- Com os 2 hospitais da cidade lotados, assim como os leitos extras contratados em Campinas, Indaiatuba tem pacientes à espera de vagas na UTI;
- Leitos clínicos estão com mais de 80% de ocupação;
- Salto também está com a UTI da rede pública lotada;
- Em Itu, uma de suas 3 UTIs tem 100% de ocupação;
- Indaiatuba e Itu tiveram mais mortes por covid;
- Veja a atualização da pandemia na região
Indaiatuba, como a maioria das cidades brasileiras, enfrenta o pior momento da pandemia. A segunda onda, com novas variantes do coronavírus, se tornou mais agressiva e os casos dispararam após as reuniões de fim de ano, viagens e festas de verão e Carnaval. Há mais de uma semana, todas as UTIs da cidade estão lotadas. Indaiatuba possui 2 hospitais locais, o Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo), único que atende a rede pública, e o Santa Ignês, que é da rede privada. Em ambos, não há vagas em suas UTIs para doentes graves de covid. Os leitos extras que a Prefeitura contratou em hospitais da Grande Campinas, justamente para transferir os pacientes em caso de um colapso local, também estão completamente lotados. A rede privada anunciou neste domingo, 07, que criou mais 3 leitos de UTI, aumentando de 10 para 13, mas ainda não são suficientes.
A Revista Regional confirmou que já há uma “fila de espera” por falta de vagas nas UTIs. Questionada, a Prefeitura de Indaiatuba informou que, no domingo, 3 pacientes em estado grave aguardavam por vaga na unidade intensiva. Segundo a assessoria de imprensa, eles estão recebendo tratamento intensivo na sala de emergência do Haoc, aguardando a liberação de leitos de UTI.
Salto também não tem vagas em sua UTI da rede pública, no Hospital Nossa Senhora do Monte Serrat. Em Itu, das 3 UTIs disponíveis na cidade, a do Hospital Municipal continua lotada. A Prefeitura de Salto foi questionada se há pacientes aguardando vagas de UTI, mas não retornou.
NOVAS MORTES
De sexta-feira, 05, a domingo, 07, Indaiatuba registrou mais 4 óbitos por covid, segundo a Secretaria de Saúde. Três deles ocorreram no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo): uma mulher de 88 anos, um homem de 80, e outro de 63. A quarta morte foi no Hospital Santa Ignês e o paciente tinha 48 anos.
Desde o início da pandemia, 15.358 pessoas contraíram a doença em Indaiatuba, 116 confirmados no fim de semana. Desses, 365 morreram e 14.929 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar (o número exato de recuperados não é divulgado; a Prefeitura soma os pacientes que continuam em tratamento domiciliar). Há um número alto de suspeitos de covid que ainda aguardam resultados: 2.000 pacientes. O governo local culpa o laboratório pelo atraso dos testes.
Indaiatuba possui 96 internados, dos quais 64 estão confirmados para covid-19. Do total, 55 estão em leitos clínicos e 41 em UTI. Além de todas as UTIs lotadas, os leitos clínicos também estão em situação crítica com 85% de ocupação no Haoc e 93% no Santa Ignês.
Em Itu, foi confirmada mais uma morte por covid: a paciente tinha 91 anos e estava internada em hospital local. A Secretaria Municipal de Saúde informou que foram diagnosticados 58 novos infectados e a cidade soma agora 8.827 casos confirmados desde o começo da epidemia, com 180 óbitos e 8.253 recuperados. Há 11 suspeitos aguardando resultados de exames, 35 pacientes internados em leitos clínicos e 23 em UTI. No Hospital Municipal, a UTI continua lotada; já a do Hospital de Campanha, a ocupação é de 70%, assim como na Santa Casa.
Em Salto, segundo a Prefeitura, foram diagnosticados mais 60 casos de covid e há 1.226 suspeitos testados e sem resultados. Esse alto número de pacientes sem confirmação, segundo o governo saltense, é culpa do laboratório que tem atrasado a entrega dos resultados.
Salto soma agora 5.916 contaminados desde o início da pandemia, com 134 mortos e 5.751 recuperados. Há 26 pacientes positivos para covid internados, sendo 7 em UTI. Entre os suspeitos, 27 estão internados, 7 em UTI e 365 em isolamento domiciliar. A UTI da rede pública, no Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, continua lotada. Não há informação sobre a taxa de ocupação da rede privada.
GOVERNO FISCALIZA FESTAS E COMÉRCIO
Membros das Polícias Civil e Militar, do Procon-SP e da Vigilância Sanitária Estadual realizam ações em todo o Estado para fiscalizar o cumprimento às normas restritivas do Plano SP vigentes desde a zero hora de sábado, 06.
Num dos diversos casos registrados em todo o Estado, policiais civis do DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) detiveram 11 pessoas envolvidas na realização de uma festa clandestina na capital no último sábado. A ação contou com agentes da Vigilância Sanitária, Procon e do Corpo de Bombeiros. O local do evento, um imóvel de dois andaras, abrigava no piso superior um salão onde estavam concentrados cerca de 175 convidados, sem qualquer distanciamento social, uso de máscaras ou medidas de caráter preventivo para conter a disseminação do vírus. Os policiais do GARRA, responsáveis pela averiguação da denúncia, encontraram cinco moças que operavam máquinas de pagamentos com cartões magnéticos, o responsável pela organização do evento, o representante da casa de eventos e mais quatro seguranças, sendo todos qualificados na ocorrência como autores. Em pesquisa no banco criminal, um dos seguranças foi identificado como foragido da Justiça, pelo artigo 21 da contravenção penal.
As ações de fiscalização ocorreram em diversos pontos de São Paulo para evitar possíveis aglomerações, festas clandestinas e pancadões. Com todas as regiões do Estado incluídas na fase vermelha do Plano São Paulo, o reforço da fiscalização tem como objetivo evitar a propagação do novo coronavírus. Entre a noite de sexta e a madrugada de domingo, a Vigilância Sanitária Estadual inspecionou pelo menos 97 estabelecimentos na capital por descumprimento das normas de funcionamento e de circulação em todas as regiões da cidade. Foram autuados 15 locais devido a aglomerações e funcionamento em desacordo com as normas. As equipes do Procon-SP, por sua vez, vistoriaram 158 locais e autuaram 15 deles por descumprimento das normas.
O cidadão pode denunciar festas clandestinas e funcionamento irregular de serviços não-essenciais pelo telefone 0800-771-3541 e também pelo site do Procon-SP www.procon.sp.gov.br ou Centro de Vigilância Sanitária secretarias@cvs.saude.sp.gov.br
ATENÇÃO
Desde sábado, todas as cidades do Estado estão na fase vermelha do Plano SP, com medidas mais restritivas para tentar impedir o avanço da contaminação pelo coronavírus e o colapso do sistema hospitalar. Apenas serviços essenciais podem funcionar. Também há restrição de circulação de pessoas entre 20h e 5h, diariamente. A fase vermelha segue até 19 de março.
Não há mais vagas nas UTIs em várias cidades do país, inclusive na nossa região. O momento é crítico e, por isso, devem ser observadas todas as recomendações das autoridades de saúde pública. Com a falta de doses de vacinas, ainda em negociação pelo governo federal, e com a demora na entrega das mesmas, com a maioria prevista apenas para o segundo semestre, as únicas armas contra a doença são o uso de máscara facial, a higienização das mãos e, principalmente, o distanciamento social, evitando qualquer tipo de aglomeração.
A covid-19 já matou mais de 265 mil pessoas no Brasil e vem tendo números recordes de vítimas fatais diariamente nos últimos dias; foram mais de 10 mil em apenas uma semana.
foto: BIRF