- Governo do Estado anunciou que a pesquisa com 13 mil voluntários em 16 centros científicos no Brasil atestou que o imunizante oferece proteção contra o coronavírus;
- Na região, houve uma morte em Itu e outra em Indaiatuba nesta quarta, 23 de dezembro
O Instituto Butantan e o Governo de São Paulo informam que a vacina contra o coronavírus, desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac Life Science, atingiu índice de eficácia superior ao mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e, assim, poderá ter seu registro aprovado para imunizar a população.
Atendendo a um pedido da Sinovac, previsto contratualmente, o Butantan encaminhou nesta quarta-feira, 23, a base primária de dados da fase 3 dos testes clínicos realizados no Brasil em 16 centros de pesquisa, com cerca de 13 mil voluntários.
O objetivo é que os dados sejam comparados a resultados de pesquisas em outros países, evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados. A avaliação deverá ser concluída em até 15 dias. Na sequência, os resultados finais serão encaminhados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e à National Medical Products Administration, da China.
“Este é um dia histórico para a ciência brasileira, e uma esperança para os brasileiros. Os resultados da fase 3 revelam que atingimos um número de eficácia acima do necessário. Agora, a ideia é compatibilizar esses dados com os resultados de testes clínicos da mesma vacina que estão sendo feitos em outros países”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
No Brasil, a vacina é desenvolvida pelo Butantan há pouco mais de seis meses. O produto é baseado na inativação do vírus Sars-CoV-2 para induzir o sistema imunológico humano a reagir contra o agente causador da covid-19. A tecnologia é similar à de outras vacinas amplamente produzidas pelo instituto de São Paulo.
Em novembro, a revista científica Lancet, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da vacina do Butantan nas fases 1 e 2, realizados na China, com 744 voluntários. A publicação mostrou que o produto é seguro e capaz de produzir resposta imune em 97% dos casos em até 28 dias após a aplicação.
Os resultados obtidos no Brasil sobre a segurança do imunizante foram divulgados publicamente em outubro. Nenhuma reação adversa grave foi registrada entre os voluntários, demonstrando que a vacina é a mais segura entre as testadas no país.
Até o final deste mês, o Butantan vai dispor de 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. Nesta quinta, 24, um carregamento com insumos para 5,5 milhões de doses desembarca no Aeroporto Internacional de Viracopos, na região.
Três remessas anteriores garantiram 3,12 milhões de doses ao Butantan. O novo carregamento é formado por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses. Os carregamentos finais de 2020 estão previstos para os dias 28, com 400 mil doses, e 30, com mais 1,6 milhão de doses.
MORTES NA REGIÃO
A Secretaria de Saúde de Indaiatuba informou nesta quarta, 23 de dezembro, que houve o registro de mais um óbito com exame positivo para covid-19. O paciente tinha 68 anos e estava internado no Hospital Samaritano de Campinas.
Nas últimas 24 horas, a cidade confirmou mais 76 novos contaminados. Desde o início da pandemia, 11.131 pessoas contraíram a doença no município. Desses, 287 morreram e 10.806 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar. Há 1.415 casos suspeitos que aguardam resultados.
O número de leitos de UTI externos contratados pela Prefeitura de Indaiatuba para atendimento pelo SUS foi ampliado nesta quarta de 8 para 16. Atualmente, há 73 internados, dos quais 38 estão confirmados para covid-19. Do total, 41 estão em leitos clínicos e 32 em UTI. A taxa de ocupação das UTIs está em 75% no Haoc e 57% no Santa Ignês. Os leitos externos estão com 62% de ocupação.
Itu teve mais uma morte pela doença: um paciente de 69 anos que estava internado em hospital local. Há 5.181 casos confirmados na cidade desde o início da pandemia, sendo 77 nas últimas 24 horas. Do total, 118 morreram e 4.845 se recuperaram. De acordo com o boletim epidemiológico, 277 suspeitos estão à espera de resultados, 16 pacientes internados em leitos clínicos e 9 em UTI. A taxa de ocupação das UTIs está em 81,2% no Hospital Municipal e 50% no Hospital de Campanha.
Salto, segundo a Prefeitura, não registrou novas mortes pela doença e confirmou 16 novos infectados nas últimas 24 horas. Com isso, a cidade soma 4.307 casos de covid-19 desde o início da pandemia, sendo que 87 morreram, 4.089 se curaram, 9 seguem internados (sendo 3 em UTI) e 122 estão em isolamento domiciliar. Há 43 casos suspeitos que aguardam resultados. Destes, 7 estão em internação clínica (1 em UTI).
A UTI da rede pública está com 50% de sua capacidade, já a situação da rede privada não foi divulgada.
foto: Governo do Estado