No último mês de dezembro, a Globo passou uma série de especiais com histórias que aconteciam fora do eixo Rio-São Paulo e celebravam outras capitais brasileiras. Para tal, diversos roteiristas escreveram histórias que poderiam ou não ser escolhidas pela emissora e um dos trabalhos selecionados foi do ituano Celso Duvecchi. “Amor ao Quadrado” se passa em Brasília e conta a história de dois anjos cupidos, Oscar e Lúcio, um prestes a se aposentar deve treinar o novo estagiário. O mau-humor e experiência de Oscar mesclado à alegria e trapalhadas de Lúcio divertem o público tendo Brasília como cenário. “A história tinha que ser em Brasília, tinha que ter dois anjos e tinha que ser sobre o amor. A ideia era tirar a imagem de política e corrupção de Brasília. Eu passei um dia inteiro pensando e quando apresentei a ideia, foi aprovada. Depois disso, eu passei seis meses escrevendo”, conta Celso que, ironicamente, nunca esteve em Brasília. Formado em Cinema pela USP, hoje Celso mora em São Paulo, mas está em Itu frequentemente por conta da família. Trabalhou em diversas produtoras, em produções de trabalho, mas conta que sempre quis trabalhar com roteiro. “Trabalhei com produção até conseguir passar a trabalhar com roteiro. Eu ganhei meu primeiro concurso de roteiro, o NETLab, em 2013 e com isso no currículo, facilitou um pouco as oportunidades”, explica o profissional. Seu próximo trabalho a ser apresentado em TV aberta é uma série de terror que deve ir ao ar na Rede Record no primeiro semestre deste ano. Além disso, trabalhou na criação de uma série da HBO. Para “Amor ao Quadrado”, o desejo é que o especial possa se tornar uma série com a continuação do estágio de Lúcio. “Eu gostaria muito e já até sei como seria a primeira temporada, abordando o estágio dele, mas não depende de mim”, conta rindo e revela que foi a primeira vez que teve um trabalho seu exibido ao grande público, que foi muito bacana, pois amigos e conhecidos mandaram mensagens, pessoas da área comentaram e outras que ele não conhecia entraram em contato. Além, é claro, da oportunidade de trabalhar com uma equipe da Globo e ter contato com diretores como Jayme Monjardim, por exemplo. “Você fica com medo de não conseguir passar a mensagem que você queria. Claro que eu recebi críticas de pessoas da área, e eu gostei muito, porque foi a primeira vez que escrevi algo para TV, da próxima já sei onde devo prestar atenção. Mas, recebi mensagens de pessoas falando que se emocionaram e isso foi muito importante”, revela Celso, que confessa que gostaria muito de desenvolver algum trabalho em Itu, sua cidade natal.
MAIS: Quem perdeu “Amor ao Quadrado” pode conferir a história, escrita por Celso, na GloboPlay.
texto e foto: Gisele Scaravelli