Dois para lá, dois para cá, estica, rodopia e encanta. A descrição cabe bem nas três carreiras de Erika Novachi: a de bailarina, coreógrafa e secretária da Cultura de Indaiatuba. Nos palcos, seja dançando ou coordenando, seu papel é de encantar quem assiste aos seus espetáculos, no cargo do governo, a responsabilidade não fica por menos. Mas quando existe amor nas tarefas diárias, o trabalho acaba sendo uma grande diversão. “Quando paro para pensar em tudo o que me aconteceu, percebo que fui mais longe do que imaginei chegar, pois sempre fiz tudo com tanto amor que não esperava nada, apenas poder estar dançando ou coreografando. Hoje tenho alguns objetivos dentro desta área e luto por eles simplesmente fazendo meu trabalho do modo mais honesto possível. Percebi que somente assim conseguirei alcançá-los. Este ano de 2014 promete ser muito bom, e alguns destes objetivos eu vou realizar”, inicia a profissional. Erika começou sua paixão pelos movimentos aos nove anos, devido a um problema de coluna. A “tia” Denise, uma de suas professoras, foi a responsável por inserir a bailarina em suas primeiras aulas de Pliés, Pas de Bourré e outros passos de ballet. “Eu me lembro que as aulas aconteciam no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora da Candelária (em Indaiatuba), e o meu primeiro festival foi no Cine Rex”, recorda. Depois de grandes apresentações e vários prêmios, Erika deixou, por pouco tempo, de lado os holofotes e passou a conviver com a dança nos bastidores. “As emoções e sensações são diferentes. Ver meus alunos e a minha escola no palco é emocionante, pois é o meu trabalho, a minha dedicação e os meus sonhos, de uma forma concreta. Estar no palco é mágico, é indescritível, é você encontrando com você mesma! Está aí um sonho, voltar aos palcos!”, registra. O único momento em que os holofotes foram “abandonados” foi durante a maternidade. E a Secretaria veio justamente nessa época. “Nesse momento da minha vida eu estava precisando de algo novo e que me abrisse os horizontes, pois o palco fazia muita falta. Encarei o cargo como um grande desafio”, diz. A frente da Secretaria desde 1997, vários projetos foram desenvolvidos durante sua gestão, mas para a profissional, as Oficinas Culturais são seus grandes feitos. “Nelas oferecemos a oportunidade para a população participar de aulas gratuitas em cursos anuais e alguns específicos. Atividades artísticas, além de serem prazerosas, estimulam áreas do cérebro que possibilitam o desenvolvimento de outras formas de linguagem. Estas manifestações permitem ao estudante expressar uma gama enorme de sentimentos de diferentes maneiras. Contribuem ainda para seu enriquecimento cultural e crescimento pessoal, transformando-o em uma  pessoa segura  e confiante, dando-lhe condições  de progredir em seus estudos. Nossa missão é sempre expandir o acesso dos indaiatubanos à cultura, fazendo com que ela cumpra seu papel de cidadão, seja em sua autoestima, cidadania, criatividade, desenvolvimento pessoal e até poéticos. É uma ferramenta da qual as pessoas têm a chance de fomentar um conjunto de inclusões que dificilmente você trabalha em outras áreas. Desta forma, o principal objetivo desta Secretaria não é o entretenimento por si só, mas a formação cultural”, reforça.

 texto Yara Alvarez

foto: Arquivo pessoal