Fundada há 16 anos, a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba vem, ano a ano, solidificando cada vez mais seu trabalho na cidade. No início era uma Orquestra Jovem, passando para Orquestra de Câmara e, há cinco anos, tornando-se uma Sinfônica, acompanhando, assim, o progresso de seus alunos. À frente dela, desde sua criação, está o regente Paulo de Paula, que tem acompanhado toda a evolução da orquestra, que hoje conta com uma escola, Orquestra Jovem, Camerata de Cordas e um grupo de iniciantes.
Paulo começou a estudar música muito novo, com apenas sete anos de idade, no Conservatório de sua cidade, Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais. A partir disso, a música nunca mais saiu de sua vida. “Continuei estudando música, estudei regência e violino na Unicamp e sempre busquei me aperfeiçoar. Estudei regência em São Paulo, Recife e fiz vários cursos na Europa e EUA. Atualmente estou fazendo Doutorado na Unicamp, algo que tem me permitido outras experiências, como ministrar aulas de regência de Coral e, em 2020, vou ministrar aulas de Regência Orquestral e dirigir a Orquestra, tudo na Unicamp”, revela o regente.
A Sinfônica de Indaiatuba conta hoje com uma estrutura bem versátil, através da qual Paulo consegue, a partir do programa e repertório, variar o número de músicos, mas conta com a média de 30 a 40 por concerto. “Temos uma rotina de concertos quase mensal, alguns meses fazemos até dois programas com dois repertórios diferentes. Concentramos os ensaios mais próximos aos concertos. Para 2020, estamos elaborando tudo bem detalhadamente, prevendo repertório e músicos. É um trabalho por trás que o público não vê, mas, se faz muito necessário”, acrescenta o regente.
A programação da Sinfônica de Indaiatuba hoje é dividida entre o clássico e o especial, que são concertos que não têm repertório erudito. São os concertos de rock, que já são tradição há alguns anos; e o concerto geek, que mistura músicas de filmes, jogos e séries, que começou ano passado. “Pelo sucesso de público, vamos continuar provavelmente. Além disso, sempre fazemos espetáculo para crianças em outubro e Natal. Procuramos ser versáteis e isso atrai um público que depois volta, também, para assistir ao clássico erudito”, revela Paulo. Indaiatuba é a prova de que concertos clássicos e eruditos contam com sucesso de público, pois as apresentações da Sinfônica estão sempre lotadas e com ingressos esgotados. “Já aconteceu de ter gente que voltou para casa sem assistir porque acabou o ingresso e isso é muito significativo. Acredito
que estamos no caminho certo e o público de Indaiatuba tem estado muito presente”, aponta o maestro.
A Escola de Música da Sinfônica conta hoje com mais de 200 alunos e pretende aumentar para 300 agora em 2020. Além de eventos como concertos, a orquestra produziu o EMIn, 1º Encontro Musical de Indaiatuba, ano passado, que contou com os melhores professores de cordas do país. Paulo afirma que seu maior projeto é tornar Indaiatuba uma cidade ainda mais musical e ampliar isso com relação à instituição. “Meu projeto é fazer que nossa instituição seja um modelo. Procuramos ser um grupo mais atual e isso tem feito bastante diferença nos concertos e na parte de gestão também. Assim, esse ano pretendemos aprofundar todo trabalho que já estamos fazendo. Continuar a série oficial de concertos, rock e geek, continuar com os concertos ao ar livre, ampliar nossa escola e o EMIn”, finaliza Paulo, com uma excelente perspectiva para o ano que se inicia.
foto: Felipe Gomes/OSI