Na área de cobertura da Regional, a cidade foi a única a confirmar mortes por covid nesta terça-feira, 1º de junho, após os 17 óbitos somados na região no dia anterior; Situação dos hospitais segue crítica em Salto e Indaiatuba; Há mais de 2 mil suspeitos à espera de resultados de exames em Indaiatuba, que seguem atrasados
Itu foi a única cidade a confirmar óbitos por covid nesta terça-feira, 1º de junho, na área de cobertura da Revista Regional. Foram 2 vítimas, de 29 e 64 anos, conforme boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura. Em 24 horas, foram confirmados 166 novos contaminados e totaliza, agora, 14.544 casos, 355 mortos e 13.079 recuperados. Há 66 suspeitos aguardando resultados, 34 pacientes internados em leitos clínicos e 22 em UTI.
A taxa de ocupação de leitos é a seguinte: Hospital Municipal – Enfermaria 64,29% e UTI 37,50%; Hospital de Campanha – Enfermaria 62,50% e UTI 58,33% e Santa Casa – UTI 70,59%.
Indaiatuba, segundo a Secretaria de Saúde, não registrou nenhuma morte com diagnóstico positivo para covid-19. Foram confirmados 91 casos da doença e há 2.005 suspeitos testados esperando resultados, que seguem em atraso. A Prefeitura culpa o laboratório responsável, que estaria com grande demanda, como ocorreu no início do ano, momento da segunda onda da pandemia.
Desde o início da pandemia, 21.789 pessoas contraíram a doença em Indaiatuba. Desses, 561 morreram e 21.130 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar. Há 113 internados, dos quais 98 estão confirmados para covid-19. Do total, 71 estão em leitos clínicos e 42 em UTI. A situação dos hospitais continua crítica, sem vagas de UTI e com as 2 Enfermarias com ocupação acima de 90%.
Questionado sobre a situação dos hospitais, o governo de Indaiatuba informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não adotará medidas locais de restrição por conta do colapso na rede hospitalar. A nota diz que a Prefeitura seguirá as determinações do governo do Estado, hoje em flexibilização, e pede que a população adote as medidas de distanciamento social. Salto, que continua sem vagas de UTI na rede pública, vive situação semelhante. Ao contrário dos prefeitos indaiatubano Nilson Gaspar e saltense Laerte Sonsin Junior, líderes municipais de outras 20 cidades paulistas, principalmente na região de Ribeirão Preto, restringiram atividades presenciais e decretaram até lockdown quando seus hospitais atingiram 90% da capacidade.
Salto continua sem vagas de UTI para pacientes com covid na rede pública, atendida pelo Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, e a Enfermaria está com ocupação acima de 90%. Na Unimed, que corresponde à rede privada, a UTI também está com 93% de ocupação e a Enfermaria, 62%. No total, segundo a Prefeitura, há 22 pacientes internados em UTI-Covid e 34 em leitos clínicos.
Nesta terça, 1º de junho, a Prefeitura saltense confirmou mais 76 casos da doença e há 73 suspeitos à espera de resultados. Com os números atuais, Salto totaliza 9.172 contaminados desde o início da pandemia, com 260 mortos e 8.897 recuperados.
VACINA SIM!
O governador João Doria escreveu em seu Twitter, nesta terça-feira, 1º, que a partir desta quarta-feira, 02, o Estado de São Paulo começa a vacinar quem tem comorbidades e pessoas com deficiência permanente entre 30 e 39 anos. Segundo Doria, este público totaliza 1 milhão e 200 mil pessoas no Estado.
Na segunda, Doria acompanhou a divulgação de resultados do Projeto S, coordenado pelo Instituto Butantan para vacinar a população adulta do município de Serrana contra o coronavírus. Com 95% dos habitantes acima de 18 anos protegidos pela Coronavac, a pesquisa científica inédita mostrou quedas significativas de 95% em mortes, 86% de internações e 80% em casos sintomáticos de covid-19 na cidade da região de Ribeirão Preto. “O estudo indica também que, com 75% da população-alvo imunizada com as duas doses da vacina Coronavac, a pandemia foi controlada em Serrana e isso pode se reproduzir em todo o Brasil”, afirmou o governador. “Os resultados demonstram de forma categórica o que poderia estar acontecendo no Brasil inteiro, não fosse o atraso na vacinação. Demonstra também que só existe um caminho para controlar a pandemia: vacina, vacina e vacina para todos os brasileiros”, acrescentou Doria. O estudo clínico de efetividade teve início em fevereiro e se estendeu até abril. A redução dos indicadores da pandemia foi constatada com a comparação dos dados registrados antes e depois que cerca de 27 mil moradores com mais de 18 anos completaram o ciclo de imunização com duas doses da vacina do Butantan, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda aplicação.
Na região, acompanhe os números de vacinados contra a covid, conforme levantamento feito pela Revista Regional.
– Indaiatuba: 58.035 foram vacinados com a primeira dose e 28.204 com a segunda;
– Itu: 40.728 receberam a primeira dose e 19.995, a segunda;
– Salto: 27.285 com a primeira dose e 12.676 com a segunda.
foto: BIRF