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Post: Nádia Zanotello – Uma soprano de Indaiatuba

Nádia Zanotello – Uma soprano de Indaiatuba

Feche os olhos e escute o canto perfeito dos pássaros. Cena de cinema ao nosso alcance, mas antes, troque os pássaros por uma soprano. Nádia Zanotello arrepia a todos quando solta sua voz. Mesmo cantando em outras línguas, a emoção vem à flor da pele, pela sua entrega. “Desde pequena tive contato com a música. Na minha família sempre tivemos músicos, e eu fui muito influenciada pela minha irmã que estudou piano por dez anos e pelos meus primos. Tentei estudar piano, mas não deu muito certo, então, entrei para os corais da Igreja Presbiteriana Unida e para o Projeto Guri, ambos regidos pela maestrina Sônia di Morais”, inicia a cantora. E foi num ensaio do Guri que sua trajetória como soprano iniciou. “A Sônia me chamou para fazer aulas de canto e desde então nunca mais parei. Nas aulas, eu fazia um repertório de musicais e música popular. Porém, como a técnica era erudita, fazia muitas árias antigas, e foi aí que me encontrei no canto lírico. É uma paixão indescritível!”, sentencia. Quando chegou a hora de escolher a faculdade, Nádia foi para o lado de sua paixão. Optou pelo curso de música na Unicamp e, a partir daí, o sucesso é seu destino. “Estou sempre fazendo festivais e cursos para me especializar com cantores famosos dentro do mundo da ópera e excelentes professores mundialmente reconhecidos!”, fala. A emoção é ainda maior, pois Nádia não só canta como os pássaros, ela também interpreta suas árias em outras línguas, fazendo com que o alemão seja fácil de entender, assim como as emoções das mocinhas italianas. “Com certeza é mais difícil do que cantar na língua materna. O cantor lírico, em sua formação, recebe aulas de dicção, em que aprendemos a fonética das principais línguas em que cantamos, como o alemão, o italiano, o francês, o inglês e o latim. Além disso, é muito importante a tradução do texto para o português e, quando se estuda uma ópera completa, requer uma pesquisa mais profunda, para conhecer em que momento da vida o compositor escreveu a obra, em que país se passa, em qual época da história, quais os acontecimentos importantes no período, entre outros. É sempre muito estudo”, explica.

Ver a soprano em ação nos passa a impressão de que ser cantor lírico é fácil, não requer esforços, pois ao simples “abrir de boca”, a sinfonia sai completa e enche o ambiente. Sem microfones, grande produção, apenas um piano e ela, basta para o espetáculo ser completo. Para os amantes do canto lírico, é um prato cheio de emoção, já para os desconhecidos da arte, a certeza de que a perfeição existe. Mesmo com tanto talento e esforço, as portas para a arte no Brasil são difíceis de serem abertas. “Acredite se quiser, até conseguir somente o espaço para uma apresentação sem fins lucrativos é difícil. Hoje em dia, o mercado é pequeno, mas ele existe.Em São Paulohá muitas montagens de óperas e musicais, não é longe da nossa região, é bem possível de ir até a capital para assistir a uma peça, mas seria maravilhoso se existisse mais espetáculo no Interior. Montei um recital junto com dois amigos, o tenor Lenine Santos e o Pianista Angelo Fernandes, cujo foco é levar a música erudita, em especial trechos de óperas famosas, para serem apresentados em cidades do Interior. Começamos por Indaiatuba no Maio Musical e estamos levando para outros lugares!”, completa.

 Por Yara Alvarez / foto: Divulgação

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