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Post: Especialista tira dúvidas sobre anticoncepcionais

Especialista tira dúvidas sobre anticoncepcionais

A indicação do contraceptivo é baseada na avaliação ginecológica que contempla segurança, características pessoais e preferência da mulher

No Brasil, a cada dez gestações, quatro não são planejadas. Um bom planejamento familiar é a melhor forma de evitar esse tipo de estatística, e tudo começa com a escolha do método anticoncepcional. Na escolha e orientação do método, o ginecologista segue uma série de critérios determinados pela Organização Mundial de Saúde, visando reduzir riscos ao bem estar feminino.

“A mulher precisa conhecer todas as opções disponíveis, assim se sentirá mais segura para opinar e determinar o que melhor se adequa à sua realidade”, explica dra. Cristina Laguna Benetti Pinto, professora do Departamento de Ginecologia da Unicamp e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, a Sogesp.

Existe um extenso arsenal disponível, vários deles com custo reduzido pela Farmácia Popular, ou até mesmo nas unidades básicas de saúde, gratuitamente. A indicação é baseada na avaliação ginecológica que contempla segurança, características pessoais e preferência.

“Sempre haverá um formato que se encaixe perfeitamente para cada mulher. O importante é lembrar que a responsabilidade é do casal, não deve ficar a cargo apenas dela. De qualquer modo, só o médico poderá indicar o mais adequado e com menos riscos, facilitando a escolha. Quanto menos o método depende de atitudes frequentes do usuário, mais eficaz ele se torna. Assim, ter que lembrar todos os dias de tomar a pílula, por exemplo, pode ser um fator que aumenta o risco de erro e, portanto, de falha”, comenta dra. Cristina.

Comportamentais – Cabe a tabelinha e o coito interrompido. Antigos e com baixa segurança, esses métodos exigem que a mulher tenha um ciclo regular e o homem tenha controle da ejaculação, além de abstinência periódica (no caso da tabela). É recomendado para casais com relacionamento estável, que não pretendem ter filhos, mas não teriam problema com a gravidez.

Barreira – Aqui entram as camisinhas, tanto feminina quanto masculina, o espermicida e o diafragma, estes dois pouco usados, com menor grau de efetividade e sem proteção de doenças sexualmente transmissíveis. “O ideal é combinar a camisinha, sempre preconizada, com algum outro método, pois ela sozinha é pouco segura como contraceptivo”, alerta dra. Cristina.

DIU – O dispositivo intrauterino (DIU) é a melhor opção para quem não deseja gravidez a curto prazo. O mais utilizado é o de cobre, entretanto existe a alternativa com hormônios. Ambos são considerados extremamente seguros, sendo o primeiro com dez anos de ação, e o segundo, apenas cinco anos. Seu índice de falha é de 0,8 gestações a cada 12 mil ciclos anuais. No caso do DIU com hormônio, o custo inicial é mais alto, entretanto reduz cólica e fluxo menstrual. Só é desvantajoso se a mulher se incomodar com a diminuição e/ou escassez da menstruação. O de cobre só é inconveniente se houver aumento do volume e das dores. Em compensação, segundo a especialista, apresenta poucos efeitos colaterais.

Hormonais – Pílula anticoncepcional, anel vaginal, adesivo, implante e injeção fazem parte deste grupo. Especialmente no caso da pílula, é preciso comprometimento para sua ingestão diária. É um bom recurso também para quem não apresenta reações adversas e ajuda a tratar problemas de cabelo e pele. “Ainda que apresente benefícios, é preciso reserva com as pílulas e outros métodos combinados que contenham hormônios em mulheres que apresentam hipertensão arterial, diabetes, alguns tipos de enxaquecas e em tabagistas com mais de 35 anos devido ao risco de tromboembolismo, entre outros riscos”, afirma a ginecologista. “Para mulheres com estas características, são indicadas pílulas específicas, com possível contraindicação aos métodos combinados, isto é, com dois tipos de hormônio.”

O anel vaginal e o adesivo são pouco difundidos, o primeiro com troca mensal, enquanto o outro é semanal. Além das semelhanças nas vantagens, ainda possuem, conforme dra. Cristina, uma diferenciação: causam menos problema gástrico para quem sofre náusea e enjoo pelo uso do comprimido. Já o implante é de longa duração (três anos), com boa efetividade, mas pode acarretar em menstruação irregular e inesperada. Entre todos eles, a taxa de fertilidade é semelhante, de 0,3 gestações por 12 mil ciclos ao ano, com uso correto, até 0,9, para quem esquece eventualmente.

foto: © Voyagerix/Fotolia

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