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Check-list da beleza para o inverno

Especialistas dão dicas para tratar a pele no inverno

Quer saber tudo que você não pode esquecer no período mais frio do ano? Fique atento a esse check-list, que vai fazer você evitar os piores erros que podem detonar sua pele na estação

A poluição, as baixas temperaturas e o tempo seco são características da temporada fria de inverno que influenciam no modo que a pele deve ser tratada. “A pele produz menos oleosidade natural, então com isso o ressecamento e a sensação de incômodo aparecem com mais frequência, principalmente na face, que é a mais exposta ao vento e poluição”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Não ter uma rotina de cuidados de maneira propícia no inverno reflete diretamente na qualidade da pele, que pode ficar mais avermelhada e irritada, ressecada, pelo alto grau de poluição que temos neste período, sendo necessários cuidados especiais”, acrescenta a Mika Yamaguchi, farmacêutica e diretora científica da Biotec Dermocosméticos.

Para evitar alguns problemas, as especialistas lembram os cuidados que você deve ficar atento:

– Aplique protetor solar — Não tem jeito, o fotoprotetor é de uso diário e eterno: “A radiação ultravioleta, também no inverno, provoca danos que comprometem a estrutura de sustentação da pele, causando o aparecimento precoce de rugas e flacidez, além das manchas como reação à fotoexposição. A orientação continua a ser a de reaplicar o fotoprotetor de quatro em quatro horas em ambientes fechados e de duas em duas horas em fotoexposição direta. O filtro deve ter dióxido de titânio ou óxido de zinco na formulação: esses são bloqueadores físicos importantes”, explica a Dra. Claudia. Ela orienta potencializar a fotoproteção com um creme rico em antioxidantes OTZ 10, Alistin, Vitamina C e Exo-P. “Esses antioxidantes devem ser aplicados antes”, afirma.

– Não use qualquer creme – Nesse ponto, cabe um grande alerta: “Existem hidratantes que desidratam!”, comenta Mika Yamaguchi. “Isso acontece em produtos que usam, na base, um tipo de tecnologia que ajuda a emulsionar (o etoxilado). Se eu tenho um emulsionante que tem essa capacidade de emulsionar água e lipídeo (os dois constituintes do nosso manto hidrolipídico) em um creme, na hora em que ele entra em contato com a pele, se ele for muito forte, vai emulsionar o meu manto hidrolipídico e, ao invés de hidratar, ele vai romper a função de barreira natural e vai começar a desidratar.” O ideal, para isso não acontecer, é buscar produtos cujos veículos sejam a base de fosfolipídeos que formam uma segunda pele e protegem a pele de forma mais efetiva diminuindo a perda de água por evaporação. Base Second Skin e agentes gelificantes como o Lecigel são exemplos.

– Invista nos hidratantes e reparadores — Além de buscar produtos cujos veículos sejam a base de fosfolipídeos, é ideal investir no ácido hialurônico de alto e baixo peso molecular associados. “Eles são indicados para estimular a produção de hidratação natural em todas as camadas da pele”, comenta o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr. Dois ativos, nesse sentido, se dão muito bem juntos: Hyaxel e DSH CN. “O primeiro é um ácido hialurônico de baixo peso molecular e vetorizado ao silício orgânico, que tem a capacidade de aumentar a expressão gênica de proteínas como aquaporinas, filagrinas, loicrinas e outras importantes para aumentar a auto hidratação; já DSH CN, ácido hialurônico de alto peso molecular, forma um filme de retenção hídrica e devolve elasticidade ao tecido cutâneo”, explica Mika. Com relação aos cremes reparadores, o médico diz que eles são fundamentais e podem ser usados à noite para evitar os danos ambientais como a poluição. “São substâncias antioxidantes com capacidade de reparo celular e que atuam contra os radicais livres”, comenta a Dra. Claudia. “Use substâncias como Overnight Repair, que se enquadram nessa categoria”.

– Lembre dos pés, mãos e corpo — Hidratar essas regiões é fundamental. “No caso dos pés, passar o hidratante a base de fosfolipideos ou Nutriomega 3, 6, 7 e 9 e colocar uma meia de algodão ajuda a pele a absorver o produto mais facilmente. Nas mãos, invista nos ácidos hialurônicos. No corpo, a reposição lipídica deve ser eficiente, com opções como Dry Oil que tem na sua composição ésteres de karité e purcelin que podem ser associados a outros óleos, restabelecendo a hidratação da pele”, indica a médica.

– Beba água e tome vitaminas — A hidratação da pele deve ser dinâmica, por isso beber bastante água é importante independente da estação. “Beber água na medida certa nas estações mais frias ajuda a manter a pele hidratada”, comenta Mika. Além disso, alguns nutracêuticos também são recomendados para uma hidratação dinâmica (de dentro para fora): “FC Oral, ou as chamadas cápsulas de caviar, contém um componente importante, o ômega 3 vetorizado pelo fosfolipídeo, que possui uma identidade com a membrana celular. Dessa forma, o ativo promove uma hidratação de dentro para fora, restaurando os danos dessa membrana e também melhora a fluidez, isto é, permite que os nutrientes sejam absorvidos de uma forma mais plena, o que também traz resultados para a hidratação”, afirma a farmacêutica.

– Tenha cuidado com retinóides — Para tratamento de acne, manchas e rejuvenescimento facial, os retinóides são excelentes opções — e geralmente são prescritos no inverno. “Mas eles devem ser usados com parcimônia e orientados por dermatologistas. Seu uso contínuo pode causar hipersensibilidade cutânea, vermelhidão e irritabilidade”, alerta o dermatologista. Dependendo da sensibilidade da pele, algumas substâncias podem ser usadas como alternativas naturais ao retinol, como Lanablue, que possui elevados índices de vitaminas do complexo B, além de aminoácidos e tem ação similar aos retinóides na diferenciação dos queratinócitos — suaviza linhas, rugas e densifica a epiderme.

– Evite banhos muito quentes — Ficar mais de 15 minutos em uma ducha quente é mais que o suficiente para comprometer a camada hidrolipídica da pele, que segura a hidratação. “Dessa forma, a pele perde água e lipídeos, o que compromete sua função de barreira. O ideal é banho morno e logo após o banho hidratar a pele”, finaliza a dermatologista.

Foto: Divulgação

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