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Post: Como preparar um ‘Natal intimista’

Como preparar um ‘Natal intimista’

O Natal deste ano terá que ser intimista por conta das medidas preventivas da covid-19

Diante do “novo normal” imposto pela pandemia de covid-19, as festas de final de ano serão diferentes neste 2020

A tradicional ceia natalina sempre foi um momento em que muitas casas brasileiras se enchiam de familiares e amigos para juntos celebrarem o nascimento de Jesus Cristo, mas, infelizmente – devido ao novo coronavírus – essa tradição terá que mudar.

Segundo a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), ainda é de extrema necessidade que as pessoas mantenham os cuidados, a higienização, o distanciamento e continuem a evitar aglomerações, estando em grupos de no máximo seis indivíduos. Com isso, cria-se uma indagação: como serão as celebrações neste fim de ano?

Se antes muitas pessoas se deslocavam para a casa de amigos ou familiares, agora deverão fazer as suas próprias ceias e comemorar a data dentro de um núcleo familiar pequeno ou de amigos mais próximos para, assim, garantir a saúde de todos.

Para a médica Rosana Costa Pinto, de Salto, todo o protocolo sanitário aprendido desde o início da pandemia deve ser o mesmo utilizado durante as festas deste final de ano, com a constante lavagem das mãos com água e sabão ou álcool gel, sempre até os punhos, além do uso de máscaras faciais. “A ceia deverá ser, preferencialmente, em local aberto para evitar o possível contágio. Já os abraços e todos os demais cumprimentos serão apenas com os olhos”, observa dra. Rosana, que lembra do risco de o país enfrentar uma segunda onda da pandemia, como já ocorre na Europa desde outubro. “Enquanto não tivermos a vacina temos que manter o isolamento social e todos os cuidados de higiene. Veja a Europa, principalmente Espanha e Itália, que estão em situação de calamidade”, ressalta a médica.

Será, portanto, um Natal mais intimista, bem diferente para muita gente. Com isso, surge outra preocupação: como preparar a casa para deixá-la acolhedora para, assim, amenizar um pouco a falta dos entes queridos? Tornar um ambiente aconchegante nessa situação não é fácil, mas também não é tarefa impossível. A arquiteta Maria Fernanda, do escritório Estúdio 4, cita pontos que podem ser alterados dentro de casa para se conseguir esse objetivo. “Utilizar tecidos, um pouco de brilho e trabalhar bem com plantas. Utilizar os espaços de cantos como espaços de decoração, apropriar-se das mesinhas laterais e cantos de mesa, móveis utilitários soltos, que não precisam ser pregados na parede ou ao chão, como um porta casaco. Usar tapetes, cortinas. Tudo isso são detalhes que vão trazer vida ao ambiente e que dão a sensação de ‘casa cheia’ para o espaço”, explica.

A arquiteta também pontua que a iluminação é algo crucial para esse conforto. “O uso de iluminação cênica nos permite criar vários ambientes dentro da mesma sala, com interruptores diferenciados e pontos de luz indiretos. Isso faz uma ambientação mais gostosa e aconchegante, traz um ar de calor humano”, salienta.

Não se pode esquecer também de alguns elementos que vão ajudar a reduzir o risco de contaminação do vírus em casa: “O uso de sapateiras nas entradas para que as pessoas possam guardar seus pertences como bolsas, sapatos e sacolas. Disponibilizar álcool

gel na entrada ou no hall e até mesmo fazer uma pequena obra para disponibilizar um lavabo ou pia na residência para que as pessoas possam se higienizar ao entrar no local. Tudo isso são itens interessantes de se ter em casa”, pontua.

Para a médica saltense Rosana Costa Pinto, “os abraços serão apenas com os olhos”

VIAGENS E COMPRAS. TUDO MUDOU!

Pesquisa realizada em setembro passado com mais de 1.100 entrevistados nas principais capitais do Brasil pela Hibou – empresa de monitoramento de mercado e consumo -, em parceria com Score Group, revela que os planos de fim de ano, desde viagens até estilo de compras de Natal, mudaram para os brasileiros.

Na verdade, 52% deles disseram que farão diferente. Quarenta e oito por cento não irão mais viajar, também 48% desistiram de comemorações em bares e restaurantes e 35% reduziram o número de pessoas na comemoração.

Setenta e nove por cento dos brasileiros vão passar o Natal em casa com suas famílias. Sessenta e cinco por cento farão o mesmo na virada de ano e continuarão em casa com a família. Sem querer arriscar viagens e aglomerações, apenas 50% se dizem esperançosos para 2021, já 41% estão preocupados e somente 21% se dizem otimistas.

“Ficar em casa não significa deixar de comemorar o Natal. A festa vai ocorrer em um novo formato, e por isso, entender como se aproximar dessa rotina caseira para a festividade pode gerar novas oportunidades para marcas em geral”, diz Lígia Mello, sócia da Hibou e responsável pela pesquisa.

Essa mentalidade refletirá também nas compras: 19% vão escolher marcas que tiveram atitudes relevantes durante a pandemia. A média de quantidade de presentes será de quatro ou cinco, e 75% das pessoas gastarão até R$ 100. Já 62% vão comprar online, sendo 80% através do smartphone. E 53% farão isso por causa da covid. Além disso, 14% nem farão compras.

Dos 57% dos brasileiros que vão comprar presencialmente, 65% preferem desta forma porque já levam o produto. O shopping continua sendo o lugar presencial preferido para 41%, seguido das lojas de grandes redes 27%, lojas de bairros 22%, 5% outlets e 4% encomendas de pequenas lojas.

“A forma de comprar os presentes é a grande mudança para este Natal. O brasileiro se familiarizou mais com o processo de entrega pelo aumento de compras online em 2020, e já vai usar essa rotina neste final de ano”, comenta Ligia.

A pesquisa mostra que 32% vão comprar tanto online quanto presencialmente; no presencial; a facilidade de comprar e já levar para casa é importante para 63% destes.

A compra deve ser de marcas já conhecidas para 77% dos consumidores, reforçando a relação já construída. Mas um número novo é que 21% pretendem comprar produtos artesanais, incentivando, assim, o pequeno empreendedor. Trinta e dois por cento pretendem pagar tudo à vista, 29% irão parcelar no cartão e 16% devem pagar em dinheiro.

RÉVEILLON EM CASA

Quanto às possíveis viagens para o Réveillon, dra. Rosana Costa Pinto aconselha que as pessoas aguardem. “Infelizmente, as viagens devem ser suspensas pela possibilidade de uma segunda onda da covid. Já no verão, geralmente período de férias para muitas famílias, caso a pessoa opte por descer para a praia, que haja um maior distanciamento possível, mesmo ao ar livre”, aconselha a médica, que completa: “Enquanto não tivermos a vacina temos que manter o isolamento social e cuidados de higiene.”

 

fotos: AdobeStock

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