O empresário ituano José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, tomou posse da presidência da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) para cumprir o seu quinto mandato. De março deste ano a março de 2018, Gandini promete seguir a linha de atuação da diretoria anterior, fortalecendo o mercado interno e de auxílio implacável de atualização da indústria local, com objetivo de tornar o Brasil um verdadeiro pólo produtivo também de exportação. A associação, que comemora seu 25º aniversário esse ano, é, segundo o empresário, a porta de entrada para qualquer marca que queira se estabelecer no país. Assim, o ituano explica que apesar das críticas de que esses empresários estariam “exportando” empregos, ele discorda: “Além de trazer para o mercado brasileiro toda tecnologia e design, desenvolvidos no exterior, mostramos ao consumidor brasileiro o real valor dos produtos”. Em seu discurso, o empresário também destacou a necessidade de reforçar a implantação de veículos movidos à energia alternativa, como os híbridos elétricos. Gandini explicou que qualquer marca, ao chegar ao país, inicia suas operações pelo caminho da importação para poder conhecer o mercado e seu futuro consumidor. Grandes marcas, hoje instaladas no Brasil, iniciaram suas atividades como associadas à Abeifa e algumas já iniciaram produção local e muitas iniciarão em breve. “Como posso concordar então que estamos exportando empregos?”, indaga. No atual cenário político-econômico de ajustes fiscais, o empresário ituano afirma que obviamente não cabem pleitos de redução de impostos, mas, cabem questionamentos, como por exemplo, os 30 pontos adicionais do IPI. “Se o Brasil passa por um momento de crise econômica e precisa hoje de maior arrecadação, por que aguardar o fim do Inovar-auto, previsto para o dia 31 de dezembro de 2017? Deixem-nos trabalhar para ajudar nosso país a sair desta situação de depressão econômica”, ressalta. Finalizando seu discurso ao assumir a presidência da Abeifa, Gandini ainda afirmou que o principal objetivo de seu mandato será mostrar para o governo brasileiro a necessidade de apoiar as cláusulas do Inovar-auto no que diz respeito à adoção de incentivos ou aplicação de penalidades que estejam feitas em igualdade de condições entre veículos importados e nacionais. “Estamos pedindo somente o retorno aos parâmetros normais de recolhimento de impostos hoje atribuídos à industrial local. Nosso pleito é por isonomia”, finalizou.

 texto: Gisele Scaravelli

foto: Divulgação/Textofinal de Comunicação Integrada