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Patrícia Poeta em entrevista exclusiva

Em entrevista exclusiva à Revista Regional, jornalista e apresentadora fala de sua nova fase, repaginada e de bem com a vida

Ela chamou atenção quando surgiu mais magra, nem por isso menos linda. Em uma conversa sincera, a jornalista Patrícia Poeta confidencia que entendeu quando as pessoas questionaram a sua magreza, e explica que por uma questão de saúde, decidiu pela reeducação alimentar. “Elas entenderam que foi por uma questão de saúde, e a reação foi exatamente ao contrário. Acredito que toda mudança cause estranhamento, mas depois que as pessoas começaram a entender que foi por uma questão de saúde, elas compreenderam de fato, e se inspiraram na reeducação alimentar, em fazer exames pra saber se não estão com colesterol ou a glicose alta. É mais em nome da saúde do que da estética, esse detalhe é importante dizer”, esclarece. De bem com a vida e suas escolhas, ela acaba de completar três anos à frente do programa “É de Casa”, na Rede Globo, e não se arrepende por ter trocado a bancada do maior telejornal do país, o JN, para se tornar apresentadora na área de entretenimento. “Depois de 17 anos de jornalismo, passei por um período de adaptação. Fui mostrando para as pessoas de casa, como é a Patrícia também fora da bancada, mas por outro lado, sempre foi um sonho desenvolver um projeto como esse”, revela satisfeita.

REVISTA REGIONAL: Tivemos a oportunidade de conhecer uma nova mulher nesse formato de programa, como foi desconstruir a Patrícia jornalista para viver essa apresentadora no “É de Casa”?

PATRÍCIA POETA: Depois de 17 anos de jornalismo, passei por um período de adaptação. Fui mostrando para as pessoas de casa como é a Patrícia também fora da bancada, mas por outro lado, sempre foi um sonho desenvolver um projeto como esse. Eu sempre desejei mostrar um pouco a minha essência, além das notícias como eu fazia ao longo desses anos. Hoje posso falar um pouco sobre o cotidiano, histórias mais leves, de falar de serviços para as pessoas de casa. Talvez por ser algo que eu já queria, foi realmente mais fácil essa adaptação, porque ela terminou acontecendo naturalmente. É claro que toda mudança leva um tempo, mas repito: Como era algo que eu queria muito, e eu me enxergava fazendo, terminou acontecendo aos poucos. Sempre tive vontade de trabalhar com entretenimento, digo entretenimento, porque me permite trabalhar e falar de outros assuntos, de conversar com pessoas sobre ideias diferentes, e eu gosto de ter esse diálogo com o telespectador, gosto de ir a casa dessas pessoas, de ter esse contato. Quando elas vão ao programa, muitas vezes chegam nervosas, mas com vontade de participar. Eu curto recebê-las, conversar com elas, de conhecê-las um pouco mais, e também sobre a história de vida, de poder dividir com as pessoas de casa, de levar aquele gostinho de ‘eu também quero participar’. Acredito que seja um pouco isso, querer ouvir histórias. Eu lembro que uma vez vi uma entrevista, se eu não estiver enganada de uma repórter americana, em que ela foi entrevistar uma pessoa que havia ganhado o Emmy. E na questão, ela comentou quando foi receber o prêmio no palco, de que as pessoas querem contar suas histórias. O programa tem disso, além delas irem mostrar como fazer determinada coisa, ou como limpar, ou fazer um artesanato, elas também querem

contar a história delas, do por que começaram a trabalhar com aquilo, e como esse trabalho mudou a vida delas, a partir de então. É muito gostoso!

Em algumas entrevistas você comentou que a Oprah Winfrey é uma das suas inspirações. De que forma ela tem essa influência sobre você?

O programa da Oprah (apresentadora americana), que é de entretenimento, permite que você tenha esse contato com o telespectador e também saiba um pouco mais sobre a história de vida dele. Ela busca lá no fundo de cada pessoa o que elas têm pra contar, o que podemos aprender com cada uma delas, o que podemos dividir de experiência que os outros que estão assistindo também possam aprender, e que essas pessoas também sintam vontade de ir até o programa e dividir conosco também. É mais ou menos isso.

Além de se envolver com o “É de Casa”, você também apresenta “Caixa de Costura” no GNT, e provavelmente teremos uma segunda temporada esse ano. Nesse programa, não há roteiro e foi um grande sucesso…

Eu acredito que faremos sim uma segunda temporada. No programa “Caixa de Costura”, não tínhamos roteiro, claro que havia algumas regras, como por exemplo, a prova X onde o desafio era fazer um vestido de noiva em duas horas. Nós seguíamos um esqueleto, onde chamávamos os jurados e conversávamos com os candidatos. É muito legal e é uma das coisas que eu mais curto! Aliás, esse é um dos motivos pelo qual eu fui para o entretenimento, para poder improvisar, como eu faço no “É de Casa”. É bacana deixar rolar, poder conversar com as pessoas e dependendo do que elas responderem, você vai pelo seu feeling, pelo o que você achar que é mais legal de conversar com ela. Uma coisa vai puxando a outra. No “Caixa de Costura”, o que eu acho super legal são as provas, mas é claro que tem as histórias de vida ali também. Havia costureiros com back draw completamente diferentes. A audiência foi muito legal, e por ser um reality, você nunca sabe o que vai acontecer, se a pessoa vai ficar estressada, nervosa, se ela não vai conseguir completar a prova, se alguém vai discutir com a outra pessoa. É um bom teste para o improviso! As pessoas são colocadas à prova, e cada episódio era gravado em um dia, ou seja, foi bem puxado. Começávamos às sete da manhã e terminávamos às 22 horas. Então, não eram só os costureiros que ralavam, a gente também. Eu sentia que eles estavam se testando mais do que competindo, estavam se colocando à prova mesmo. É vencer os próprios limites, e poder acompanhar é muito bacana. Você vê a pessoa vencendo o nervosismo, o psicológico, tudo em um único dia.

Os seus looks sempre fazem sucesso, inclusive hoje você está usando um vestido vermelho, totalmente fatal…

Eu sempre gostei de vermelho, pra morena é bom e sempre funciona muito bem. Gosto de montar alguns visuais quando estou em casa com o tempo mais livre, como num domingo, por exemplo, até porque é um bom exercício de criatividade, você poder abrir o guarda-roupa e fazer combinações. É interessante pegar uma mesma peça de roupa, e fazer inúmeras combinações. Nós já fizemos no “É de Casa” com o pessoal. Eu curto e fico super feliz porque o pessoal também gosta, mas é claro que a roupa não é algo prioritário, está longe disso, mas procuramos nos

arrumar também para as pessoas que estão em casa, faz parte do contexto. Se o pessoal aprova, eu fico feliz. É mais do que bem-vindo saber que a gente se arruma, e o pessoal gosta, curte.

Você fez uma reeducação alimentar, e muitas pessoas procuraram seguir o seu exemplo. Em algum momento você imaginou que isso pudesse acontecer?

É interessante, porque num primeiro momento, fiz porque era necessário, era preciso dar um up, e cuidar da saúde, mas claro que obviamente eu estava focada em vencer o problema, mas depois perceber que outras pessoas se inspiraram na minha história, como eu também me inspirei em outras, é muito bacana. Cada pessoa pega um pouco do que é bom nos outros. Em uma das gravações no programa, tivemos um telespectador que explicava os motivos do porque o açúcar era o grande vilão, e um outro telespectador assistiu. Três meses depois ele mandou o antes e depois, porque ele havia emagrecido, juro pra você, uns 20 quilos. Simplesmente fazendo o que havíamos comentado no programa sobre o que engordava e emagrecia. Em período de crise, as pessoas gastam comprando produtos que não adiantam, na tentativa de emagrecer, mas não conseguem, e às vezes é muito simples. Em vez de comer um pão, come um ovo pela manhã. Falamos sobre esse assunto há dois anos, quando comecei a minha reeducação alimentar. Na verdade, eu também aprendi, porque não sabia, eu achava que tinha que explicar isso para as pessoas, e eu havia levado 39 anos pra aprender. Pensei: ‘Se eu levei esse tempo, muita gente também não deve ter aprendido’.

Mesmo com algumas pessoas elogiando a sua atitude, também tiveram algumas críticas. De alguma forma isso te afetou?

No início, as pessoas sentiram muito a diferença, claro que porque eu fui emagrecendo, mas depois elas entenderam que foi por uma questão de saúde, e a reação foi exatamente ao contrário. Acredito que toda mudança causa estranhamento, mas depois que as pessoas começaram a entender que foi por uma questão de saúde, elas compreenderam de fato, e se inspiraram na reeducação alimentar, em fazer exames pra saber se não estão com colesterol ou a glicose alta, e descobrem que o açúcar engorda e faz mal à saúde. É mais em nome da saúde do que da estética, esse detalhe é importante dizer.

São muitos os lugares no qual você já esteve, e nessa última viagem (Tailândia) você se revelou uma mulher espiritualizada. Isso é algo que você sempre busca em suas viagens?

Eu fui pra Indonésia em julho, e recentemente para o Japão e a Tailândia. Gosto de conhecer lugares mais exóticos, que tenham um pouco de meditação, que sejam espiritualizados. No caso do Japão, fui porque queria conhecer, e eu já havia viajado bastante praqueles lados, mas a chance de conhecê-lo surgiu agora. Eu tinha alguns amigos que já estavam por lá, e outros que tinham ido para trabalhar, então eu falei: ‘essa é a minha chance, agora vou conhecer o Japão’. Foi bem legal porque eu gosto de conhecer esses lugares exóticos, eu curto essa vibe. Dois mil e dezessete foi um ano que pedia muito isso, foi muito bom. Foi um ano de renovação, de aprendizados.

E quais são seus próximos projetos? Você pensa em lançar um livro falando sobre suas viagens?

Estou no núcleo do Boninho (diretor da TV Globo), então tem que perguntar pra ele. No momento, eu não sei te responder, mas, por enquanto, estou fazendo “É de Casa”. Sobre lançar um livro, por enquanto, não está nos meus planos.

texto: Ester Jacopetti

fotos: Vinicius Mochizuki

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