Câncer de Mama. Desde então, a campanha ganhou força no mundo inteiro com diversas ações. Nesta entrevista, o médico mastologista e cirurgião oncoplástico Marcio Leonardi fala sobre o tema.
Revista Regional: O que mudou com o surgimento da Campanha Outubro Rosa para o Combate ao Câncer de Mama?
Dr. Márcio Leonardi: Os estigmas que envolvem a doença, inclusive o medo em falar sobre ela, que era comum há algumas décadas, foram se dissipando com esse movimento. A campanha Outubro Rosa ganhou uma dimensão mundial tão forte que proporcionou a liberdade em falar da doença claramente e isso incentiva as mulheres a procurarem ajuda assim que percebem sinais, isto é, algo diferente em suas mamas, acelerando e melhorando a capacidade do tratamento e cura. Importante falar que os parceiros e as parceiras, hoje, são um percentual significativo como detectores desses sinais.
Atualmente, a mulher se sente mais à vontade para falar sobre câncer de mama. E como ela pode detectar esses sinais? Em que momento?
O câncer de mama quanto mais cedo for descoberto, mais chances de curá-lo. Primeiro a mulher precisa se conhecer, se tocar e entender as suas mamas. O autoexame é uma das práticas mais simples de autocuidado, mas muito importante para que a mulher possa perceber com facilidade qualquer alteração suspeita nas mamas. Alguns dos sinais são: nódulo, mais popularmente conhecido como caroço, no seio ou na axila; dor, secreção ou retração do mamilo; inchaço irregular ou vermelhidão da mama, escamações, entre outros. Isto é, tudo que for diferente na mama é um sinal. Importante é não fazer o “autodiagnóstico” usando a internet. A mulher deve, sim, procurar o médico rapidamente, pois só ele poderá determinar se os sintomas correspondem ou não à doença.
E a mamografia? Quando ela deve ser feita?
A mamografia é um exame de investigação por meio de imagem para observar os tecidos da mama e quase sempre é solicitada pelo médico. É uma das principais tecnologias a serviço da saúde das mulheres, porque a capacidade de identificar lesões de tamanho mínimo é uma das grandes vantagens na detecção do câncer de mama. Este diagnóstico, quando feito numa fase muito inicial da doença, está associado a um melhor prognóstico para a cura e o tratamento. Uma vez por ano, todas as mulheres com mais de 40 anos e as com histórico de câncer de mama na família devem fazer este exame. A mamografia salva muitas vidas.
Marcio Leonardi, que atende em Itu e realiza cirurgias em outros hospitais do Interior e na capital do Estado, complementa: “É importante esclarecer a expressão “prevenção”, que é adiar ou eliminar as condições de uma doença por meio de ações de eficácia comprovada. No caso da prevenção do câncer de mama são ações para reduzir as chances de desenvolvê-lo; isto é, evitar os fatores de risco que possam dar o “start” para a doença. Independentemente de como o câncer de mama acontece; o mais importante para a cura é a detecção precoce, por isso, insisto que as mulheres devem fazer seus exames preventivos regularmente. Faça seus exames anualmente sem medo e viva mais!”.
MAIS: Dr. Márcio Leonardi
Mastologista e Cirurgião Oncoplástico
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