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Primavera gera otimismo e alegria

A primavera, símbolo da transformação, abre o período solar

Está comprovado cientificamente que na primavera as pessoas sentem-se mais alegres e otimistas

Os filmes e as canções de amor enaltecem as virtudes da primavera, mas nem sempre revelam que, com a estação das flores, as pessoas sentem-se mais alegres e otimistas, fatos já comprovados cientificamente. Tal como os animais, os seres humanos reagem a níveis profundos às alterações sazonais. E as estatísticas mostram que, para a maioria, a primavera é a mais amena das estações e a melhor para a saúde.

Fato é que à medida que os dias ficam mais luminosos, o homem começa a sentir-se mais alegre também. A energia do sol vem para a terra sob a forma de um fluxo luminoso e a envolve desde o pólo norte ao pólo sul em diferentes proporções de acordo com as estações do ano. Na primavera, as plantas detectam a presença dessa energia e começam a produzir folhas e depois floresce, tentando acumular toda essa energia para se frutificar. “Da mesma forma, como parte desse sistema, o ser humano absorve também essa energia que estimula o metabolismo a uma maior vitalidade levando a um estado de humor mais expressivo, criativo e alegre”, explica a psicóloga Patrícia Mutta Médici.

Na primavera, além das plantas e dos animais, o ser humano também se torna mais alegre

A mudança climática influencia todo o corpo e a explicação é biológica. Segundo Patrícia, o cérebro possui um “relógio”, que determina o ritmo interno de cada pessoa, através da emissão de sinais para diversas áreas cerebrais, que controlam o sono a temperatura, liberação de hormônios e outros. O “relógio” é ajustado pela variação de claro e escuro, dos dias e das noites. “A simples exposição do corpo à luz aumenta a produção de serotonina, um hormônio ligado ao bem-estar, capaz de regular a oscilação de humor, já a melatonina, hormônio responsável pelo relaxamento e poderoso indutor do sono, é secretado justamente na ausência de luminosidade. É por isso que quando chega o frio e as noites ficam mais longas, algumas pessoas podem apresentar sintomas da ‘depressão sazonal’”, explica a psicóloga.

Quando escurece, o hipotálamo, região mais central do cérebro, recebe da retina a mensagem de que a luz natural diminuiu. Então o núcleo supraquiasmático, o chamado “relógio biológico”, aciona a glândula pineal para que ela produza melatonina. Esse hormônio percorre a corrente sanguínea, informando as células que é hora de repousar. Já na presença da luminosidade solar, a retina faz o inverso, enviando ao hipotálamo, sinais elétricos avisando que a luz chegou. Ao receber o recado, a glândula pineal, suspende imediatamente a produção de melatonina ativando a produção de serotonina.

Estas sensações positivas têm também um efeito em cadeia sobre outros aspectos da saúde, principalmente sobre o sistema imunológico. Estudos recentes indicam que, quanto mais felizes são as pessoas, mais probabilidade de serem saudáveis. O que pode se fazer? Passe mais tempo à luz natural ou perto de janelas com os cortinados abertos. A iluminação artificial das casas é muito menos intensa e não possui o mesmo efeito benéfico sobre o humor do que a luz solar. Esta é uma boa época, conforme os especialistas, para assumir um desafio criativo, intelectual ou pessoal, que pode contribuir para melhorar a disposição e promover sentimentos positivos de autoestima.

Símbolo da primavera, a borboleta resume bem a transformação que o ser humano passa no período

Para Patrícia Médici, essa interação em harmonia e uma crença otimista de que podemos enfrentar as adversidades de forma positiva nos libertam às sensações de viver o “aqui e agora”, sem ansiedade podendo então extrair da primavera todas as suas cores e seu perfume e do ambiente tudo o que ele tem a nos oferecer de melhor. “Estar em contato com a natureza quer seja no campo, nas praias ou nas montanhas, leva-nos a uma sensação de relaxamento e contemplação, e quando isso tudo está associado à companhia de pessoas que amamos só vai haver espaço para o alto-astral e a alegria”, conclui a psicóloga.

O clima e a saúde

A biometeorologia – o estudo da influência do estado do tempo na saúde e comportamento – não é uma ciência nova, embora comece a assumir uma maior influência na Medicina moderna. Os serviços meteorológicos de Hamburgo, por exemplo, fornecem previsões diárias a médicos e hospitais, ligando as condições do tempo a alertas médicos. Como resultado, cirurgiões alemães têm adiado operações até a melhoria de certas condições atmosféricas, como a alta umidade do ar. O tempo pode afetar uma diversidade de doenças. Os sintomas de pessoas que sofrem de enxaqueca e artrite podem ser desencadeados por alterações da pressão atmosférica. E o tecido das cicatrizes cirúrgicas é muito mais sensível quando o tempo está úmido e tempestuoso. Segundo estudos realizados pelo Centro de Investigação da Sensibilidade ao Tempo,em Nova York, até as pessoas saudáveis são afetadas por nada menos do que 37 sintomas durante mudanças nas condições de temperatura, umidade, vento, pressão atmosférica e luz do sol. A queixa mais frequente é a fadiga, seguida do mau humor, do desinteresse pelo trabalho, da insônia e das dores de cabeça. Se quiser ter a noção exata de como o tempo afeta a sua vida, elabore um gráfico ao longo de vários meses, registrando as condições meteorológicas diárias e a forma como se sente. O seu médico pode indicar estratégias úteis ou variar as doses de medicamentos durante situações meteorológicas adversas.

 texto Renato Lima

foto Birf

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