- Itu, Salto e Indaiatuba confirmaram novas mortes pela doença;
- Os casos suspeitos de covid explodiram na região, chegando a um total de 2.539 pessoas à espera de resultados de testes;
- O maior número é em Indaiatuba, com 1.770 suspeitos;
- Governo do Estado pede que Prefeituras estejam em alerta para esta segunda onda da pandemia
As cidades da área de cobertura da Revista Regional confirmaram novas mortes por covid nesta sexta-feira, 15 de janeiro, conforme boletins epidemiológicos divulgados pelas Prefeituras de Itu, Salto e Indaiatuba.
Um óbito ocorreu em Indaiatuba: a paciente tinha 35 anos e estava internada no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo). Desde o início da pandemia, 12.411 pessoas contraíram a doença em Indaiatuba. Desses, 313 morreram e 12.053 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar. Nas últimas 24 horas, foram diagnosticados 85 casos de covid na cidade.
Nesta sexta, 15, há 68 internados, dos quais 45 estão confirmados para covid-19. Do total, 40 estão em leitos clínicos e 28 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A rede privada continua sem leitos de UTI disponíveis. Já a taxa de ocupação da UTI do Haoc está em 42%. Os leitos extras contratados pela Prefeitura em Campinas têm 69% de ocupação nesta sexta.
A Secretaria Municipal de Saúde de Itu também confirmou nova morte pela doença na cidade. A paciente tinha 55 anos e estava internada em hospital local. Nas últimas 24 horas, foram registrados 65 infectados e o total foi a 6.423 casos positivos desde o começo da epidemia, sendo que 144 morreram e 5.922 se recuperaram.
Há 14 pacientes internados em leitos clínicos e 12 em UTI. A taxa de ocupação das UTIs diminuiu nesta sexta, 15, e agora está em 87,5% no Hospital Municipal e 50% no Hospital de Campanha.
Nas últimas 24 horas, Salto confirmou a morte de uma paciente de 51 anos ocorrida em 1º de janeiro mas que aguardava resultado de exame para covid. Mais 23 casos positivos da doença foram registrados nesta sexta, 15, e o total foi a 4.750 contaminados desde o início do surto, sendo que 98 morreram e 4.643 se recuperaram. Há 560 suspeitos à espera de resultados de exames, 9 internados, sendo 5 em UTI. A taxa de ocupação da UTI da rede pública está em 67%. A situação do hospital da rede privada não foi divulgada.
2,5 MIL CASOS SUSPEITOS
O número de casos suspeitos de covid-19 também aumentou nessa primeira quinzena de janeiro em toda a região. Nesta sexta, 15, conforme os boletins epidemiológicos divulgados pelas Secretarias de Saúde locais o total foi a 2.539.
Indaiatuba é a cidade da área de cobertura da Revista Regional que possui a maior fila de espera para resultados de exames. São 1.770 pacientes suspeitos de estarem contaminados pelo coronavírus. Essa média acima de 1 mil casos suspeitos na cidade vem ocorrendo desde o final de 2020.
Questionado, o governo de Indaiatuba, por meio da assessoria de imprensa, informou que existe um atraso na entrega dos resultados dos testes por conta da alta demanda na região. Segundo a assessoria, as confirmações estão acontecendo em até 15 dias. Atualmente, Indaiatuba colhe de 100 a 300 exames de covid por dia. O número de suspeitos em Itu é de 209 e em Salto, de 560.
ALERTA DO ESTADO
Na 161ª coletiva de imprensa sobre a pandemia de covid-19, nesta sexta, 15, no Palácio dos Bandeirantes, o governo do Estado procedeu a 18ª reclassificação do Plano SP. Programada anteriormente para 05 de fevereiro, a iniciativa foi antecipada como medida preventiva e necessária para proteger vidas. A situação vem se agravando, a pandemia acentuou sua segunda onda em São Paulo e no Brasil, e o governo do Estado toma medidas de precaução.
Por esta razão o Plano SP efetuou a reclassificação da fase amarela para a laranja em sete regiões. Itu e Salto, que pertencem à região de Sorocaba, continuam desde segunda-feira na fase laranja, conforme reavaliação divulgada na semana passada. Já Indaiatuba, que está na área metropolitana de Campinas, permanece na fase amarela. Apenas a região de Marília regrediu da fase laranja para a fase vermelha, que permite apenas os serviços essenciais.
Na segunda semana epidemiológica de 2021, o mundo enfrenta uma nova onda da covid, e São Paulo e o Brasil não foram poupados dela. Os números de hoje são semelhantes aos do pico da pandemia em meados de 2020, enfatizou o governador João Doria.
Todos os índices de saúde tiveram incremento significativo. São Paulo registrou, ante a semana anterior, incremento de 5% no número de casos, 2% em óbitos e 10% em novas internações. A taxa de ocupação de leitos de UTI alcançou 67%. O Estado computa um total de 1,6 milhão de casos de covid.
O Centro de Contingência recomendou ainda que os 645 municípios do Estado apertem as regras para reuniões de trabalho em locais fechados, como limite máximo de 25. Todos os protocolos sanitários e de segurança para cada atividade estão disponíveis no site do Plano SP e devem ser seguidos rigorosamente para conter a pandemia. Prefeituras que se recusarem a seguir as normas estabelecidas pelo governo do Estado ficam sujeitas a sanções judiciais.
O governo também colocou em alerta 43 cidades que, independentemente da classificação de suas regiões, estão com ocupação hospitalar de pacientes graves com coronavírus acima de 80%. A recomendação é que as Prefeituras determinem a restrição total de atividades não essenciais para aliviar a pressão sobre hospitais públicos e particulares. Entre esses 43 municípios estão Sorocaba e Porto Feliz, localizados na região.
No evento, o governador João Doria também anunciou que o Executivo paulista iniciará, no dia 18, a entrega das doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde, para a imunização dos brasileiros. São 4,5 milhões de doses prontas para aplicação encaminhadas para um Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde, no Aeroporto de Guarulhos.
“As doses entregues ao Ministério da Saúde serão destinadas para os Estados brasileiros e o Distrito Federal. Vamos aguardar que, neste domingo, 17, a Anvisa autorize o uso emergencial da vacina do Butantan, assim como esperamos que o faça também para a vacina de Oxford/AstraZenica”, afirmou Doria.
O Butantan já dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina. No final de março, a carga total de imunizantes disponibilizados pelo instituto está estimada em 46 milhões de doses.
A vacina é desenvolvida pelo Butantan há pouco mais de seis meses, em parceria internacional com a farmacêutica Sinovac, de Pequim. O produto é baseado na inativação do vírus Sars-CoV-2 para induzir o sistema imunológico humano a reagir contra o agente causador da covid-19. A tecnologia é similar à de outras vacinas amplamente produzidas pelo instituto de São Paulo.
foto: BIRF