“Manter a tradição é valorizar tudo aquilo que nos faz sentir bem e viver melhor coletivamente. A união das famílias em torno destes princípios é o que move toda a Associação Cultural, Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba, a Acenbi, que, sem dúvida, pratica este preceito”, inicia Akifiko Morita, presidente da entidade no biênio de 2013/2014. Akifiko nasceu em Mirandópolis-SP, viveu por 23 anos na capital paulista e mudou-se para Indaiatuba depois de ter sido transferido pelo trabalho. Sua relação com a entidade começou graças ao desejo de seus três filhos de praticar beisebol, uma das modalidades esportivas oferecidas pela Associação, e falarem a língua de seus antepassados: o japonês. “Eu também sempre gostei de esportes em geral e ao associar-me pude aprender tênis de campo que, desde então, tornou-se meu hobby predileto”, completa. Desde o ano passado como presidente da Associação, Akifiko tem como prioridades manter tudo o que a Acenbi já faz, principalmente preservar a cultura japonesa. “O estatuto da Associação prega em primeiro lugar a manutenção e preservação da nossa cultura, e isto se dá por meio da manutenção da escola de língua japonesa em funcionamento desde a sua fundação há 68 anos, que é aberta para toda a população. Para nós, a escola é o principal pilar da entidade. Nós também mantemos o beisebol e o softbol para crianças de cinco a jovens de 18 anos. Nestes esportes, são ensinados valores como respeito, união, dedicação, superação, ética, além de ambiente sadio para atletas e familiares. Participamos de campeonatos estaduais e brasileiro além de cedermos vários atletas para a seleção brasileira”, enumera o presidente. A Acenbi também mantém os departamentos de Jovens, Senhoras, Artístico, Terceira Idade, Gatebol, Karaokê e Tênis de Campo, todos ativos e em pleno funcionamento, além de algumas festas, como a do Sushi, que já está em sua 24ª edição. “Como associado enxergo todas as frentes da entidade, tem um papel importantíssimo na formação das crianças e dos jovens, por meio de ensinamentos na educação, nas artes e nos esportes”, finaliza o guardião da cultura de seus conterrâneos.
por Yara Alvarez
foto Giuliano Miranda