Atleta de crossfit há quatro anos, Lucas Pusch, de Indaiatuba, já participou das maiores competições brasileiras e mundiais da modalidade e se vem se destacando em sua categoria. Com apenas 17 anos, Lucas conheceu o crossfit e não quis mais fazer outra coisa: “Eu peguei gosto, comecei a competir e não parei mais. Depois de um ano de treino eu já estava participando de competições no Brasil”, explica. Ano passado, com apenas 16 anos de idade e dois de treino, o jovem foi vice-campeão do torneio brasileiro de crossfit e esse ano se classificou em 13º lugar, de 20, no torneiro mundial de crossfit, o CrossFit Games, que aconteceu nos EUA. O crossfit tem diversos tipos de prova. Lucas explica que elas podem ser de carga, de tempo, de repetição, etc. “No mundial foram quatro dias de competições e 11 provas. A gente vai somando pontos e classificando. Eu fiquei em 13º de 20 pessoas, na minha primeira vez no mundial”, conta. Recentemente, ficou novamente em segundo lugar no torneiro brasileiro que aconteceu no mês passado, em Jaguariúna. Lucas compete na categoria teen, entre 14 e 17 anos, mas a partir do ano que vem, quando completa 18 anos, ele passará a competir entre adultos, na categoria que inicia aos 18 anos e tem competidores de até 34 anos. “A transição é mais difícil, porque muda um pouco o estilo. Eu tive 11 provas no Crossfit Games na categoria teen, no adulto já são 18 provas. Mas, é a realização de um sonho. Viver o que você sempre quis fazer, já tão novo, é muito bom”, ressalta. Sua rotina hoje se divide entre o colégio, que termina esse ano, e o treino de crossfit, além de patrocinadores e uma agenda profissional, toda voltada para o crossfit. Depois de anos pensando em cursar uma graduação de Engenharia, a cabeça do adolescente mudou recentemente: “Vou prestar vestibular para Educação Física, penso em fazer a faculdade de manhã e, assim, consigo manter um pouco a rotina que tenho hoje e me dedicar aos treinos”, reflete. Por ser um ano de transição, tanto na vida pessoal, quando ele entrará para a faculdade, quanto na vida profissional, quando ele passa da categoria teen para a adulta, Lucas sabe que 2019 será um ano de adaptação, mas já avisa: “Eu sei que vai ser difícil, mas sei também que as derrotas devem ser todas usadas como aprendizado”. O apoio incondicional dos pais dá mais força ainda para o jovem continuar na profissão que tanto ama, já que eles estão sempre presentes, os acompanham em competições, apoiam e até participam, não da forma como o filho, mas como forma de ter qualidade de vida e saúde. Inspirado por Lucas, o irmão mais novo também começou a treinar crossfit agora e quer seguir os passos do irmão mais velho, participando de competições e se profissionalizando na modalidade.
texto e foto: Gisele Scaravelli