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Post: Gustavo Borges em entrevista exclusiva

Gustavo Borges em entrevista exclusiva

Gustavo Borges acaba de lançar livro dedicado aos pequenos

Com 2,03 metros de pura desenvoltura e simpatia, Gustavo França Borges, 42 anos, ex-nadador, é um dos maiores medalhistas brasileiros, sendo o atleta com o maior número total de medalhas em Jogos Pan-Americanos, com 19 – entre elas oito de ouro – e quatro em Olimpíadas: duas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Isso sem falar nos quatro recordes mundiais que bateu dentro das piscinas; tudo isso lhe rendeu um lugar no International Swimming Hall of Fame na modalidade crawl, sua especialidade. Em 2004, nos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia, ele foi o porta-bandeira da delegação brasileira e foi lá também que se despediu das piscinas com muito estilo: fazendo parte do revezamento 4×100 metros livre. Logo depois, em 2005, ele fundou a rede de academias Gustavo Borges, especializada em modalidades aquáticas. Por enquanto são quatro unidades em todo o Brasil, mas a intenção é crescer cada vez mais. Casado com Bárbara Franco, também ex-nadadora, com quem tem dois filhos, Gustavo agora se aventura por outro ramo: está lançando o livro infantil “Tchibum!”, para que crianças deixem de ter medo de água. O campeão olímpico concedeu uma entrevista exclusiva para a Revista Regional. Confira:

Revista Regional: Você deixou as piscinas em 2004, mas as piscinas nunca o deixaram, tanto que em 2005 você lançou a Rede de Academias Gustavo Borges, especializada em modalidades aquáticas. Qual a base da Metodologia Gustavo Borges? Você trouxe alguma coisa dos seus recordes para ela?

Gustavo Borges: A ideia vem desde o período de transição atleta/empresário. É a continuação do sonho, de quem se dedicou ao esporte a vida toda. O objetivo era criar uma forma nova de ensinar a nadar baseada em metas e pesquisas. Professores altamente capacitados foram os pilares da MGB (Metodologia Gustavo Borges). Digo que temos um dos mais experientes grupos de profissionais que a natação brasileira já viu. A metodologia é feita por gente que é apaixonada pelo que faz, a proposta de ensino oferece ferramentas e tem como objetivo encontrar soluções aplicáveis e criativas na operação aquática, para os mais diferentes tamanhos e configurações de piscina. A MGB é uma empresa voltada para o aprendizado aquático. O objetivo é contribuir para a evolução dos parceiros e seus alunos, além do aprendizado e desenvolvimento contínuo da natação. É diferenciada também, já que todo processo de aprendizado une capacitação profissional, estrutura e troca de experiência. Esses pilares são fundamentais no negócio e os pais dos alunos sentem confiança em colocar os filhos para nadar nesse método. Nosso objetivo é ensinar a natação e a chegada ao alto rendimento no futuro é consequência. A cada dia, mais profissionais e gestores integram essa rede, e o que somos hoje é a soma do trabalho e das sugestões vindas de cada um deles. Mais de 170 mil crianças, adolescentes e adultos aprenderam a nadar baseados no sistema, que é aplicado em academias, escolas, repartições públicas, clubes e ONGs. Temos um curso de Capacitação Formativa de Professores para formar mais especialistas. A Metodologia Gustavo Borges já formou 5 mil professores em todo país nos últimos sete anos.

Você é ganhador de quatro medalhas olímpicas e 19 pan-americanas. Com certeza todas foram importantes para você, mas alguma teve um gostinho especial?

A prata de 1992 foi muito importante. Foi um momento marcante e que deu sequência para toda a década de 90.

Você ainda nada hoje em dia, como hobby, para não perder a forma? Com dois metros de altura, não deve ser fácil sustentar a coluna.

A coluna está boa. Faço atividade com regularidade, e meu esporte hoje é o tênis. Gosto de jogar aos finais de semana e durante a semana faço uma preparação com musculação, bicicleta e corrida.

Você está lançando um livro para as crianças perderem o medo de água. Como pai de dois filhos, chegou a enfrentar esse problema com eles? Como surgiu a ideia de escrever?

Tenho dois livros: “Lições da Água” e “Tchibum”. O primeiro conta minha história, momentos marcantes da minha carreira e tudo o que foi importante nos resultados pelo mundo afora. Este livro veio num momento de transição, no qual ainda estava nadando e pensando em parar de nadar. Já o “Tchibum” refletia meu momento mais atual, trazia a metodologia para um livro e mostrava para as crianças uma primeira aula de natação. Ambas experiências foram muito legais. Assim como meus pais, eu também direcionei meus filhos para esportes de forma organizada. A natação veio com naturalidade e os dois, hoje, estão nadando competitivamente no E.C. Pinheiros (em São Paulo).

Como você vê os atuais protestos contra Copa e também contra as Olimpíadas (como os cariocas já têm protestado), afinal  você é um dos maiores medalhistas da história brasileira e certamente sempre sonhou em ter um dia os jogos olímpicos na própria casa e agora boa parte do povo é contra. Como você encara tudo isso?

Vejo com bons olhos. Acredito que tinha muita coisa que precisava ser questionada e muitas decisões importantes que deveriam ser refeitas.  Sou a favor de manifestos e com certeza quanto mais objetivo, melhor será o resultado.

Você conhece e reconhece o Marcelo Chierighini de Itu como nova promessa brasileira para a natação?

Conheço sim. É uma ótima  pessoa e um excelente nadador.  Creio que está no caminho certo para muitos títulos importantes. O ano 2016 vai ser importante para o Brasil e, sem dúvida, ele estará entre os atletas olímpicos.

entrevista e texto: Érica Gregorio

foto: Luciano Finotti/Divulgação

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