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Gpaci: referência no tratamento do câncer infantil

Além dos desafios diários, o hospital encarou um maior: o projeto de reforma e ampliação das dependências já existentes. Para conseguir tal feito, foi criada a Corrente do Bem, que visa arrecadar fundos para essa construção

Brincar, comer e dormir. Essas são as três palavrinhas que permeiam a rotina das crianças. No meio delas pode até surgir um “preciso estudar” ou a frase que gera calafrios, “estou de castigo”, mas para algumas essa rotina pode ser quebrada por idas a médicos, horários controlados e quimioterapia. Sim, essa palavra assustadora até faz parte da rotina de muitas crianças que precisam conviver com preocupações de adulto enquanto ainda conversam com seus brinquedos.

Mas ainda bem que existem hospitais especializados em tratar do corpo, auxiliar a alma, e confortar os pais. O Gpaci, Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil, mantenedor do Hospital Gpaci, é um desses locais que merecem todo o apoio da sociedade. Fundado em 25 de junho de 1983, em Sorocaba, o local presta assistência hospitalar e integral às crianças e adolescentes, de zero a 18 anos, portadores de câncer da cidade-sede e de mais 43 da região, incluindo Itu, Salto, Porto Feliz, entre outras.

Além de tratamentos, a instituição também se dedica ao estudo da doença, fator importante para a descoberta de novos métodos para a cura e, com isso, mais oportunidade para que as crianças só se preocupem com o horário do desenho preferido na televisão. Assim como a maioria das entidades, manter os serviços oferecidos é uma das maiores dificuldade do hospital. “Como todas as instituições do terceiro setor, a nossa maior dificuldade é financeira, uma vez que o Gpaci oferece gratuitamente aos seus pacientes cinco refeições diárias, exames de laboratório e de imagem, medicamentos para o tratamento e apoio  familiar. Isso tudo, em média, gera uma despesa de R$ 1 milhão por mês para o custeio do hospital e pagamento dos salários dos colaboradores, médicos e alimentação”, explica o presidente do conselho de administração, Carlos Camargo Costa.

O novo Gpaci

                Além dos desafios diários, o hospital encarou um maior: o projeto de reforma e ampliação das dependências já existentes. Para conseguir tal feito, foi criada a Corrente do Bem, que visa arrecadar fundos para essa construção. Com isso, o hospital deverá contar com sala de administração e da diretoria, ambulatório de quimioterapia, consultórios médicos, farmácia, sala para fisioterapia, imagem, odontologia, psicologia, serviço social, recepção, serviço de nutrição e dietética, hotelaria clínica com 22 leitos e laboratório, área de descanso, brinquedoteca, hotelaria cirúrgica com 26 leitos e refeitório/copa, central de material, centro cirúrgico com três salas de cirurgia, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com oito leitos e salas diversas. O objetivo é que o atendimento seja garantido em todas as fases do tratamento, tanto pela equipe médica como pela multiprofissional.

Se esse plano for concretizado, o Gpaci poderá ser credenciado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade, Unacon, pelo Ministério da Saúde, ampliando ainda mais sua possibilidade de ajuda, uma vez que com essa certificação o hospital passará a ter uma maior receita vinda do Sus (Sistema Único de Saúde). E se as crianças acreditam em fadas, princesas e super-heróis, por que os adultos não vão acreditar uns nos outros para arrecadar fundos para a ampliação? É bem mais fácil, não?

Centro de Estudos Rubens Mestre

Como sua própria denominação diz, o Gpaci funciona também como um centro de pesquisa. O Centro de Estudos é a unidade de prestação de serviços nessa área de estudos, servindo como ponte para a realização e coordenação de congressos, seminários, fóruns, simpósios, reuniões e palestras, incentivador das pesquisas científicas, desde que sejam voltados para a informação e difusão dos avanços no tratamento do câncer e suas sequelas. Ele também é uma das fontes de renda do hospital, já que pode cobrar por seus serviços.

Particularidades do câncer infantil

O assunto não é confortável, porém é necessário. De acordo com o Gpaci muitos pacientes ainda são encaminhados para o tratamento com a doença já em estágio avançado. “Isso se deve a vários fatores como a desinformação dos pais, o medo do diagnóstico, podendo levar à negação dos sintomas, e até a desinformação dos médicos. Mas algumas vezes também está relacionado com as características de determinado tipo de tumor”, ressalta o presidente.

Mas nem só de notícias tristes vive essa doença. Segundo estudos na área, atualmente 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. A incidência anual estimada de câncer infantil é de 124 casos a cada 1 milhão de habitantes brancos, e de 98 casos por milhão de habitantes negros, sendo estimados 7 mil casos novos anualmente.

No próprio site do Gpaci é possível encontrar a afirmação “Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança está inserida no contexto da família. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente. Neste sentido, não deve faltar a ele, desde o início do tratamento, o apoio psicossocial.”

Sinal de que, mais do que nunca, uma Corrente do Bem foi tão necessária.

COMO AJUDAR:

Acesse o site www.gpaci.org.br e veja as várias maneira de ajudar o Gpaci com doações em dinheiro, trabalho voluntário, entre outros. O endereço do grupo é rua Cel. José Pedro de Oliveira, 678, Jd. Faculdade, Sorocaba. Tel.: (15) 2101-6555.

 reportagem de Yara Alvarez

foto: Divulgação

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