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URGENTE: Comércio terá reabertura com restrições

Mapa das regiões do Estado de São Paulo

Governador João Doria anunciou plano de retomada da economia; Capacidade hospitalar e evolução de casos de coronavírus definem a volta de setores produtivos em 17 regiões do Estado a partir de 1º de junho; Comércio de rua e shopping centers poderão reabrir na região com medidas restritivas

 

O governador João Doria apresentou nesta quarta-feira (27) o Plano São Paulo para reabertura de setores da economia durante a quarentena de enfrentamento ao coronavírus. A partir de 1º de junho, índices de ocupação hospitalar e de evolução de casos em 17 regiões do Estado vão definir cinco níveis restritivos de retomada produtiva segundo critérios médicos e epidemiológicos para que o sistema de saúde continue em pleno funcionamento.

 

O plano foi elaborado por autoridades estaduais em sintonia com especialistas do Centro de Contingência do Coronavírus e do Comitê Econômico Extraordinário que atuam voluntariamente em apoio ao Estado. Os eixos principais das cinco fases de reabertura também foram discutidos com prefeitos e representantes de diversas associações comerciais e empresariais.

 

As normas do Estado autorizam prefeitos de cidades a conduzir e fiscalizar a flexibilização de setores segundo as características dos cenários locais. Os pré-requisitos para a retomada são adesão aos protocolos estaduais de testagem e apresentação de fundamentação científica para liberação das atividades autorizadas no Plano São Paulo.

 

As cinco fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O objetivo da classificação é assegurar atendimento de saúde à população e garantir que a disseminação do coronavírus em níveis seguros para modular as ações de isolamento.

 

A escala será aplicada a 17 regiões distintas do território paulista, de acordo com a abrangência dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde), que são subordinados à Secretaria de Estado da Saúde. São os DRSs que determinam a capacidade de atendimento, transferências de pacientes e remanejamento de vagas de enfermaria e UTIs nos municípios.

 

As fases são determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes contaminados pelo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período. Uma região só poderá passar a uma reclassificação de etapa – com restrição menor ou maior – após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis.

 

Em todos os 645 municípios, a indústria e a construção civil seguem funcionando normalmente. A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações – festas, shows, campeonatos etc – permanece por tempo indeterminado. A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.

 

Nenhuma das 17 regiões está na zona azul, que prevê a liberação de todas as atividades econômicas segundo protocolos sanitários definidos no Plano São Paulo. As regiões metropolitanas de Sorocaba e Campinas, que englobam as cidades de Itu, Salto e Indaiatuba, estão na área laranja, que prevê retomada – mas com restrições – do comércio de rua, shoppings, escritórios, concessionárias e atividades imobiliárias. Os demais serviços não essenciais continuam fechados. Bares, restaurantes, academias, entre outros serviços, continuam impedidos de reabrir.

 

ISOLAMENTO

O distanciamento social ainda é a principal recomendação para conter a disseminação do coronavírus. Mesmo com a reabertura em São Paulo, há exigência do isolamento social das pessoas de grupos de risco, como maiores de 55 anos, portadores de doenças cardíacas e/ou crônicas e pacientes imunodeprimidos ou em tratamento oncológico.

 

De acordo com Dimas Covas, que coordena o Centro de Contingência do Coronavírus e dirige o Instituto Butantan, a população ainda precisa encarar o isolamento como meta para permitir que os serviços de saúde continuem com capacidade para atender os pacientes com covid-19 em enfermarias e UTIs.

 

“Sem medidas de isolamento, nós chegaríamos a algo em torno de 1 milhão de casos no Estado de São Paulo. Nós estamos com 84 mil neste momento. Isto mostra quão efetivas foram as medidas de isolamento”, afirmou Dimas Covas. “Com as medidas, foi possível até o momento poupar 65 mil vidas”, concluiu.

 

O QUE PODERÁ FUNCIONAR NA REGIÃO

 

A fase laranja inclui as seguintes áreas:

– Construção Civil,

– Indústria,

– Atividades imobiliárias (aberto com restrições),

– Concessionárias (aberto com restrições),

– Escritórios (aberto com restrições),

– Shopping Centers (aberto com restrições),

– Comércio (aberto com restrições).

 

NORMAS SANITÁRIAS

O governo lançou também nesta quarta-feira os protocolos sanitários do Plano São Paulo para permitir a retomada de comércios e serviços não essenciais. As diretrizes vão regular o atendimento presencial e o fluxo de clientes, funcionários e colaboradores em 15 setores produtivos e seus respectivos subsetores.

 

As normas padronizam níveis de distanciamento social, higiene pessoal, limpeza e higienização de ambientes, comunicação e monitoramento das condições de saúde de trabalhadores e estão disponíveis no site: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/planosp. Há diretrizes específicas para cada uma das quatro fases do Plano São Paulo que permitem a retomada gradual e segura da atividade econômica. Entre elas: disponibilizar álcool em gel 70% para funcionários e clientes, especialmente na entrada do estabelecimento e nos locais de pagamento; os shoppings não poderão promover atividades promocionais e campanhas que possam causar aglomerações nas lojas físicas e em outros canais de venda, assim como devem manter suspensos os eventos.

 

Os documentos disponibilizados pelo Estado deverão ser seguidos pelas Prefeituras para a formulação dos decretos municipais de flexibilização da quarentena, de acordo com a classificação prevista no Plano São Paulo para 17 regiões distintas a partir do dia 1º de junho.

 

O governo de São Paulo estabeleceu um protocolo comum para os diferentes setores produtivos. Há ainda outros documentos com normas específicas os setores de academias; agricultura e agroindústria; atividades imobiliárias; automotivos; bares e restaurantes; beleza, comércio; economia criativa; infraestrutura; logística e abastecimento; meios de hospedagem; saúde; telecomunicações; têxtil, confecção e calçados; e turismo.

 

“O site dá acesso a todos os protocolos elaborados nos diálogos com setores econômicos, associações de classes e de funcionários e, principalmente, nossos prefeitos e prefeitas”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen. “A nossa retomada consciente é baseada na união, no respeito à vida e na ciência”, acrescentou.

 

Foto: Divulgação

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