- A semana termina com números ainda em ascensão da pandemia na região, com Indaiatuba superando a marca de 3 mil casos e Itu, de 1 mil;
- Salto e Itu registraram novas mortes por covid; Salto, a 20ª
- UTI do Hospital Municipal de Salto atingiu 100% de ocupação;
- No Estado, governo mantém expectativa de retomar as aulas presenciais em setembro
A semana de 13 a 17 de julho termina com números ainda em ascensão da pandemia nas cidades de Indaiatuba, Itu e Salto, região de cobertura da Revista Regional. Indaiatuba, cidade que mais testa a população até este momento, mantém números mais elevados, ultrapassando nesta sexta-feira, 17, os 3 mil infectados. Já Itu superou a marca dos 1 mil casos nesta quinta-feira. Em Salto, a Prefeitura informou que a UTI do Hospital Municipal atingiu 100% dos leitos para covid. Veja a atualização da pandemia em cada cidade neste dia 17 de julho:
– INDAIATUBA
A Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria de Saúde, confirmou mais 135 casos positivos de covid-19. Com isso, Indaiatuba soma 15.771 testados; 3.105 confirmados, sendo que 98 morreram; 2.959 são considerados curados ou ainda estão em recuperação domiciliar e 48 confirmados estão internados. Há outros 541 casos suspeitos aguardando resultado.
Atualmente a cidade tem 48 pessoas internadas em leito clínico e 30 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A taxa de ocupação das UTIs continua em 83% tanto no Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo) como no Hospital Santa Ignês. Nesta sexta, dois óbitos suspeitos foram registrados no Haoc, mas ainda não há resultado do exame, conforme informou a Prefeitura local.
– ITU
Itu registrou mais uma morte nesta sexta: um homem de 82 anos, que tinha histórico de doenças crônicas. Também foram confirmados mais 39 novos infectados, contabilizando agora 1.069 casos positivos, 48 mortes, 876 recuperados, 2.836 descartados (exames negativos) e 95 testados que esperam resultados. Há 21 pacientes internados em leito clínico e 8 em UTI. A taxa de ocupação das UTIs está em 75% no Hospital Municipal e 16,66% no Hospital de Campanha.
– SALTO
Salto registrou nesta sexta-feira o 20º óbito por covid: um homem de 68 anos que estava internado no Hospital Municipal. A cidade confirmou 18 novos infectados e o total foi a 459 casos, sendo que 20 morreram, 397 se recuperaram, 11 seguem internados (sendo 4 em UTI) e 31 estão em isolamento domiciliar. Há 41 suspeitos à espera de resultado de exames. Destes, 13 estão se tratando em casa e 21 hospitalizados.
A UTI do Hospital Municipal, segundo a Prefeitura, atingiu sua capacidade para covid, já a internação clínica está em 56%. Esta semana, Salto recebeu 11 respiradores enviados pelo governo do Estado. Com isso, a capacidade de internação clínica médica para doentes e suspeitos de covid passou de 12 para 23 leitos.
VOLTA ÀS AULAS
O governador João Doria e o secretário de Educação Rossieli Soares confirmaram nesta sexta-feira que a previsão para o retorno das aulas presenciais segue mantida para o dia 8 de setembro. A retomada, entretanto, está condicionada se todas as regiões do Estado permanecerem na etapa amarela do Plano São Paulo – a terceira menos restritiva segundo critérios de capacidade hospitalar e progressão da pandemia – por 28 dias consecutivos.
A confirmação foi feita em coletiva no Palácio dos Bandeirantes com o esclarecimento sobre um equivoco na divulgação de um estudo realizado pelo professor Eduardo Massad, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta semana. Ao contrário do que foi divulgado, de que poderia haver 17 mil mortos, o correto é uma estimativa dez vezes menor: 1.557. É importante ressaltar que o indicador não se refere somente ao Estado de São Paulo, e sim ao Brasil todo. Também engloba todos os níveis da educação, com alunos de 1 a 19 anos, e não é exclusivo à educação infantil. Além disso, os resultados são apenas uma estimativa do que poderia ocorrer no Brasil. Estimativas locais poderiam ser feitas com resultados que poderiam diferir bastante dos relativos ao país.
A correção foi feita pelo próprio Eduardo Massad, em comunicado à Secretaria Estadual da Educação. “Muito mais importante que a data é termos as condições obrigatórias sendo cumpridas. Ou seja, só voltaremos em 8 de setembro se as condicionalidades determinadas pelo Centro de Contingências forem cumpridas”, afirma Rossieli Soares.
O secretário ainda alertou que a análise foi feita com base nos dados epidemiológicos registrados hoje e não na data da eventual abertura, no mês de setembro. “Isso é muito importante. Se a condição fosse hoje em 8 de setembro, nós não voltaríamos”, explica Soares.
Para o secretário, 1.557 é um número “considerável”. “Por isso que estamos alertando, nós não aceitamos e vamos trabalhar com absoluta segurança nesse processo. Só voltaremos com a área da saúde falando que é possível retornar dadas as condições que teremos lá na frente. Nossos protocolos estão mantidos.”
Um deles, por exemplo, é não permitir que as pessoas que compõem o grupo de risco retomem as atividades presencias, sejam funcionários ou alunos. Segundo Rossieli, nos dias 24 de julho e 7 de agosto haverá novos boletins epidemiológicos que vão nortear a decisão da retomada em setembro.
FASE VERMELHA
Também nesta sexta-feira foi anunciado que a região de Campinas, incluindo a cidade de Indaiatuba, permanecerá na etapa vermelha do Plano SP, que prevê o funcionamento apenas das atividades essenciais. Itu e Salto estão na etapa laranja, por pertencerem à região de Sorocaba.
foto: BIRF