- Foram 2 mortes em Itu e mais 1 em Indaiatuba;
- UTI da rede pública volta a ficar lotada em Salto;
- Governo estadual anunciou nesta quarta-feira a ampliação do monitoramento em rede do coronavírus para 120 cidades, mas as Prefeituras da região ainda não aderiram ao programa
Itu e Indaiatuba registraram novas mortes por covid nesta quarta-feira, 12 de agosto. Em Indaiatuba, foi o 140º óbito pela doença. O paciente tinha 64 anos e estava internado no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo), faleceu no dia 5, porém a confirmação para covid-19 aconteceu somente agora.
Também nesta quarta-feira, Indaiatuba registrou mais 59 novos casos, totalizando 4.909 confirmados desde o início da pandemia, sendo que 140 morreram e 4.725 são considerados curados ou estão em recuperação domiciliar (a Prefeitura não divulga um número exato de curados). Atualmente, 44 confirmados continuam internados e outros 437 suspeitos aguardam resultados dos exames. Há ainda 2 óbitos suspeitos em investigação.
Indaiatuba possui 37 pessoas internadas em leito clínico e 30 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A taxa de ocupação das UTIs está em 88% no Haoc e 75% no Hospital Santa Ignês.
Itu confirmou mais 2 mortes pela doença. As vítimas são dois homens de 56 e 74 anos, ambos estavam internados em hospitais da cidade. Com isso, Itu soma 67 óbitos registrados desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, a cidade confirmou mais 30 novos infectados, totalizando 1.928 casos confirmados, sendo que 1.668 se recuperaram e há 18 pacientes internados em leito clínico e 11 em UTI. A cidade tem 103 pessoas à espera de resultados de exames e ainda 2 mortes sob suspeita de covid. A taxa de ocupação das UTIs está em 75% no Hospital Municipal e 33,33% no Hospital de Campanha.
Salto não registrou mortes nesta quarta-feira, mas contabilizou 28 novos casos, somando agora 1.213 confirmados desde o começo da testagem para covid, sendo que 38 morreram, 1.105 evoluíram para cura, 16 seguem internados (sendo 5 em UTI) e 54 estão em isolamento domiciliar. Há 200 suspeitos que aguardam resultados. Destes, 181 estão em isolamento domiciliar e 9 em internação clínica (sendo 3 em UTI). A UTI do Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, que é da rede pública, está novamente com todos os leitos para doentes de covid ocupados.
MONITORAMENTO DO ESTADO
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 12, a expansão do programa de monitoramento integrado dos casos de coronavírus para 120 novas cidades do Estado. A meta é alcançar os 645 municípios paulistas até setembro. Por enquanto, as Prefeituras da região não aderiram ao programa.
“A iniciativa garante mais agilidade na identificação dos casos pela rede municipal de atenção básica e também está ligada às estratégias de Vigilância Sanitária de cada cidade. O objetivo é promover o isolamento dos infectados e pessoas com quem tiveram contato de maneira rápida para evitar a circulação do vírus”, disse o vice-governador e secretário de Governo Rodrigo Garcia, que concedeu entrevista hoje no lugar de João Doria, que cumpre quarentena após testar positivo para covid.
A plataforma permite unificar e automatizar dados dos casos suspeitos e confirmados, permitindo o isolamento de infectados e a identificação de seus contatos. O resultado é um mapeamento em rede sob os pontos de vista tecnológico e de relações sociais, além de atividades de vigilância.
A iniciativa é inspirada em modelos internacionais e desenvolvido em conjunto pelas Secretarias de Estado da Saúde, de Desenvolvimento Econômico e de Desenvolvimento Regional, além do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde.
“O programa é fundamental no combate à pandemia, com identificação mais precoce e o isolamento dos pacientes e seus contatos. O objetivo é impedir e diminuir a progressão da doença em formas graves, principalmente na população vulnerável composta por idosos e portadores de doenças crônicas”, declarou o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn.
O monitoramento é baseado em sistemas de triagem, testagem e rastreamento. A plataforma automatiza e padroniza acesso a dados e consolida resultados com abastecimento de diferentes bases de dados do Ministério da Saúde e das redes municipais de Saúde. As orientações a pacientes e pessoas próximas poderão ser enviadas por meio de mensagem de texto para celulares (SMS).
“Os municípios vão seguir mobilizando suas regiões e os prefeitos para que façam a adesão. É algo contínuo que esperamos atingir o maior número possível dos municípios de São Paulo”, destacou o secretário Marco Vinholi.
Agentes de saúde farão telefonemas reforçando a necessidade do isolamento e darão orientações sobre cuidados com a saúde. Amigos, familiares e colegas de trabalho também serão rastreados para identificar com agilidade eventuais novos casos.
Serão considerados contatos as pessoas que estiveram próximas do paciente infectado por pelo menos 15 minutos e a menos de um metro de distância. Elas também serão monitoradas orientadas em relação ao isolamento por 14 dias e outras medidas preventivas, inclusive com envio de mensagens por celular.
foto: BIRF