“A espiritualidade tem que vir de dentro!”. É assim que a atriz e escritora Bruna Lombardi, que acaba de lançar seu oitavo livro “O Jogo da Felicidade”, busca o equilíbrio, mesmo quando os momentos difíceis batem à sua porta. “Nós vivemos num mundo contemporâneo, moderno, complicado e conturbado. Recebemos uma avalanche de notícias ruins todos os dias. Nós estamos sempre nos equilibrando em cima de um fio. Para as pessoas conseguirem manter este equilíbrio, em primeiro lugar ela precisa ter essa força interna”, disse. Foi ainda na infância que Bruna descobriu sua paixão pela literatura. Sua maior satisfação tem sido ajudar as pessoas a seguirem seu caminho da melhor maneira possível. “O livro faz com que as pessoas compreendam melhor o que as conduziram chegar em determinados pontos. É um livro de autoconhecimento. É um mapa de orientação”, explicou com certo entusiasmo sobre o novo projeto. Mesmo longe da televisão aberta desde 2002, quando interpretou Branca em “O Quinto dos Infernos”, Bruna tem se dedicado a muitos trabalhos: um filme (“Amores em Sampa”), lançado em janeiro, em comemoração ao aniversário da cidade, e em breve um site chamado “Rede Felicidade”. “Eu trabalho, como quem não trabalha”, disse ela, que não consegue ficar parada e está sempre em processo criativo. “Em breve nós vamos lançar a ‘Rede Felicidade’. É um grande portal que nós estamos elaborando. Vamos entrar com conteúdo exclusivo para a nossa comunidade. Eu estarei conversando com os meus fãs e nós vamos apresentar desde cursos, jogos, palestras, tem ‘Bruna Responde’, tem meu blog, uma porção de coisas”, comemorou. “Nós queremos passar bons valores para as pessoas se sentirem mais felizes, mais plenas e realizadas”. Com mais de um milhão e meio de seguidores no Facebook, Bruna acredita que as pessoas estão em busca de paz. “Nós formamos uma comunidade, uma corrente do bem! Estamos todos na mesma sintonia. Muitas vezes a vida nos leva para canais, em que tudo fica distorcido. Na página, existe uma energia que as pessoas procuram. Elas comentam que quando entram, se sentem bem e felizes”, completa. Confira nas próximas páginas esse bate papo especial com Bruna Lombardi, a mulher que vence o tempo.
REVISTA REGIONAL: Você tem se dedicado cada vez mais à literatura e, mais recentemente, lançou o livro “Jogo da Felicidade”. Que mensagem você quer passar para as pessoas? O que elas podem esperar deste novo trabalho?
BRUNA LOMBARDI: Este livro fala muito sobre a jornada de todos nós! O livro mostra como tudo que nós fazemos, seja uma pequena tarefa, um grande projeto, uma história de amor ou a jornada da nossa vida, obedece a roteiro, e passa necessariamente por 21 etapas. Ele orienta quem está lendo, no sentido de entender, em que momento desta jornada, ela está! Essas etapas podem acontecer ao mesmo tempo. Elas podem passar rápido ou demorar mais. Tem mil variações, pois mistura o estado emocional, porque a pessoa pode estar vivendo determinado momento. É baseado em fatos e mitologias. Através da história, a maneira de como os arquétipos se combinam. A ideia surgiu porque sou uma pessoa que observa muito a vida. Sempre acontece das pessoas me pedirem alguma orientação, tanto as amigas como pessoas que eu não conheço. Sempre foi assim! Posso estar fora do país, quando conheço alguém, de repente a pessoa está me contando a história da vida dela e querendo ouvir minha opinião. Isso tem acontecido ao longo da minha vida, sempre. O livro é um sintético, é fácil de ler porque não tem muitas coisas escritas. Ele tem ilustrações, uma síntese, frases e também percorre pensamentos, que é para você se orientar. Serve como livro de consulta. Você pode fazer uma pergunta hipotética, abrir na página e ali encontrar uma resposta para o que procura. Pode escolher ler o livro como bem entender. Pode ler do começo ao fim, ou se preferir ir num ponto específico. Pode entender que está num lugar e ter que voltar para o começo, igual ao jogo mesmo.
Como você disse, o livro tem a função de ajudar as pessoas a tomarem decisões na vida, da melhor maneira possível. E nós sabemos que você é conhecida como “oráculo moderno”. Sendo assim, poderíamos classificá-lo como um livro de autoajuda?
Eu não diria que é autoajuda, porque ultrapassa esse segmento. Estamos falando de algo que vai para o lado de como as pessoas precisam se conhecer. De como elas precisam compreender, em que momento da vida elas estão, e quais são as escolhas que elas precisam fazer, naquele momento da vida e por quê. Quando as pessoas se conscientizam, vivem melhor e com mais facilidade. Um dos problemas que nós temos é que ficamos muito confusos, desorientados e, às vezes, perdidos, porque o que nos acontece nos transporta para lugares que não sabemos como lidar muito bem. Pode ser uma história de amor, em que você está num relacionamento e de repente não entende nada. De repente termina e você não consegue compreender porque isso aconteceu. O que o “Jogo da Felicidade” faz é com que as pessoas compreendam melhor o que as conduziram a chegar a determinados pontos. É um livro de autoconhecimento. É um mapa de orientação.
Você já comentou que é uma pessoa ligada à natureza, que é justamente onde encontra o equilíbrio, mas existem momentos difíceis na vida de qualquer pessoa. Quando é assim, o que você normalmente faz? Como lida com as frustrações?
A espiritualidade tem que vir de dentro! O livro fala muito sobre este assunto. Ele vai explicar como as pessoas precisam estar conectadas. Nós vivemos num mundo contemporâneo, moderno, complicado e conturbado. Recebemos uma avalanche de notícias ruins todos os dias. Estamos sobrecarregados de trabalho, de tarefas, de horários, de pressão. Todo mundo tem um monte de compromissos e não sabe como lidar. Nós estamos sempre nos equilibrando em cima de um fio. Para as pessoas conseguirem manter este equilíbrio, em primeiro lugar ela precisa ter essa força interna. O livro pega muito neste sentido! A felicidade é o melhor cosmético. Eu comecei há pelo menos um ano a minha página no Facebook, hoje tenho mais de 1,6 milhão de seguidores. Não são pessoas que passaram por lá de raspão e nunca mais voltaram. Isso mostra um grau de envolvimento muito forte. Nós formamos uma comunidade, uma corrente do bem! Estamos todos na mesma sintonia. Muitas vezes a vida nos levam para canais, em que tudo fica distorcido. Na página existe uma energia que as pessoas procuram. Elas comentam que quando entram, se sentem bem e felizes. Ou que eu passo muita paz. Por que isso acontece? Porque ali tem um recado, conteúdo, um tipo de sentimento amoroso que é comum a todos! A página faz exatamente o que você falou! Ela empodera, encoraja, estimula e dá ânimo. Ela tem todo este trabalho e está presente em tudo o que eu faço. O Facebook é um sucesso porque traz essas mensagens e o livro também será.
Recentemente você também lançou um filme (‘Amores em Sampa’), no qual demonstra sua paixão pela cidade de São Paulo…
O filme passa a mensagem de fazer com que qualquer cidade, e não precisa ser só São Paulo, mas do Brasil, pode ser melhor. Se as pessoas pensarem um pouco sobre a atitude com a cidade, melhorando o nosso estado de espírito, vamos usar mais a gentileza e ter mais humanidade. Eu sou completamente apaixonada por São Paulo, cinema, literatura e por tudo que eu faço! Eu trabalho como quem não trabalha. O tempo todo estou em processo criativo, mas é como se eu não trabalhasse, porque eu amo o que faço. Faço tudo com muito prazer! Eu leio todas as matérias do Facebook, todos os comentários que as pessoas colocam. O lance do trabalho de escrever é ter que ler muito, que não chega a ser um trabalho, mas sim algo muito prazeroso, porque as pessoas estão extraordinariamente generosas no meu Facebook e só escrevem comentários lindos! Por causa desta comunidade que está cada vez mais unida, em breve nós vamos lançar a “Rede Felicidade”. É um grande portal que nós estamos elaborando. Vamos entrar com conteúdo exclusivo para a nossa comunidade. Eu estarei conversando com os meus fãs e nós vamos apresentar desde cursos, jogos, palestras, tem “Bruna Responde”, tem meu blog, tem uma porção de coisas… São três coisas muito importantes que estão acontecendo e todas estarão nesta convergência de valores. Nós queremos passar bons valores para as pessoas se sentirem mais felizes, mais plenas e realizadas.
Em que momento da sua vida, você percebeu que a literatura também era um caminho a ser explorado? Aliás, como você analisa tudo que viveu até aqui?
O gosto pela escrita surgiu ainda na infância. Gosto de escrever desde criança. Este é o meu oitavo livro. Todos eles foram para a lista dos mais vendidos. São livros de grande sucesso! Eu comecei a escrever muito cedo na minha vida. O meu primeiro livro foi publicado ainda na minha fase de adolescente, quer dizer, eu tinha um pouco mais de 18 anos, quando eu estava entrando para a faculdade. Não sou muito de olhar para trás, porque estou sempre preocupada com o que estou fazendo. O meu momento é sempre aqui e agora! Não tenho muito tempo e não sou saudosista.
Já faz um bom tempo que você não faz projetos na televisão. Existe uma razão?
É por causa da falta de tempo mesmo. Eu adoro televisão! Fiz durante dez anos o programa “Gente de Expressão” (na extinta TV Manchete), viajando pelo mundo inteiro, entrevistando pessoas famosas e uma lista enorme de pessoas… Eu tenho um novo trabalho, mas não posso contar nada, por enquanto.
Além de trabalharem juntos, você e o Carlos Alberto (Riccelli) são casados. Como definiria a relação de vocês?
Para nós, é muito bom e já estamos fazendo isso há muitos anos. Temos uma parceria muito forte e nós gostamos das mesmas coisas. Temos os mesmos interesses! O que nos ajuda muito! Nós trabalhamos apaixonadamente! No “Jogo da Felicidade” eu falo sobre como as pessoas podem se relacionar com o outro, porque faz parte da vida. É uma orientação na história de amor delas.
Nós sabemos que você também gosta de se envolver em causas sociais. O que te motiva e quais são essas causas?
Sou super ativista! Sempre fui desde menina, desde as “Diretas Já!”, quando nós lutávamos pela democracia no Brasil. Hoje eu abraço causas importantíssimas, como os animais que eu amo, sou apaixonada por bichos desde sempre na minha vida de criança. Participo de campanhas para que as pessoas adotem animais de rua, que deem abrigo, cuidem, levem ao veterinário. Porque eles estão desabrigados e não têm ninguém para cuidar deles. Além do que, os bichos sentem uma gratidão e podem fazer qualquer pessoa muito feliz. Eu faço muitas campanhas por causas independentes. Já fiz contra o câncer, para que as pessoas se cuidem para ter um apoio espiritual e também campanhas ambientais, mas a causa dos bichos mora no meu coração.
texto: Ester Jacopetti
fotos: Arquivo pessoal