Franciele tinha parado de cantar quase por completo quando se inscreveu no concurso de música de Salto
A vencedora do Canto do Taperá desse ano é a universitária Franciele Cristina de Paula. Estudante de Imagem e Som na UFSCar, Franciele começou a cantar ainda criança, aos oito anos, num coral de igreja. Sua mãe e sua madrinha cantavam no coral e por achar bonito, ela começou também.
Sua relação com a música sempre a acompanhou durante sua vida, mas Franciele conta que ainda não se enxerga como cantora profissional. “O canto é extremamente necessário para mim, mas não é meu ‘eu inteiro’. Acredito no encontro das artes como música, teatro, dança, desenho e etc. Acredito muito no audiovisual como forma de aprendizado porque ao assistir algo passamos por experiência e podemos crescer emocionalmente com isso, e é disso que quero viver”, explica a vencedora.
Franciele tinha parado de cantar quase por completo quando se inscreveu no concurso saltense. “Eu estava acostumada a observar e pensar sobre o mundo, me faltava muita coragem para converter minhas respostas em obras que atingissem o outro. Inscrever-me foi meu pequeno ato para dizer que estou pronta para falar mais, lutar mais, ser mais, me expor mais. Que produção foi aquela? Estava tudo maravilhoso. São por eventos assim que lembro como eu amo minha cidade. Salto é muito especial no quesito arte. Agradeço a oportunidade, conheci pessoas incríveis lá dentro”, ressalta.
Franciele sempre foi apoiada pela família e cresceu ouvindo moda de viola, rock clássico e black music. Ela afirma que sempre gostou muito das mulheres poderosas da soul music e sempre se inspirou nelas. Além disso, hoje, por conta da faculdade, passou a compor trilhas e tem se encantado com esse universo. “Provavelmente vou fazer algumas músicas temas das futuras séries e curtas-metragens que iremos produzir. Além, disso, gosto muito também de cantar em casamentos. É muito lindo fazer parte desse momento da vida das pessoas”, revela.
Questionada sobre o concurso, Franciele afirma que levará Salto e o prêmio no coração para cada projeto que a vida lhe trouxer. “Tenho muita coisa no meu coração que queria compartilhar, mas não sabia como e nem tinha coragem para isso e o
concurso definitivamente acelerou o processo. Então tudo que eu tenho a dizer é: obrigada”, finaliza.
(texto: Gisele Scaravelli)