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Região soma mais 11 mortes por covid

Reprodução do vídeo divulgado pelo G1 e que mostra as cruzes no Parque Ecológico
  • Foram registrados 6 óbitos em Indaiatuba, 4 em Salto e 1 em Itu;
  • Hospital de Salto está sem vagas na Enfermaria e na UTI;
  • Em Indaiatuba, situação continua crítica nos hospitais, com Haoc e Santa Ignês praticamente lotados;
  • Região teve aglomerações e manifestações no final de semana;
  • Ato contra mortes por covid é reprimido pela Prefeitura de Indaiatuba, que o definiu como ‘político’

A região somou mais 11 mortes por covid. Seis delas foram registradas no período de sexta, 12, a domingo, 14, em Indaiatuba. Já 4 ocorreram em Salto e 1 em Itu, na sexta-feira. Essas duas cidades não divulgam boletins epidemiológicos nos fins de semana. A situação dos hospitais continua crítica em Indaiatuba e Salto. Veja a atualização da pandemia na região.

Indaiatuba confirmou 2 mortes na sexta-feira: um homem de 46 anos no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo) e uma mulher, de 74, no Hospital de Artur Nogueira. Mais 3 óbitos ocorreram no sábado: um paciente de 72 anos, no Haoc; outro de 76, no Hospital Santa Ignês; e uma mulher, de 70 anos, em leito extra contratado pela Prefeitura em Artur Nogueira. A sexta morte foi no domingo, no Haoc: um homem de 55 anos. Há um sétimo óbito registrado na cidade, suspeita de covid, mas que aguarda laudo para confirmação.

Desde o início da pandemia, segundo a Secretaria de Saúde, 15.815 pessoas contraíram a doença em Indaiatuba, sendo 194 confirmados no fim de semana (de 12 a 14 de março). A cidade soma 378 óbitos, 15.357 recuperados (incluindo pacientes em tratamento domiciliar) e possui 681 suspeitos à espera de resultados de exames. Há 109 internados, dos quais 80 estão confirmados para covid-19. Do total, 72 estão em leitos clínicos e 37 em UTI. A situação dos hospitais continua crítica, com a Enfermaria do Haoc lotada e a UTI com 92% de ocupação; no Santa Ignês, da rede privada, a UTI segue lotada e a Enfermaria com 77% de ocupação; já metade dos leitos extras de UTI contratados pela Prefeitura em hospitais da Grande Campinas está preenchida.

Salto registrou 4 óbitos na sexta, 12, mas a Prefeitura não deu detalhes sobre os pacientes e locais onde ocorreram os mesmos. A cidade tem ainda outros 2 pacientes que morreram e aguardam laudo para confirmação de covid. Foram diagnosticados mais 58 casos positivos, porém o número de suspeitos testados no aguardo de resultados continua alto: 1.192. A cidade soma agora 6.082 infectados desde o início do surto, com 141 mortos e 5.901 recuperados.

Há 22 pacientes positivos para covid internados, sendo 13 em UTI. Entre os suspeitos, 22 estão internados, 8 em UTI e 353 em isolamento domiciliar. O Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat está sem vagas em leitos clínicos (Enfermaria) e também na UTI. Não há informação sobre a taxa de ocupação da rede privada. A Prefeitura também não informou sobre a fila de espera por vagas na cidade.

Em Itu, ocorreu 1 óbito na sexta-feira: a paciente tinha 45 anos e estava internada em hospital local. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram confirmados ainda 85 novos infectados e a cidade soma agora 9.257 casos positivos desde o início da epidemia, 191 mortes e 8.581 recuperados. Há 16 suspeitos esperando resultados de testes, 36 pacientes internados em leitos clínicos e 22 em UTI. A taxa de ocupação das UTIs está em 87% no Hospital Municipal, 50% no Hospital de Campanha e 76% na Santa Casa. A situação das Enfermarias é mais tranquila, com 75% de ocupação no Hospital Municipal, 66% no Hospital de Campanha e vazia na Santa Casa.

AGLOMERAÇÕES

Mesmo proibidas, houve aglomerações em vários pontos da região durante o final de semana. Não houve fiscalização. Em Itu, centenas de pessoas se reuniram em frente ao Quartel da cidade em ato contra as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos e pedindo uma intervenção militar. Em Salto, fiéis se reuniram para orar em frente ao Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, que está lotado, sem vagas de Enfermaria e UTI para doentes de covid. Os responsáveis alegam que foi cumprido distanciamento entre os presentes e que todos usaram máscaras faciais. A partir desta segunda, 15, cultos religiosos presenciais estão proibidos em todo o Estado.

Médicos ouvidos pela reportagem afirmam que nesse momento é preciso seguir à risca as recomendações das autoridades sanitárias, evitando aglomerações, mesmo que pequenas, uma vez que as novas cepas do coronavírus são mais transmissíveis e não há leitos disponíveis nos hospitais, inclusive na região.

CRUZES EM INDAIATUBA

Na quinta, 11, 400 cruzes brancas foram colocadas no gramado do Parque Ecológico, em frente à Prefeitura de Indaiatuba, como forma de lembrar as vítimas fatais da pandemia na cidade. O número exato de óbitos é 378, conforme último boletim epidemiológico. Uma hora depois, o próprio prefeito Nilson Gaspar ordenou a retirada dos objetos, alegando que era um ato político.

Funcionários da Prefeitura fizeram a limpeza do local. Em nota à imprensa, o governo de Indaiatuba afirmou que o manifesto tratava-se de ato político, feito por grupos de oposição a Gaspar, e que o espaço não é destinado para essa finalidade. A Prefeitura destacou ainda que não houve um pedido formal para essa intervenção. “A ação foi política de grupos de oposição em um momento crítico no qual estamos empenhados em enfrentar a pandemia com foco na diminuição dos impactos. Não compactuamos com ações políticas que utilizam a dor de famílias da cidade em um momento delicado com a intenção de se promover”, finaliza a nota.

Esse tipo de protesto tem sido comum em capitais do país, como já ocorreram em praias do Rio de Janeiro e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em Indaiatuba, acostumada com uma rotina de Interior, embora a publicidade seja de uma cidade grande, nunca houve uma intervenção artística desse tipo. Os responsáveis pelo ato garantem que as cruzes brancas foram uma forma de homenagear as vítimas da pandemia em Indaiatuba. Um deles, Carleans de Brito, foi candidato a vice-prefeito em 2020 em chapa de oposição a Nilson Gaspar. Ao portal G1, da Globo, ele disse que embora tenha sido candidato, o ato não era político, mas sim artístico, e que foi feito por ele e uma amiga. Eles registraram queixa na polícia contra o governo de Indaiatuba por considerar que a retirada das cruzes feriu a liberdade de expressão.

Foto: Reprodução

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